Palavra do leitor
- 21 de janeiro de 2017
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Bajulação é de Deus?
Vamos por partes. O que é bajulação? O termo é definido assim no Dicionário Michaellis:
ba.ju.la.ção
sf (lat bajulatione) 1 Ação de bajular. 2 Adulação interesseira; chaleirismo.
É uma palavra de origem latina e tem o sentido claro e abjeto de classificar a atitude de determinadas pessoas que no afã de:
Agradar, exagerar uma virtude, manipular visando interesse inconfessável, auferir alguma benesse, esconder sua incompetência, lisonjear, adular, bajulam e se expõem, não raro, ao ridículo. No Brasil Império havia o beija mão. Em solenidades se destacava quem mais mãos de autoridades beijasse.
Via de regra, e eu conheço o personagem tanto do mundo empresarial, quanto do eclesiástico, o bajulador é alguém incompetente, tentando esconder sua falta de méritos e qualidades, quando não defeitos morais e espirituais, sob o manto da bajulação. Normalmente, apura a fala, escolhe os adjetivos mais pomposos, estende os cumprimentos a familiares e outras de pessoas do círculo de amizade do bajulado. É uma prática vergonhosa, porém, disseminada. Não é raro encontrar um bajulador tentando esconder sua folha corrida espiritual!
Chegou ao meu conhecimento, tempos atrás, a história de um bajulador que, caminhando no pátio de determinada igreja, escorregou e caiu. Havia chovido e algumas pequenas poças ali se formaram. Ao longe o pastor, seu líder, sorriu da situação. Ele voltou e caiu de novo! Já vi outro tentando ser babá dos netos de determinado líder. Outro inventando brincadeiras para agradar filhos menores. Outro dando glórias mais alto que todos e quando toda efervescência já havia amainado. Ainda outro fazendo as vezes de bobo da corte, citando casos folclóricos e piadas, para distrair seu líder. Tudo isto no intuito de ser notado!
Com as redes sociais a coisa tomou ares pitorescos. Dia desses flagrei certo companheiro ministerial dizendo que seu pastor era lindo! Outro elogiou o paletó e a gravata. Ainda outro elogiou palavras corriqueiras. Outro ainda elogiou as filhas do pastor. Outro elogiou o nada. Assim: entrou no Face e se declarou! Rsrsrs! É um comportamento triste, terrível. Uma coisa é elogiar um artigo, uma colocação, uma atitude. Sem exageros, sem superlativos desnecessários. O que dizer daqueles que gastam cinco minutos de um sermão fazendo salamaleques em microfones? Perde-se a objetividade, o tempo dos ouvintes e a glória de Deus!
Do ponto de vista dos líderes, dos bajulados, há três tipos de comportamento. O primeiro, predominante, é confundir bajulação e fidelidade com competência. Quem mais bajula, competente e fiel é. Dias atrás coloquei aqui um pensamento que dizia assim: Conheço um homem triste, está cercado de acenos, mas não sabe qual das mãos são sinceras. Poderia criar várias versões dele. Neste caso os bajuladores se acercam do bajulado e põem-se a elogiar. Mas não são sinceros. No Salmo 12 trata desse assunto com os termos mais vívidos. Parece que o salmista viveu entre nós! Em Romanos 16:18 Paulo fala da lisonja. Que é a fala com segundas intenções. Infelizmente, prática disseminada em nossas igrejas. Eu fico pasmo em como se mente em nossos relacionamentos interpessoais! E em como determinados líderes parecem acreditar nos bajuladores!
Um segundo comportamento é ignorar os elogios. Mas manter os bajuladores por perto. Infectando e influenciando o que pensam os demais. É igualmente reprovável. Um líder que precisa de bajulação não está seguro do que faz. É comum, por exemplo, pensar que aniversários pastorais grandiosos são efeitos da boa administração. Vai um elogia, vai outro conta uma historieta. Outro divide um caro presente no cartão (não sem antes se identificar em letras garrafais na embalagem!), pra não se perder em meio aos demais. Dez prestações que serão exigidas em contrapartidas de cargos e referências. Eu já vi esse filme quantas vezes? Na realidade boa parte dos que elogiam (e há elogios sinceros e desprovidos de segundas intenções) não expressam a verdade. Não trabalham, mas elogiam o trabalho. Torcem o nariz para determinadas decisões, mas dizem que o líder acertou em cheio! Ou seja, dizem exatamente o contrário, para consumo interno e externo. Alguém já disse que o Espírito Santo está bem longe dos aniversários pastorais. Ao que tudo indica…
E há o líder que reprova a bajulação. São poucos, mas existem. Pensam nas novas lideranças. Pensam a igreja enquanto grupo verdade, no qual a mentira e a falsidade deveriam ser banidas. E buscam a direção de Deus. Não para agradar este ou aquele e dele receber elogios, mas para agradar a Deus a quem deve ser dada toda honra e glória.
