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Palavra do leitor

Beleza perdida

Nada traz mais males a alma humana do que a beleza perdida de um momento que se eterniza em nossa memória, mas que nunca conseguimos traduzir em palavras. Beleza perdida traduzida no sentimento de impotência diante da perda daquilo que nos é mais querido e do qual somos incapazes impedir sua saída. Beleza perdida de um pai ante a sala de parto e privado de ver o nascimento de seu filho querido. Beleza perdida da mãe que chora a partida do filho que se foi e que talvez nunca volte. Beleza perdida de um enlace matrimonial rompido ante a incompreensão de um amor que se perdeu no cotidiano da vida. Beleza perdida de uma existência sucumbida ante a violência de nossas ruas onde uma bala perdida nos tira a alegria da vida. Beleza perdida do amor que se foi deixando no corpo as marcas dessa dor. Beleza perdida de um grito que ecoa pelo vento clamando contra fome do filho que chora um pedaço de pão. Beleza perdida pela dor daquele que sofre ante uma doença terminal que corrói seu corpo, mas que causa menos dor do que o preconceito sofrido. Beleza perdida ante a cegueira da alma incapaz de reconhecer a beleza do simples gesto que se perde na ganância daqueles que atropelam tudo e todos para satisfação de seus caprichos. Beleza perdida pelo coração egoísta incapaz de agradecer um favor não merecido. Beleza perdida por não compreender o verdadeiro sentido da existência humana que não se traduz por palavras ou pequenas regras de conveniência, mas que se expressa num gesto altruísta de quem se entrega pelo seu semelhante sem nada esperar em troca. Beleza perdida de algo natural como uma pétala de rosa que cai de sua flor, uma águia que voa entre os penhascos a procura de alimento para seus filhotes, uma formiga que corta sua folha e acumula alimento para a longa invernada, um peixe apanhado pela rede do homem que alimenta seu bolso mais que seu estomago.

A criação é o reflexo de uma beleza que se apresenta sublime, mas que acaba perdida pela escuridão do coração humano que ao buscar razões para existência, se entrega a volúpia da insensatez que nega a beleza da sua criação perdendo seu sentido humano dando vazão a sua animalidade, perdendo a razão, perdendo a beleza de uma existência.
Belo Horizonte - MG
Textos publicados: 2 [ver]

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