Palavra do leitor
- 24 de março de 2024
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Beliscando a nuvem!
Êxtase! Há tempos, tive eu a impressão de estar com a mão distante um palmo dos céus, alcançando uma solitária nuvem, eu em um andar superior de um prédio [mais alto que o meu] no interior de São Paulo – Piracicaba; vendo ali o azul do céu, quase ausente na cidade na qual resido, São Paulo.
Sonhei acordado com a intenção de beliscar a nuvem e furtar-lhe um pedacinho para dela comer, quase a toquei – impossível foi alcançá-la.
Assisti, mais alto ainda, um numeroso grupo de gaivotas grasnando, o que conteve a ousadia de pretender eu tocar a nuvem; voaram, voaram com aquele lindo ritual, em forma de "V" e pareceu-me terem se escondido no interior daquela nuvem solteira, solitária em um céu maravilhosamente azul.
O Sol já se punha, era quase noite, havia um misto de cores celestiais, prevalecendo o azul, brindando meu olhar com a luz, com a claridade que me foi quase omitida por mais de sessenta anos, eu era míope e agora vejo a distância, vejo o infinito, vejo a graça de meu Deus e Pai!
Há tempos, vários anos, operada a catarata, já contei isso, maravilhei-me com o esbanjar da claridade, agora já não mais "opaca"; essa minha imaginação remete-me ao texto bíblico:
"Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos" (Salmo 19.1); embevecido com essa beleza, prossegue o salmista: "Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra, se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo" (vs. 2 a 4).
Pareceu a ele, o salmista, ouvir a voz do céu, a voz do seu Criador, a voz da luz que eu também via, e que já estava quase se retirando – era o sol se afastando, se pondo, se despedindo e a lua se aproximando, magnífica, para reger a noite, para não permitir a escuridão plena!
Acordei dessas cenas e passei a ter novas lembranças da terra natal, já não mais São Paulo, mas Minas Gerais, onde há céu azul, não encoberto por poluição, por gases tóxicos e venenosos – nossa culpa, como humanos, que desconstruímos a linda natureza que Deus nos presenteou; essa natureza não é mãe, é criatura, criatura, como nós, do nosso Deus e Pai.
Passo a pensar, então, no salmista que declamou: "Elevo os meus olhos para os montes [e indagou] de onde me virá o socorro?" (Salmo 121.1); aí pensou ele, refletiu ele que o socorro não vinha do monte, nem do vale, nem das nuvens, nem do azul celeste, e respondeu a si mesmo: "O meu socorro VEM DO SENHOR, que fez o céu e a terra" (Salmo 121.2).
Não mais em sonho, com os pés no chão, ou seja, não mais nas nuvens, nem na beleza dos versos poéticos de sua lavra, acrescentou o salmista: "Ele [Deus] não permitirá que os teus pés vacilem [construídos, criados que foram em rocha firme, não em areia]; não dormirá aquele que te guarda" (v. 3).
Sim, o sol se escondeu, se ausentou, mansamente, o céu ainda tinha uma leve luminosidade, uma pequena vontade de querer, ainda, "disputar" lugar com a escuridão que se aproximava delicadamente; e o Senhor regia esse lindo espetáculo, criações exclusivas suas: luz, sol, nuvens, dia, pássaros, escuridão, noite, tudo enfim!
Não houve dúvidas, até o socorro vem d’Ele e não da matéria, criação sua; Ele, o Senhor do Universo, é quem se curva diante da criatura, quando essa clama por socorro:
"Esperei confiantemente pelo Senhor; ELE SE INCLINOU PARA MIM e me ouviu quando clamei por socorro" (Salmo 40.1).
Nós, a humanidade, quase sempre, não temos a humildade de nos curvarmos perante Ele, Ele que é o Senhor [somos servos], mas Ele, sempre, se inclina para nos ouvir, para não só nos socorrer, mas primeiro nos ouvir.
Sim, o nosso Deus e Pai se inclina, nos ouve, nos atende, conforme a vontade d’ Ele, vontade essa que é melhor que a nossa, mesmo que, em um primeiro momento, pareça ser pior, pareça ser o fim do mundo e de todas e quaisquer coisas; mesmo que, por minutos, quiçá segundos sentimo-nos com o "ego" ferido, por entendermos que a nossa vontade deve ser soberana – mas, somente a Ele é devido o nosso louvor, o nosso agradecimento!
Cabe a nós, criaturas de Deus, agora filhos [se recebemos o Senhor Jesus no coração – João 1.12], sim, cabe a nós, como fez o salmista, louvar o nosso único, verdadeiro e eterno Deus, que é o mesmo ontem, hoje e o será eternamente!
"Rendei graças ao SENHOR, invocai o seu nome, fazei conhecidos, entre os povos, os seus feitos. Cantai-lhe, cantai-lhe salmos; narrai todas as suas maravilhas. Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam o SENHOR. Buscai o SENHOR e o seu poder; buscai perpetuamente a sua presença. Lembrai-vos das maravilhas que fez, dos seus prodígios e dos juízos de seus lábios" (Salmo 105.1-5).