E aí, leitores, bajulação é de Deus?
ba.ju.la.ção
sf (lat bajulatione) 1 Ação de bajular. 2 Adulação interesseira; chaleirismo.
É uma palavra de origem latina e tem o sentido claro e abjeto de classificar a atitude de determinadas pessoas que no afã de:
Agradar, exagerar uma virtude, manipular visando interesse inconfessável, auferir alguma benesse, esconder sua incompetência, lisonjear, adular, bajulam e se expõem, não raro, ao ridículo. No Brasil Império havia o beija mão. Em solenidades se destacava quem mais mãos de autoridades beijasse.
Via de regra, e eu conheço o personagem tanto do mundo empresarial, quanto do eclesiástico, o bajulador é alguém incompetente, tentando esconder sua falta de méritos e qualidades, quando não defeitos morais e espirituais, sob o manto da bajulação. Normalmente, apura a fala, escolhe os adjetivos mais pomposos, estende os cumprimentos a familiares e outras de pessoas do círculo de amizade do bajulado. É uma prática vergonhosa, porém, disseminada. Não é raro encontrar um bajulador tentando esconder sua folha corrida espiritual!
Chegou ao meu conhecimento, tempos atrás, a história de um bajulador que, caminhando no pátio de determinada igreja, escorregou e caiu. Havia chovido e algumas pequenas poças ali se formaram. Ao longe o pastor, seu líder, sorriu da situação. Ele voltou e caiu de novo! Já vi outro tentando ser babá dos netos de determinado líder. Outro inventando brincadeiras para agradar filhos menores. Outro dando glórias mais alto que todos e quando toda efervescência já havia amainado. Ainda outro fazendo as vezes de bobo da corte, citando casos folclóricos e piadas, para distrair seu líder. Tudo isto no intuito de ser notado!
Com as redes sociais a coisa tomou ares pitorescos. Dia desses flagrei certo companheiro ministerial dizendo que seu pastor era lindo! Outro elogiou o paletó e a gravata. Ainda outro elogiou palavras corriqueiras. Outro ainda elogiou as filhas do pastor. Outro elogiou o nada. Assim: entrou no Face e se declarou! Rsrsrs! É um comportamento triste, terrível. Uma coisa é elogiar um artigo, uma colocação, uma atitude. Sem exageros, sem superlativos desnecessários. O que dizer daqueles que gastam cinco minutos de um sermão fazendo salamaleques em microfones? Perde-se a objetividade, o tempo dos ouvintes e a glória de Deus!
Do ponto de vista dos líderes, dos bajulados, há três tipos de comportamento. O primeiro, predominante, é confundir bajulação e fidelidade com competência. Quem mais bajula, competente e fiel é. Dias atrás coloquei aqui um pensamento que dizia assim: Conheço um homem triste, está cercado de acenos, mas não sabe qual das mãos são sinceras. Poderia criar várias versões dele. Neste caso os bajuladores se acercam do bajulado e põem-se a elogiar. Mas não são sinceros. No Salmo 12 trata desse assunto com os termos mais vívidos. Parece que o salmista viveu entre nós! Em Romanos 16:18 Paulo fala da lisonja. Que é a fala com segundas intenções. Infelizmente, prática disseminada em nossas igrejas. Eu fico pasmo em como se mente em nossos relacionamentos interpessoais! E em como determinados líderes parecem acreditar nos bajuladores!
Um segundo comportamento é ignorar os elogios. Mas manter os bajuladores por perto. Infectando e influenciando o que pensam os demais. É igualmente reprovável. Um líder que precisa de bajulação não está seguro do que faz. É comum, por exemplo, pensar que aniversários pastorais grandiosos são efeitos da boa administração. Vai um elogia, vai outro conta uma historieta. Outro divide um caro presente no cartão (não sem antes se identificar em letras garrafais na embalagem!), pra não se perder em meio aos demais. Dez prestações que serão exigidas em contrapartidas de cargos e referências. Eu já vi esse filme quantas vezes? Na realidade boa parte dos que elogiam (e há elogios sinceros e desprovidos de segundas intenções) não expressam a verdade. Não trabalham, mas elogiam o trabalho. Torcem o nariz para determinadas decisões, mas dizem que o líder acertou em cheio! Ou seja, dizem exatamente o contrário, para consumo interno e externo. Alguém já disse que o Espírito Santo está bem longe dos aniversários pastorais. Ao que tudo indica…
E há o líder que reprova a bajulação. São poucos, mas existem. Pensam nas novas lideranças. Pensam a igreja enquanto grupo verdade, no qual a mentira e a falsidade deveriam ser banidas. E buscam a direção de Deus. Não para agradar este ou aquele e dele receber elogios, mas para agradar a Deus a quem deve ser dada toda honra e glória.
E aí, leitores, bajulação é de Deus?
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