Palavra do leitor
- 19 de março de 2024
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Bendito é o que vem em nome do Senhor!
Você já deve ter reparado que Deus raramente age de acordo com nossas expectativas, e a entrada de Jesus em Jerusalém ilustra muito bem isso.
O Domingo de Ramos, como essa Entrada é tradicionalmente festejada pelos cristãos, e a Ressurreição de Jesus são eventos que se destacam na narrativa bíblica tanto pela intensidade dramática quanto pela importância teológica.
"A multidão imensa espalhou os mantos pela rua." (Mateus 21:8) Provavelmente se lembrou de ocasiões em que reis famosos do passado de Israel foram proclamados reis em oposição aos que já governavam, e seus seguidores estendiam seus mantos no chão para que o novo rei pudesse caminhar sobre eles, em sinal de lealdade (2 Reis 9:13). Além disso, "outros cortaram ramos de árvore e os espalhavam pelo caminho". Esse gesto também tinha uma conotação real. Cerca de 200 anos antes, Simão Macabeu conquistou os exércitos que oprimiam Jerusalém e foi recebido com aceno de ramos (1 Macabeus 13:51; 2 Macabeus 10:7). Essa prática era uma forma clara de demonstrar apoio e fazer uma declaração pública sobre o que estava ocorrendo naquele momento. Eles estavam recebendo um rei e com expectativas que ele fizesse o que Macabeus fez.
A entrada de Jesus em Jerusalém foi despretensiosa. Ele não entrou montado num cavalo, acompanhado de carruagens reais, nem acompanhado de um exército. Ao entrar em Jerusalém montado em um jumento, Jesus reafirmou sua realeza messiânica (1 Reis 1:38–40) e ao mesmo tempo, sua humildade.
Se continuarmos nas profecias de Zacarias além dos versículos citados por Mateus (21:9), veremos que a Alegria de Sião iria vir justamente pelo Messias destruir os carros de guerra, os cavalos e os arcos de Jerusalém (Zacarias 9:10).
Essa é a grande ironia. O Reino de Deus é um reino de paz, onde a sensação de insegurança é trocada por trabalho, onde nossa esperança não está no poder de proteção, mas sim de serviço (Isaías 2:4). A Glória de Deus que tinha deixado a cidade durante o cerco babilônico, 600 anos antes (Ezequiel 11), agora voltou montada em um jumentinho, de um jeito manso e humilde.
A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e sua caminhada até o Calvário na Sexta-feira Santa foram realizadas para nos dar Paz, uma Paz que nos é concedida pelo seu Sangue derramado na cruz e na sua Vitória sobre a morte. Jesus cavalgou para Jerusalém em humildade, montado em um jumentinho, e através do seu sofrimento e morte — e não em uma luta de espadas como um grande rei — trouxe Libertação para nós. Essa Libertação é do pecado, do medo e da morte. Jesus é um rei contrário a nós, Ele é um rei da paz, da fraternidade e da justiça.
Até no dia de Cristo Rei, quando tudo se fizer Paz e Justiça, esperaremos e louvaremos nosso Senhor com cânticos, com justiça, com amor, louvaremos Àquele "que se assenta no trono" glorificados e com ramos (Apocalipse 7:9-10)
Que nesse Domingo de Ramos, nossas expectativas sejam quebradas e invertidas. Que através da Entrada Triunfal de Cristo, em Jerusalém, nos portões da Ressurreição e em nossos corações, possamos viver como povo de justiça, misericórdia e proclamação. Como povo de Deus, como discípulos de Cristo e como uma comunidade do Espírito Santo.
O Domingo de Ramos, como essa Entrada é tradicionalmente festejada pelos cristãos, e a Ressurreição de Jesus são eventos que se destacam na narrativa bíblica tanto pela intensidade dramática quanto pela importância teológica.
"A multidão imensa espalhou os mantos pela rua." (Mateus 21:8) Provavelmente se lembrou de ocasiões em que reis famosos do passado de Israel foram proclamados reis em oposição aos que já governavam, e seus seguidores estendiam seus mantos no chão para que o novo rei pudesse caminhar sobre eles, em sinal de lealdade (2 Reis 9:13). Além disso, "outros cortaram ramos de árvore e os espalhavam pelo caminho". Esse gesto também tinha uma conotação real. Cerca de 200 anos antes, Simão Macabeu conquistou os exércitos que oprimiam Jerusalém e foi recebido com aceno de ramos (1 Macabeus 13:51; 2 Macabeus 10:7). Essa prática era uma forma clara de demonstrar apoio e fazer uma declaração pública sobre o que estava ocorrendo naquele momento. Eles estavam recebendo um rei e com expectativas que ele fizesse o que Macabeus fez.
A entrada de Jesus em Jerusalém foi despretensiosa. Ele não entrou montado num cavalo, acompanhado de carruagens reais, nem acompanhado de um exército. Ao entrar em Jerusalém montado em um jumento, Jesus reafirmou sua realeza messiânica (1 Reis 1:38–40) e ao mesmo tempo, sua humildade.
Se continuarmos nas profecias de Zacarias além dos versículos citados por Mateus (21:9), veremos que a Alegria de Sião iria vir justamente pelo Messias destruir os carros de guerra, os cavalos e os arcos de Jerusalém (Zacarias 9:10).
Essa é a grande ironia. O Reino de Deus é um reino de paz, onde a sensação de insegurança é trocada por trabalho, onde nossa esperança não está no poder de proteção, mas sim de serviço (Isaías 2:4). A Glória de Deus que tinha deixado a cidade durante o cerco babilônico, 600 anos antes (Ezequiel 11), agora voltou montada em um jumentinho, de um jeito manso e humilde.
A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e sua caminhada até o Calvário na Sexta-feira Santa foram realizadas para nos dar Paz, uma Paz que nos é concedida pelo seu Sangue derramado na cruz e na sua Vitória sobre a morte. Jesus cavalgou para Jerusalém em humildade, montado em um jumentinho, e através do seu sofrimento e morte — e não em uma luta de espadas como um grande rei — trouxe Libertação para nós. Essa Libertação é do pecado, do medo e da morte. Jesus é um rei contrário a nós, Ele é um rei da paz, da fraternidade e da justiça.
Até no dia de Cristo Rei, quando tudo se fizer Paz e Justiça, esperaremos e louvaremos nosso Senhor com cânticos, com justiça, com amor, louvaremos Àquele "que se assenta no trono" glorificados e com ramos (Apocalipse 7:9-10)
Que nesse Domingo de Ramos, nossas expectativas sejam quebradas e invertidas. Que através da Entrada Triunfal de Cristo, em Jerusalém, nos portões da Ressurreição e em nossos corações, possamos viver como povo de justiça, misericórdia e proclamação. Como povo de Deus, como discípulos de Cristo e como uma comunidade do Espírito Santo.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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