Parafraseando, pois, o inspirado salmista, reiteremos todos:
"Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia!" (Salmo 150.6).
Sonhei acordado com a intenção de beliscar a nuvem e furtar-lhe um pedacinho para dela comer, quase a toquei – impossível foi alcançá-la.
Assisti, mais alto ainda, um numeroso grupo de gaivotas grasnando, o que conteve a ousadia de pretender eu tocar a nuvem; voaram, voaram com aquele lindo ritual, em forma de "V" e pareceu-me terem se escondido no interior daquela nuvem solteira, solitária em um céu maravilhosamente azul.
O Sol já se punha, era quase noite, havia um misto de cores celestiais, prevalecendo o azul, brindando meu olhar com a luz, com a claridade que me foi quase omitida por mais de sessenta anos, eu era míope e agora vejo a distância, vejo o infinito, vejo a graça de meu Deus e Pai!
Há tempos, vários anos, operada a catarata, já contei isso, maravilhei-me com o esbanjar da claridade, agora já não mais "opaca"; essa minha imaginação remete-me ao texto bíblico:
"Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos" (Salmo 19.1); embevecido com essa beleza, prossegue o salmista: "Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra, se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo" (vs. 2 a 4).
Pareceu a ele, o salmista, ouvir a voz do céu, a voz do seu Criador, a voz da luz que eu também via, e que já estava quase se retirando – era o sol se afastando, se pondo, se despedindo e a lua se aproximando, magnífica, para reger a noite, para não permitir a escuridão plena!
Acordei dessas cenas e passei a ter novas lembranças da terra natal, já não mais São Paulo, mas Minas Gerais, onde há céu azul, não encoberto por poluição, por gases tóxicos e venenosos – nossa culpa, como humanos, que desconstruímos a linda natureza que Deus nos presenteou; essa natureza não é mãe, é criatura, criatura, como nós, do nosso Deus e Pai.
Passo a pensar, então, no salmista que declamou: "Elevo os meus olhos para os montes [e indagou] de onde me virá o socorro?" (Salmo 121.1); aí pensou ele, refletiu ele que o socorro não vinha do monte, nem do vale, nem das nuvens, nem do azul celeste, e respondeu a si mesmo: "O meu socorro VEM DO SENHOR, que fez o céu e a terra" (Salmo 121.2).
Não mais em sonho, com os pés no chão, ou seja, não mais nas nuvens, nem na beleza dos versos poéticos de sua lavra, acrescentou o salmista: "Ele [Deus] não permitirá que os teus pés vacilem [construídos, criados que foram em rocha firme, não em areia]; não dormirá aquele que te guarda" (v. 3).
Sim, o sol se escondeu, se ausentou, mansamente, o céu ainda tinha uma leve luminosidade, uma pequena vontade de querer, ainda, "disputar" lugar com a escuridão que se aproximava delicadamente; e o Senhor regia esse lindo espetáculo, criações exclusivas suas: luz, sol, nuvens, dia, pássaros, escuridão, noite, tudo enfim!
Não houve dúvidas, até o socorro vem d’Ele e não da matéria, criação sua; Ele, o Senhor do Universo, é quem se curva diante da criatura, quando essa clama por socorro:
"Esperei confiantemente pelo Senhor; ELE SE INCLINOU PARA MIM e me ouviu quando clamei por socorro" (Salmo 40.1).
Nós, a humanidade, quase sempre, não temos a humildade de nos curvarmos perante Ele, Ele que é o Senhor [somos servos], mas Ele, sempre, se inclina para nos ouvir, para não só nos socorrer, mas primeiro nos ouvir.
Sim, o nosso Deus e Pai se inclina, nos ouve, nos atende, conforme a vontade d’ Ele, vontade essa que é melhor que a nossa, mesmo que, em um primeiro momento, pareça ser pior, pareça ser o fim do mundo e de todas e quaisquer coisas; mesmo que, por minutos, quiçá segundos sentimo-nos com o "ego" ferido, por entendermos que a nossa vontade deve ser soberana – mas, somente a Ele é devido o nosso louvor, o nosso agradecimento!
Cabe a nós, criaturas de Deus, agora filhos [se recebemos o Senhor Jesus no coração – João 1.12], sim, cabe a nós, como fez o salmista, louvar o nosso único, verdadeiro e eterno Deus, que é o mesmo ontem, hoje e o será eternamente!
"Rendei graças ao SENHOR, invocai o seu nome, fazei conhecidos, entre os povos, os seus feitos. Cantai-lhe, cantai-lhe salmos; narrai todas as suas maravilhas. Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam o SENHOR. Buscai o SENHOR e o seu poder; buscai perpetuamente a sua presença. Lembrai-vos das maravilhas que fez, dos seus prodígios e dos juízos de seus lábios" (Salmo 105.1-5).
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"Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia!" (Salmo 150.6).
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