Palavra do leitor
- 31 de maio de 2010
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Até quando, Senhor?
"Até quando te esquecerás de mim, Senhor? Para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto? Até quando consultarei com a minha alma, tendo tristeza no meu coração a cada dia?" (Sl. 13).
Davi recorre a Deus em um momento de profunda angústia. Quando nossa alma está abatida, a sensação é que os dias e as noites se tornaram muito longos. Os dias são tristes e à noite não há paz. Profunda tristeza, inquietação e dor intensa de alma provocam um desespero tamanho que parece não ter fim. São dias em que o brilho do sol e o silêncio da noite incomodam profundamente. Então, como o salmista, nossa dor grita: "Até quando, Senhor?".
Vários são os motivos que levam alguém a ter uma alma abatida. Quero me deter a um motivo que é o responsável pelas maiores angústias de um cristão. Aquele motivo que a gente esconde a sete chaves, que às vezes escondemos até da nossa própria sombra, mas que lá dentro, lá bem no íntimo, temos a certeza que tem mais um alguém ciente da razão de tamanha tristeza.
Quando o pecado não apenas entra, mas se instala em nossas vidas como uma praga que danifica aos poucos toda a plantação, um sentimento angustiante toma conta de nosso interior. Às vezes chegamos a ser tão dissimulados que nossa face consegue esconder essa dor e sorrir brilhantemente para todos, principalmente para aqueles do nosso convívio cristão.
Essa dor que muitas vezes tentamos disfarçar e driblar de nós mesmos corrói a nossa vida social, emocional e, até mesmo, nossa vida espiritual. São esses pecados que começam aparentemente pequenos, irresistíveis, que vão minando nossa intimidade com Deus, nossos momentos de oração e de leitura bíblica. São esses “pecadinhos” aparentemente inofensivos que nos levam um dia, sem que ninguém entenda, a desistir, de maneira abrupta, de tudo o que foi construído, quer seja família, convívio com a igreja e com os amigos.
Mas quero falar dessa tristeza que nos desestabiliza, mas que ainda está naquele nível de conseguirmos dissimular para os outros. É nesse aspecto que muitos passam dias, semanas, meses, anos se lamentando: “Até quando consultarei com a minha alma, tendo tristeza no meu coração?”. Às vezes o pecado é tão sutil que apesar de termos sido avisados pelo Espírito Santo que era algo cruel, como parecia ser ínfimo, continuamos nele ao ponto de não mais sabermos o motivo que nos leva a tanto lamento.
São nessas horas que precisamos reavaliar seriamente a nossa vida e procurar buscar lá no íntimo o que está nos levando a uma tragédia emocional gradativa. E sempre, exatamente sempre, quando se é cristão, percebemos que há algo errado em nossas vidas e um “algo” que nos faz até ficar tímidos diante de Deus. É quando nos deparamos com um conflito profundo: continuar desejando aquilo ou cortar laços com esse sentimento pecaminoso? Continuar fazendo aquilo ou abandonar de vez aqueles atos que ferem a santidade de Deus? Continuar permitindo que o pecado faça cócegas ou parar de sorrir com coisas que são deliberadamente reprovadas por Deus?
Não. Não é uma escolha fácil. É decidir romper de vez com aquela angústia. É decidir romper de vez com todo o embaraço que te leva a uma eterna tristeza. É decidir romper com o que você ama, mas que ao mesmo tempo, Deus abomina. É decidir obedecer, e obediência nem sempre é algo fácil. A obediência só se torna mais fácil quando amamos mais àquele a quem devemos obedecer, do que a nós mesmos. É isso! Peça a Deus que te conceda mais amor por Ele, que você verá o quanto será mais fácil livrar-se desse laço e, consequentemente, dessa profunda angústia.
Olhe para o Senhor, pois Ele te dará forças para suportar a ruptura e te fazer uma pessoa feliz. Olhe para o Senhor, pois é dEle que vem a salvação. Olhe para o Senhor e diga como o salmista: “Mas eu confio na tua benignidade: na tua salvação meu coração se alegrará” (Sl.13:5). Olhe para o seu Pai, pois Ele te ajudará. “Os meus olhos estão continuamente no Senhor, pois ele tirará os meus pés da rede. Olha para mim e tem piedade de mim, porque estou solitário e aflito. As ânsias do meu coração se têm multiplicado; tira-me dos meus apertos. Olha para a minha aflição e para a minha dor, e perdoa todos os meus pecados” (Sl. 25:15-18).
