Palavra do leitor
- 06 de março de 2008
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Autofagia cristã
Uma vida em comunidade só é plenamente autêntica se houver entre os seus participantes um forte sentimento de altruísmo, abnegação e despojamento. É quase impossível imaginar a vida em grupo sem o princípio da ética do bem comum, e parece que essa ética somente alcança sua lógica quando o eu torna o outro a extensão da sua própria vida.
A vida em comum-unidade sob a ética do bem comum significa uma vida justa, equilibrada e solidária. De outra forma, o que existe explicitamente nessa pós-modernidade são antíteses dessa comum-unidade, ou seja, diferentes unidades com desejos e satisfações apenas pessoais, que anulam a vida em grupo em função de uma vida ensimesmada e solitária. A ética humanística é a ética dessas unidades, onde “o homem é a medida de todas as coisas”. (Protágoras, 480 a.C. – 410 d.C.)
Diante disso, eis que surgem as comunidades cristãs com o intuito de fazerem e serem a diferença. E como é de costume ser citado, o apóstolo Paulo diria que é necessário que não nos conformemos a este mundo, não nos conformemos às formas de relações sociais que este mundo possui, e Paulo ainda faria o convite de transformarmos este mundo pela renovação da nossa mente. Mas, esse é o grande problema da maioria dos cristãos, renovar a mente, ainda mais em Cristo. Basicamente seria necessário pensarmos a respeito do nosso contexto de sociabilização e consequentemente verificar à luz do Evangelho como podemos resgatar e redimir as nossas comunidades dando-lhe um aspecto mais humano e mais divino.
Dessa forma, creio que estamos muito longe do que realmente venha ser uma vida em comum-unidade; primeiro porque temos dificuldade em renovar a nossa mente, segundo porque também somos ensimesmados, temos os nossos guetos, terceiro, porque apenas oramos pela unidade e nada fazemos. Para alcançarmos de fato essa convivência, não basta apenas dividir o cálice na santa ceia dominical, olhar para o meu irmão e dizer que eu o amo, não basta reunir multidões e clamar por unidade, é preciso caminhar mais uma milha, é preciso oferecer também a túnica, pois se o bem ou o mal existem, você pode escolher, é preciso saber viver...
Fora isso, o que nos resta é o eco ensurdecedor em nossos ouvidos e corações, das palavras do apóstolo Paulo... “se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos.”
A vida em comum-unidade sob a ética do bem comum significa uma vida justa, equilibrada e solidária. De outra forma, o que existe explicitamente nessa pós-modernidade são antíteses dessa comum-unidade, ou seja, diferentes unidades com desejos e satisfações apenas pessoais, que anulam a vida em grupo em função de uma vida ensimesmada e solitária. A ética humanística é a ética dessas unidades, onde “o homem é a medida de todas as coisas”. (Protágoras, 480 a.C. – 410 d.C.)
Diante disso, eis que surgem as comunidades cristãs com o intuito de fazerem e serem a diferença. E como é de costume ser citado, o apóstolo Paulo diria que é necessário que não nos conformemos a este mundo, não nos conformemos às formas de relações sociais que este mundo possui, e Paulo ainda faria o convite de transformarmos este mundo pela renovação da nossa mente. Mas, esse é o grande problema da maioria dos cristãos, renovar a mente, ainda mais em Cristo. Basicamente seria necessário pensarmos a respeito do nosso contexto de sociabilização e consequentemente verificar à luz do Evangelho como podemos resgatar e redimir as nossas comunidades dando-lhe um aspecto mais humano e mais divino.
Dessa forma, creio que estamos muito longe do que realmente venha ser uma vida em comum-unidade; primeiro porque temos dificuldade em renovar a nossa mente, segundo porque também somos ensimesmados, temos os nossos guetos, terceiro, porque apenas oramos pela unidade e nada fazemos. Para alcançarmos de fato essa convivência, não basta apenas dividir o cálice na santa ceia dominical, olhar para o meu irmão e dizer que eu o amo, não basta reunir multidões e clamar por unidade, é preciso caminhar mais uma milha, é preciso oferecer também a túnica, pois se o bem ou o mal existem, você pode escolher, é preciso saber viver...
Fora isso, o que nos resta é o eco ensurdecedor em nossos ouvidos e corações, das palavras do apóstolo Paulo... “se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos.”
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