Palavra do leitor
- 02 de dezembro de 2013
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Bem-aventuranças do mensalão
A Palavra de Deus nos diz “que todas [TODAS] as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo seu propósito” (Rm 8. 28), o que é, também, traduzido em um ditado popular: “há males que vêm para o bem”.
O destaque para a palavra "todas" se prende ao fato de agasalhar ela as coisas boas e também as coisas más; não há como divergir, as palavras dizem exatamente aquilo que elas dizem, e o que as pessoas querem transmitir.
Por isso, é prudente pensar antes de falar: “Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tg 1. 19).
E, em se tratando de Deus, as palavras por Ele inspiradas merecem a maior credibilidade [fé], de uma maneira imensurável.
Ele não disse o que não pensava ou o que não pretendia dizer ou fazer; é o “sim sim, não não” (Mt 5. 37) determinado pelo Senhor Jesus.
Estamos diante de uma situação sui-generis, a que nos levou a Ação Penal 470 [mensalão].
Criou-se um clima de instabilidade no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, um grande desconforto dos presos chamados comuns e de seus familiares.
E quando os demais condenados forem encarcerados em outras localidades, dar-se-á o mesmo constrangimento, por desagradável que é, e de grandes riscos.
É que esses, os visitantes rotineiros, têm, em dias pré-determinados, que chegar lá de madrugada, enfrentando filas [pegar senhas, faça chuva ou faça sol] para que se consiga entrar no horário de visitas [duas vezes semanais].
E, agora, com o trancafiamento de três importantes líderes partidários, do partido do governo, começaram a abrir exceções, enormes precedentes com a entrada de pessoas, principalmente políticos, fora dos dias e das horas de recepção de visitas.
A insatisfação aponta para a questão da isonomia, ou seja, direitos iguais para todos, sem o que poderá ocorrer uma rebelião sem precedentes e com resultados trágicos.
Obviamente, que o nivelamento não pode, melhor dizendo, não deve ser por baixo como é praxe em outros assuntos, o que não cabe discutir aqui e agora.
Não dar tratamento igualitário para os novos residentes, em relação ao quadro anterior de habitantes desse presídio, certamente, causará [já está causando] um desconforto, uma insatisfação enorme e de elevado risco quanto a uma provável insurreição, difícil de conter.
O que se fez, então? O Ministério Público do Distrito Federal decidiu que o direito de visitas às sextas-feiras seja estendido a todos os presos do sistema prisional da Região! (Estadão de 30.11.2013).
Ou seja, estenderam aos presos comuns o direito de visitas, também, para o novo dia criado para os presos conhecidos como mensaleiros.
Parece que surgiu, enfim, o momento de se reavaliar a situação de todos os presídios [diz a CNBB], os quais, infelizmente, têm condições inadequadas e inumanas para abrigar seres humanos.
Não há condições para que pessoas tiradas do convívio da Sociedade, por terem cometido algum delito, tenham um vida minimamente digna de uma criatura de Deus, outros até já convertidos ao Senhor Jesus, e, por isso, filhos de Deus (Jo 1. 12).
A situação é tão grave que em celas construídas para abrigar, no máximo, 3 pessoas vivem cerca de 30, tornando-lhes a vida uma verdadeiro pesadelo; é como se fosse uma tortura permanente. Esta é a realidade prisional no País todo.
Com a primeira tomada de providências para igualar o tratamento dos presos, vislumbra-se um conjunto de medidas mais relevantes, no sentido de melhorar a vida dos presidiários, tidos como comuns; é o mal que veio para o bem, ou seja, é a afirmativa bíblica de que “todas as coisas contribuem para o bem”.
Ao se tentar dar um melhor tratamento para os aprisionados pela Justiça, em função da Ação Penal 470, por consequência, melhoram-se as condições humanas dos demais presídios, no País inteiro, nos quais coabitam todos os que, de uma forma ou de outra, delinquiram um dia e foram tirados do convívio da sociedade.
Bem-aventurados os mensaleiros, pois, em função deles as Autoridades, o Governo, a Sociedade como um todo pensarão em qualidade de vida [decente, digna, humana, etc.] em todo o Sistema Prisional brasileiro.
Paralelamente, por mínimo que seja, bem-aventurado o mensalão, eis que, doravante, os políticos exercerão controle sobre o uso das verbas públicas minimizando, afunilando, sufocando o peculato, delito já entranhado nas vísceras da prática política.
“A quem honra, honra” (Rm 13. 7d): Bem-aventurado o mensalão pois mostrou que o Sistema Judiciário pátrio coloca o Direito e a Justiça acima de quaisquer interesses outros; e destacou para o mundo todo a postura honrada, integra, ilibada do atual Presidente do STF.
