Aurora da minha vida, saudades!

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Vou, semanalmente, viajando a um passado, às vezes, interessante, outras vezes não, sorrateiramente, levemente, lentamente, gradualmente, surpreendentemente; da mente diretamente para o teclado [para o HD] vou desnudando fatos passados, ocorrências antigas, acontecimentos distantes há, no mínimo, 72 anos [tenho 82].

Eu mesmo me recomendo: Cuidado! Cuidado com o que você deseja é como que uma auto-recomendação, um auto-conselho, um auto-lembrete.

Está viva uma lembrança que, diariamente, íamos brincar em uma Carroceria que havia em frente de casa; não bem na carroceria, mas em um corredor que havia do lado de nossa residência, em Belo Horizonte, onde iam colocando, de cabeça para baixo [ou, como dizem os paulistas, de ponta cabeça] as carroças que chegavam para conserto.

As brincadeiras eram variadas, algumas vezes ali brincávamos de casinha, outras vezes de esconder debaixo das carroças [quem achava dizia "pique"], mas havia uma brincadeira que mamãe reprovava, e, sempre, dizia: CUIDADO!

Como todas as crianças, nós nos esbaldávamos pulando de carroça em carroça, eu e minha irmã; mamãe, sempre cuidadosa, dizia: "cuidado com o que vocês desejam!" [e fazem]; por mais divertidas que fossem, tudo era possível, mas nem todas as coisas, nem todas as brincadeiras eram convenientes.

Chegou o dia do acidente, eu cai de cabeça na quina de uma carroça: muito choro, muito lamento, muita dor, muito sangue também!

Imediatamente, minha mãe correu comigo para o Pronto-Socorro e levei dois pontos na parte superior direita da testa, sob os cabelos que, por enquanto, ainda escondem a cicatriz.

É nesses momentos que sou remetido à Palavra de Deus que, pela pena de Paulo, nos diz: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas" (1 Coríntios 6.12).

É como se fosse um "autoalerta", mas é a voz do Senhor nosso Deus, que me faz desviar de tudo que me pode proporcionar dor, sofrimento, choro, arrependimento, lágrimas, e, até mesmo, a perda de uma eternidade junto ao seu trono; ou, não desejo, pode ocasionar tristeza para aquelas [es] a quem feri com um ato impensado, uma atitude aparentemente prazerosa, todavia, danosa - reitero pedidos de perdão anteriores.

Sempre se faz necessário, em tudo, ter cuidado, cautela com os prazeres, alguns de alto risco!

Pouco, ou nada, adianta um prazer, uma alegria, uma íntima satisfação, de pequena duração, que irá trazer aborrecimentos por toda uma vida [e até na eternidade]!

Pergunta do Senhor Jesus: "Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro [dinheiro, bens, cargos, propriedades, "status’, mulheres, homens] e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?" (Mateus 16 26).

Uma questão que sempre apresento a mim mesmo: posso ter maus pensamentos? – Posso! Mas a Palavra de Deus adverte:

"Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração" (Mateus 12.34)

Uma reflexão: se o coração [a mente] estiver cheio de coisas más, pensamentos maldosos, pornografia, obscenidade é o que transmitiremos no nosso falar, pois a boca fala do que está cheio o coração, reitero a citação bíblica.

Mais um conselho da Palavra de Deus, que sempre procuro levar em alta consideração:

"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco" (Filipenses 4.8-9).

Se assim fizermos, atentamente, só sairão de nossas bocas palavras que edificam a vida do próximo e glorificam o nosso Deus e Pai (1 Coríntios 10.31).

É certo que o Pai nos deu o "livre arbítrio" para sermos o que quisermos, para fazermos o que nos der na cabeça, todavia, temos que ter o bom senso de escolher o bem no lugar do mal; temos que ter a consciência de que podemos fazer o que melhor nos parece, mas sem nos abstrair de que a responsabilidade é de cada um, as consequências danosas são claras e inevitáveis.

De um modo inquestionável, sem deixar dúvidas, o texto das Sagradas Escrituras nos diz, claramente, que colhemos o que plantamos:

"Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isto também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá VIDA ETERNA" (Gálatas 6.7-8).

Reflita!

PS.: terminei, recentemente, meu quarto livro – "Minha infância" – história dos meus primeiros 11 anos, passados em minha terra: BH – [à espera de patrocínio].

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Opinião do leitor