Palavra do leitor
- 16 de abril de 2022
- Visualizações: 1942
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
Bem-aventurados os pobres de espírito
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Mateus 5:3
Assim como aos nossos ouvidos contemporâneos parece ser uma contradição, aqueles que têm extrema carência de algo, o pobre, serem verdadeiramente abençoados ou felizes, também, a primeiro modo, foi nos tempos de Jesus, entretanto os ouvintes originais tinham conhecimento de partes do A.T. onde o termo pobre revelava cuidado e proximidade de Deus. Cito o exemplo do Salmo 40,17 "Mas eu sou pobre e necessitado; contudo o Senhor cuida de mim. Tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas, ó meu Deus". Certamente o rei Davi não tinha carência de coisa alguma material, a sua carência e necessidade são por algo que apenas o Senhor pode suprir. Já em Isaías 66,2 "Porque a minha mão fez todas estas coisas, e assim todas elas foram feitas, diz o Senhor; mas para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra". Uma breve olhada na vida de Davi, um homem que se autodenomina nascido em iniquidade (Salmo 51,5) e em Isaías, um homem de impuros lábios (Isaías 6,5) nos revelam que ambos tem a necessidade extrema de serem perdoados, pois de outro modo não subsistirão na presença do Senhor. Isaías remete-nos ao "abatimento de espírito" que é o arrependimento sincero pelos pecados. O texto de Isaías nós ajuda a entender quem são os pobres de espírito, são aqueles que reconhecem serem pecadores e não terem nada em si para agradar a Deus e ainda que necessitem desesperadamente da bondade e graça do Senhor.
O termo grego Makarios, as vezes traduzido como felizes, deve ser compreendido como uma felicidade acima do comum, ou super felizes. A extrema felicidade que reside sobre os pobres de espírito não consiste no simples fato de reconhecer como necessidade primeira o perdão de Deus, nem no fato de enxergarem no Senhor a graça para serem perdoados. Explicitamente no salmo 40,17 ver-se uma grande confiança, fé propriamente dita, num favor divino. Deus "olha" para os pecadores não para destruí-los, mas para socorrê-los, de fato há uma esperança viva no perdão de Deus, é isto que impulsiona o pecador a buscar a face do Senhor. Diante disto as bênçãos terrenas ficam sem importância, mesmo que Deus nos favorecesse de tal modo, que não nos faltasse quaisquer bem, no máximo seriamos felizes (sentido habitual do uso desta palavra). A bem-aventurança é decorrente do fato de serem alvos da graça e de terem seus pecados perdoados por Deus.
Da maravilhosa promessa "porque deles é o reino dos céus" tiramos a afirmativa que aqueles que buscam o Senhor arrependidos encontram a mais plena satisfação e são reconhecidos como os detentores do reino dos Céus. O reino é concedido aos pobres, aos desprezados publicanos, às prostitutas, aos que sabem que não podem oferecer nada em troca do perdão e não tentam fazer isso. Eles simplesmente e confiantemente clamam por misericórdia e são ouvidos. Verdadeiramente essa é outra maneira de afirmar que os pecados foram de fato perdoados mais também acrescenta a ideia imediata de agora, os perdoados, fazerem parte de algo maior. É de modo intencional que Mateus preferiu usar o reino como uma benção presente, já que as demais Bem-aventuranças têm suas bênçãos alocadas no futuro. Isto me é assombrosamente maravilhoso, pois a grande maioria dos crentes acredita que as grandes bênçãos virão apenas na consumação dos tempos, contudo o texto nos revela que partes destas bênçãos já é realidade. Fazer parte do reino dos céus é fazer parte da missão de expansão do reino acompanhados do próprio Deus e não há nada mais glorioso do que isso.
A primeira das oito bem aventuranças é um convite ao arrependimento dos pecados, a buscar a face de Deus com sincera tristeza e necessidade de sua graça, todavia, confiante que de Deus recebe graça e perdão, assim, todo penitente deve ver a si próprio como alguém verdadeiramente abençoado e um ser extremamente feliz, pois a sua condição eterna foi mudada da morte para a vida, isto é uma fonte de alegria incomparável e inesgotável.
