Palavra do leitor
- 02 de dezembro de 2013
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Aumenta-nos a fé (Lc 17.3-6)
“Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe. Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé. Respondeu-lhes o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá.”
Jesus vai de um extremo a outro. Temos um paradoxo. De um lado, ensina que se deve perdoar um número excessivo de vezes e, de outro, ensina que a fé, por menor que seja, será capaz de grandes feitos. A formosura da graça perdoadora, ensinada por Jesus, depende da iniciativa do sujeito ofendido. Quantas vezes a gente já se chateou com alguma palavra dita por quem muitas vezes não teve nenhuma intenção de nos ofender, mas a tomamos como afronta e nos voltamos contra o ofensor inocente?
Jesus, que ensinou amar ao próximo, recomenda cautela nas atitudes do ofendido e orienta: Vai lá e fala com quem te ofendeu. Como se vê, Jesus não deixou tarefa fácil para os seus seguidores. O fato de ir ao encontro do ofensor e argui-lo parece tarefa muito difícil. Guardar a mágoa, o rancor contra alguém é agradável ao iracundo, mas inaceitável para Jesus. Então ele ensina que se deve ir ao encontro do ofensor a fim de esclarecer que não gostou de tal atitude e no seu arrependimento perdoar, perdoar, perdoar e continuar perdoando.
É nesse ponto que eu penso que os discípulos balançaram a cabeça e disseram: “aumenta-nos a fé”. Então Jesus fala em tons de exagero: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá”. Se a gente fizer um esforço de interpretação, é fácil perceber que Jesus quer o máximo de disposição humana para perdoar. Afinal, ele ensinou na oração do “Pai Nosso” “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; Mt 6.12.
A ideia condicional de perdão está embutida (Deus perdoa os pecados de quem perdoa os que o ofendem). Avançando neste esforço, conclui-se que antes de exercer a fé, mandando a amoreira para o mar, deve-se perdoar os ofensores. Desse ponto em diante, a fé destrona seu uso com o fim de proporcionar espetáculos e dá lugar à simplicidade da vivência na comunhão com Deus e com o próximo, evitando ofensas e mal-entendidos nocivos.
Jesus pediu cautela no trato com as pessoas quanto às questões relativas ao perdão. O texto apela para que a convivência cristã tenha liberdade na fé. Teste sua fé. Veja se ela já chegou ao tamanho mínimo requerido por Jesus, ou seja, o tamanho de um grão de mostarda. Entrar na igreja e evitar sentar ao lado do irmão por questões de ressentimentos e mudar de rua pelos mesmos motivos é sinal de que a fé está aquém da proposta por Jesus, e quem assim procede ainda não está apto a pedir grandes coisas, de modo que a amoreira ou o empecilho de sua vida vão continuar onde estão. Relembrando: aumenta-nos a fé a ponto de perdoarmos aos que nos ofendem.
Jesus vai de um extremo a outro. Temos um paradoxo. De um lado, ensina que se deve perdoar um número excessivo de vezes e, de outro, ensina que a fé, por menor que seja, será capaz de grandes feitos. A formosura da graça perdoadora, ensinada por Jesus, depende da iniciativa do sujeito ofendido. Quantas vezes a gente já se chateou com alguma palavra dita por quem muitas vezes não teve nenhuma intenção de nos ofender, mas a tomamos como afronta e nos voltamos contra o ofensor inocente?
Jesus, que ensinou amar ao próximo, recomenda cautela nas atitudes do ofendido e orienta: Vai lá e fala com quem te ofendeu. Como se vê, Jesus não deixou tarefa fácil para os seus seguidores. O fato de ir ao encontro do ofensor e argui-lo parece tarefa muito difícil. Guardar a mágoa, o rancor contra alguém é agradável ao iracundo, mas inaceitável para Jesus. Então ele ensina que se deve ir ao encontro do ofensor a fim de esclarecer que não gostou de tal atitude e no seu arrependimento perdoar, perdoar, perdoar e continuar perdoando.
É nesse ponto que eu penso que os discípulos balançaram a cabeça e disseram: “aumenta-nos a fé”. Então Jesus fala em tons de exagero: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá”. Se a gente fizer um esforço de interpretação, é fácil perceber que Jesus quer o máximo de disposição humana para perdoar. Afinal, ele ensinou na oração do “Pai Nosso” “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; Mt 6.12.
A ideia condicional de perdão está embutida (Deus perdoa os pecados de quem perdoa os que o ofendem). Avançando neste esforço, conclui-se que antes de exercer a fé, mandando a amoreira para o mar, deve-se perdoar os ofensores. Desse ponto em diante, a fé destrona seu uso com o fim de proporcionar espetáculos e dá lugar à simplicidade da vivência na comunhão com Deus e com o próximo, evitando ofensas e mal-entendidos nocivos.
Jesus pediu cautela no trato com as pessoas quanto às questões relativas ao perdão. O texto apela para que a convivência cristã tenha liberdade na fé. Teste sua fé. Veja se ela já chegou ao tamanho mínimo requerido por Jesus, ou seja, o tamanho de um grão de mostarda. Entrar na igreja e evitar sentar ao lado do irmão por questões de ressentimentos e mudar de rua pelos mesmos motivos é sinal de que a fé está aquém da proposta por Jesus, e quem assim procede ainda não está apto a pedir grandes coisas, de modo que a amoreira ou o empecilho de sua vida vão continuar onde estão. Relembrando: aumenta-nos a fé a ponto de perdoarmos aos que nos ofendem.
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