Em termos bíblicos, recomenda-nos o Senhor nosso Deus: “Lembrai-vos dos encarcerados, como se [estivessem] presos com eles; dos que sofrem maus tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fôsseis os maltratados” (Hb 13. 3).
Simples assim.
O destaque para a palavra "todas" se prende ao fato de agasalhar ela as coisas boas e também as coisas más; não há como divergir, as palavras dizem exatamente aquilo que elas dizem, e o que as pessoas querem transmitir.
Por isso, é prudente pensar antes de falar: “Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tg 1. 19).
E, em se tratando de Deus, as palavras por Ele inspiradas merecem a maior credibilidade [fé], de uma maneira imensurável.
Ele não disse o que não pensava ou o que não pretendia dizer ou fazer; é o “sim sim, não não” (Mt 5. 37) determinado pelo Senhor Jesus.
Estamos diante de uma situação sui-generis, a que nos levou a Ação Penal 470 [mensalão].
Criou-se um clima de instabilidade no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, um grande desconforto dos presos chamados comuns e de seus familiares.
E quando os demais condenados forem encarcerados em outras localidades, dar-se-á o mesmo constrangimento, por desagradável que é, e de grandes riscos.
É que esses, os visitantes rotineiros, têm, em dias pré-determinados, que chegar lá de madrugada, enfrentando filas [pegar senhas, faça chuva ou faça sol] para que se consiga entrar no horário de visitas [duas vezes semanais].
E, agora, com o trancafiamento de três importantes líderes partidários, do partido do governo, começaram a abrir exceções, enormes precedentes com a entrada de pessoas, principalmente políticos, fora dos dias e das horas de recepção de visitas.
A insatisfação aponta para a questão da isonomia, ou seja, direitos iguais para todos, sem o que poderá ocorrer uma rebelião sem precedentes e com resultados trágicos.
Obviamente, que o nivelamento não pode, melhor dizendo, não deve ser por baixo como é praxe em outros assuntos, o que não cabe discutir aqui e agora.
Não dar tratamento igualitário para os novos residentes, em relação ao quadro anterior de habitantes desse presídio, certamente, causará [já está causando] um desconforto, uma insatisfação enorme e de elevado risco quanto a uma provável insurreição, difícil de conter.
O que se fez, então? O Ministério Público do Distrito Federal decidiu que o direito de visitas às sextas-feiras seja estendido a todos os presos do sistema prisional da Região! (Estadão de 30.11.2013).
Ou seja, estenderam aos presos comuns o direito de visitas, também, para o novo dia criado para os presos conhecidos como mensaleiros.
Parece que surgiu, enfim, o momento de se reavaliar a situação de todos os presídios [diz a CNBB], os quais, infelizmente, têm condições inadequadas e inumanas para abrigar seres humanos.
Não há condições para que pessoas tiradas do convívio da Sociedade, por terem cometido algum delito, tenham um vida minimamente digna de uma criatura de Deus, outros até já convertidos ao Senhor Jesus, e, por isso, filhos de Deus (Jo 1. 12).
A situação é tão grave que em celas construídas para abrigar, no máximo, 3 pessoas vivem cerca de 30, tornando-lhes a vida uma verdadeiro pesadelo; é como se fosse uma tortura permanente. Esta é a realidade prisional no País todo.
Com a primeira tomada de providências para igualar o tratamento dos presos, vislumbra-se um conjunto de medidas mais relevantes, no sentido de melhorar a vida dos presidiários, tidos como comuns; é o mal que veio para o bem, ou seja, é a afirmativa bíblica de que “todas as coisas contribuem para o bem”.
Ao se tentar dar um melhor tratamento para os aprisionados pela Justiça, em função da Ação Penal 470, por consequência, melhoram-se as condições humanas dos demais presídios, no País inteiro, nos quais coabitam todos os que, de uma forma ou de outra, delinquiram um dia e foram tirados do convívio da sociedade.
Bem-aventurados os mensaleiros, pois, em função deles as Autoridades, o Governo, a Sociedade como um todo pensarão em qualidade de vida [decente, digna, humana, etc.] em todo o Sistema Prisional brasileiro.
Paralelamente, por mínimo que seja, bem-aventurado o mensalão, eis que, doravante, os políticos exercerão controle sobre o uso das verbas públicas minimizando, afunilando, sufocando o peculato, delito já entranhado nas vísceras da prática política.
“A quem honra, honra” (Rm 13. 7d): Bem-aventurado o mensalão pois mostrou que o Sistema Judiciário pátrio coloca o Direito e a Justiça acima de quaisquer interesses outros; e destacou para o mundo todo a postura honrada, integra, ilibada do atual Presidente do STF.
Em termos bíblicos, recomenda-nos o Senhor nosso Deus: “Lembrai-vos dos encarcerados, como se [estivessem] presos com eles; dos que sofrem maus tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fôsseis os maltratados” (Hb 13. 3).
Simples assim.
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