Creia e não desista de ver um ponto final para essa angústia. Deus está perto de ti. Ele não te desamparará. Que o Senhor te guarde e te abençoe.
Davi recorre a Deus em um momento de profunda angústia. Quando nossa alma está abatida, a sensação é que os dias e as noites se tornaram muito longos. Os dias são tristes e à noite não há paz. Profunda tristeza, inquietação e dor intensa de alma provocam um desespero tamanho que parece não ter fim. São dias em que o brilho do sol e o silêncio da noite incomodam profundamente. Então, como o salmista, nossa dor grita: "Até quando, Senhor?".
Vários são os motivos que levam alguém a ter uma alma abatida. Quero me deter a um motivo que é o responsável pelas maiores angústias de um cristão. Aquele motivo que a gente esconde a sete chaves, que às vezes escondemos até da nossa própria sombra, mas que lá dentro, lá bem no íntimo, temos a certeza que tem mais um alguém ciente da razão de tamanha tristeza.
Quando o pecado não apenas entra, mas se instala em nossas vidas como uma praga que danifica aos poucos toda a plantação, um sentimento angustiante toma conta de nosso interior. Às vezes chegamos a ser tão dissimulados que nossa face consegue esconder essa dor e sorrir brilhantemente para todos, principalmente para aqueles do nosso convívio cristão.
Essa dor que muitas vezes tentamos disfarçar e driblar de nós mesmos corrói a nossa vida social, emocional e, até mesmo, nossa vida espiritual. São esses pecados que começam aparentemente pequenos, irresistíveis, que vão minando nossa intimidade com Deus, nossos momentos de oração e de leitura bíblica. São esses “pecadinhos” aparentemente inofensivos que nos levam um dia, sem que ninguém entenda, a desistir, de maneira abrupta, de tudo o que foi construído, quer seja família, convívio com a igreja e com os amigos.
Mas quero falar dessa tristeza que nos desestabiliza, mas que ainda está naquele nível de conseguirmos dissimular para os outros. É nesse aspecto que muitos passam dias, semanas, meses, anos se lamentando: “Até quando consultarei com a minha alma, tendo tristeza no meu coração?”. Às vezes o pecado é tão sutil que apesar de termos sido avisados pelo Espírito Santo que era algo cruel, como parecia ser ínfimo, continuamos nele ao ponto de não mais sabermos o motivo que nos leva a tanto lamento.
São nessas horas que precisamos reavaliar seriamente a nossa vida e procurar buscar lá no íntimo o que está nos levando a uma tragédia emocional gradativa. E sempre, exatamente sempre, quando se é cristão, percebemos que há algo errado em nossas vidas e um “algo” que nos faz até ficar tímidos diante de Deus. É quando nos deparamos com um conflito profundo: continuar desejando aquilo ou cortar laços com esse sentimento pecaminoso? Continuar fazendo aquilo ou abandonar de vez aqueles atos que ferem a santidade de Deus? Continuar permitindo que o pecado faça cócegas ou parar de sorrir com coisas que são deliberadamente reprovadas por Deus?
Não. Não é uma escolha fácil. É decidir romper de vez com aquela angústia. É decidir romper de vez com todo o embaraço que te leva a uma eterna tristeza. É decidir romper com o que você ama, mas que ao mesmo tempo, Deus abomina. É decidir obedecer, e obediência nem sempre é algo fácil. A obediência só se torna mais fácil quando amamos mais àquele a quem devemos obedecer, do que a nós mesmos. É isso! Peça a Deus que te conceda mais amor por Ele, que você verá o quanto será mais fácil livrar-se desse laço e, consequentemente, dessa profunda angústia.
Olhe para o Senhor, pois Ele te dará forças para suportar a ruptura e te fazer uma pessoa feliz. Olhe para o Senhor, pois é dEle que vem a salvação. Olhe para o Senhor e diga como o salmista: “Mas eu confio na tua benignidade: na tua salvação meu coração se alegrará” (Sl.13:5). Olhe para o seu Pai, pois Ele te ajudará. “Os meus olhos estão continuamente no Senhor, pois ele tirará os meus pés da rede. Olha para mim e tem piedade de mim, porque estou solitário e aflito. As ânsias do meu coração se têm multiplicado; tira-me dos meus apertos. Olha para a minha aflição e para a minha dor, e perdoa todos os meus pecados” (Sl. 25:15-18).
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