Atirador de Realengo! Quem pecou? Ele ou a sociedade?

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Há 3 dias da tragédia do atirador na escola em Realengo, matando e ferindo dezenas de crianças e chocando a sociedade brasileira, muitos tentam entender suas causas e as soluções contra atitudes como essa.

De quem é a culpa? É somente dele ou de mais alguém? As leis de venda de armas (certamente ele comprou-as no mercado negro)? A falta de segurança pública? A família do rapaz? A escola? Os colegas? Poderia ser até mesmo dos religiosos que o influenciaram, já que ele escreveu uma carta de cunho religioso?

Outras perguntas estão sendo feitas: há algo que se poderia ter feito para evitar o ato? Haveria como ter previsto isso? Teria sido o jovem vítima de bullying (assédio escolar)?
Minha primeira reação foi dizer: foi um louco. A Palavra de Deus jamais isenta, quem quer que seja, de sua responsabilidade pessoal. Por isso esse jovem vai prestar contas diante de Deus.

Mas a Palavra reserva também alertas para a sociedade. Essa sociedade pode ser chamada de “geração” ou “cidade”. Dessa forma podemos pensar o problema por grupos humanos. Podemos pensar nos alunos que fizeram parte da sua classe de aula ou de toda a escola, ou até mesmo de todo o Rio ou do Brasil. Nas mesmas proporções podemos pensar em docentes, políticos e religiosos.

Podemos pensar ainda no bairro em que morava, visinhos, parentes e familiares.
Toda essa gente constrói uma sociedade complexa chamada de geração ou cidade. Mateus usa essas duas expressões em seu evangelho no capítulo 11. Jesus condena uma geração ingrata que não sabia reconhecer e distinguir o bem e o mal. Por isso aquela geração condenava os profetas de Deus e aceitava os falsos profetas. João batista estava na prisão.

As sociedades ocidentais, em suas organizações laicistas e secularizadas tendem ao erro de rejeitar a todos os profetas e colocá-los dentro de uma mesma massa considerada podre e fantasiosa. O “pecado” de João Batista era condenar o pecado do rei. Mas Jesus não criticou diretamente a classe política por essa situação, ele condenou antes a geração de israelitas e seus líderes religiosos que eram responsáveis pela escolhas no julgamento. Eles amaram mais o pecado do que os profetas que falaram contra o pecado. João Batista condenou o pecado moral de Herodes e foi odiado por muitos. Como os alunos dessa escola tratam os profetas de Deus? Como os professores abordam o tema da moralidade e religião? Como nossos políticos se pautam para fazer e executar as leis? Jesus disse em seguida que “a sabedoria é justificada pelas suas obras” (Mat. 11:19). É preciso acertar no julgamento que fazemos.

Ao citar as cidades como sociedades complexas, Jesus deixa claro o amor e cuidado de Deus em ter enviado os seus mensageiros e até mesmo o seu Filho (Mat. 11:20-30). Mas ao rejeitá-los, essas cidades seriam punidas no dia do juízo. Portanto, o que aconteceu em Realengo, o fato em si, levará Welington ao julgamento. Mas, como sociedade, nós devemos prestar atenção nos sinais de que estamos errando em algo que trará juízo a todos. Ele disse: “ai de ti” (vs. 20-24). O mesmo texto nos anima para o arrependimento. Esse é o fruto que o Senhor espera encontrar em nós.

A tragédia ocorrida nos fala da gravidade do nosso erro!

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Opinião do leitor