Mateus 5:3
Assim como aos nossos ouvidos contemporâneos parece ser uma contradição, aqueles que têm extrema carência de algo, o pobre, serem verdadeiramente abençoados ou felizes, também, a primeiro modo, foi nos tempos de Jesus, entretanto os ouvintes originais tinham conhecimento de partes do A.T. onde o termo pobre revelava cuidado e proximidade de Deus. Cito o exemplo do Salmo 40,17 "Mas eu sou pobre e necessitado; contudo o Senhor cuida de mim. Tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas, ó meu Deus". Certamente o rei Davi não tinha carência de coisa alguma material, a sua carência e necessidade são por algo que apenas o Senhor pode suprir. Já em Isaías 66,2 "Porque a minha mão fez todas estas coisas, e assim todas elas foram feitas, diz o Senhor; mas para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra". Uma breve olhada na vida de Davi, um homem que se autodenomina nascido em iniquidade (Salmo 51,5) e em Isaías, um homem de impuros lábios (Isaías 6,5) nos revelam que ambos tem a necessidade extrema de serem perdoados, pois de outro modo não subsistirão na presença do Senhor. Isaías remete-nos ao "abatimento de espírito" que é o arrependimento sincero pelos pecados. O texto de Isaías nós ajuda a entender quem são os pobres de espírito, são aqueles que reconhecem serem pecadores e não terem nada em si para agradar a Deus e ainda que necessitem desesperadamente da bondade e graça do Senhor.
O termo grego Makarios, as vezes traduzido como felizes, deve ser compreendido como uma felicidade acima do comum, ou super felizes. A extrema felicidade que reside sobre os pobres de espírito não consiste no simples fato de reconhecer como necessidade primeira o perdão de Deus, nem no fato de enxergarem no Senhor a graça para serem perdoados. Explicitamente no salmo 40,17 ver-se uma grande confiança, fé propriamente dita, num favor divino. Deus "olha" para os pecadores não para destruí-los, mas para socorrê-los, de fato há uma esperança viva no perdão de Deus, é isto que impulsiona o pecador a buscar a face do Senhor. Diante disto as bênçãos terrenas ficam sem importância, mesmo que Deus nos favorecesse de tal modo, que não nos faltasse quaisquer bem, no máximo seriamos felizes (sentido habitual do uso desta palavra). A bem-aventurança é decorrente do fato de serem alvos da graça e de terem seus pecados perdoados por Deus.
Da maravilhosa promessa "porque deles é o reino dos céus" tiramos a afirmativa que aqueles que buscam o Senhor arrependidos encontram a mais plena satisfação e são reconhecidos como os detentores do reino dos Céus. O reino é concedido aos pobres, aos desprezados publicanos, às prostitutas, aos que sabem que não podem oferecer nada em troca do perdão e não tentam fazer isso. Eles simplesmente e confiantemente clamam por misericórdia e são ouvidos. Verdadeiramente essa é outra maneira de afirmar que os pecados foram de fato perdoados mais também acrescenta a ideia imediata de agora, os perdoados, fazerem parte de algo maior. É de modo intencional que Mateus preferiu usar o reino como uma benção presente, já que as demais Bem-aventuranças têm suas bênçãos alocadas no futuro. Isto me é assombrosamente maravilhoso, pois a grande maioria dos crentes acredita que as grandes bênçãos virão apenas na consumação dos tempos, contudo o texto nos revela que partes destas bênçãos já é realidade. Fazer parte do reino dos céus é fazer parte da missão de expansão do reino acompanhados do próprio Deus e não há nada mais glorioso do que isso.
A primeira das oito bem aventuranças é um convite ao arrependimento dos pecados, a buscar a face de Deus com sincera tristeza e necessidade de sua graça, todavia, confiante que de Deus recebe graça e perdão, assim, todo penitente deve ver a si próprio como alguém verdadeiramente abençoado e um ser extremamente feliz, pois a sua condição eterna foi mudada da morte para a vida, isto é uma fonte de alegria incomparável e inesgotável.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 16 de abril de 2022
- Visualizações: 1942
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados