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Palavra do leitor

Até Deus parou para ver!

As vinte e uma horas, um silêncio pairou na intensa vida noturna das metrópoles e também dos mais recônditos lugares. Independentemente se fosse nos condomínios de alto luxo, nos conglomerados residenciais urbanos, nos bares, nos restaurantes, nas padarias e, enfim, onde quer que houvesse uma televisão ligada. 

Não posso dizer todos, mais um número expressivo de olhos focados no último capítulo da novela Avenida Brasil. Durante dias, as conversas nos mais diversos lugares sempre abordavam o destino de Carminha, de Nina, de Max e companhia. No episódio da morte de Max, pude notar o esparramar de uma expectativa impetuosa para saber quem foi o autor do assassinato.

Ah, pude notar pessoas envolvidas em apostas para acertar o algoz de correspondente ato ou justiça ou desforra.

Sem sombra de dúvida, o dia 19 de Outubro de 2012, pode ser registrado como um marco, porque as engrenagens da cotidiano retrocederam, as pessoas não viam a hora de chegar em casa, as ruas vazias e um silêncio uníssono invadia a noite.

Devo dizer, o último capítulo seguiu a costumeira felicidade de arremedos, depois de tantos desvarios. Afinal de contas, qual o mal do personagem Cadinho casar com suas três parceiras, diga – se de passagem, de véu e grinalda, regado com a benção e de branco, para não alterar o script.

É bem verdade, muitos poderão enfocar um baita exagero nesses comentários. Lá no fundo, tudo não passa de uma fantasia! Não é mesmo?

Mesmo assim, questiono:

- Será mesmo?

As vezes, paro e pondero, quantos de nós não estivemos prostrados para nos encher de um mundo as avessas, contagiado pelo relativismo – ‘’do não tem nada a ver, de que os tempos são outros, de que Deus está em todo lugar e inclusive parou para ver o desfecho dessa novela, de que cada um vive como quer e sei lá mais o que’’.

De certo, muitos elegeram seus heróis, seus vilões, suas vilãs, seus preferidos e algozes. Até posso parecer um patético puritano, um malogrado defensor da moral e dos bons costumes e ouso dizer – ‘’que não’’.

Devo salientar, não me alinho a uma revolução teocrática, nem sou adepto de ufanias messiânicas ou utopias de uma realidade sem pessoas livres.

Agora, como cristão, me faço um aguda e ácida pergunta:

- Por que não observo essa mesma ênfase e inclinação para creditar na realidade criadora e nova firmada na Cruz de Cristo.

Para muitos, Avenida Brasil espelhou uma sociedade a procura da felicidade e, mesmo assim, lanço a questão de o por qual motivo a mensagem da Cruz não aguça.

Ora, muitos podem usar do discurso que o pecado é mais apreciável , que as pessoas preferem o caminho largo, que poucos são os escolhidos. Mesmo assim, não nos tornamos partes dessa engrenagem alinhada a participar de uma vida delimitada as rédeas do tempo e fazer.

Sei muito bem dos efeitos nocivos de uma geração, cada vez mais, confluída e submergida ao relativismo e ao individualismo. Para piorar, ainda nos deparamos com um evangelho adaptado as ânsias de lábios sedentos por mercadorias de bênçãos, para todos os gostos e tipos.

Por fim, segundo pesquisas do setor de telecomunicações, o último capítulo de Avenida Brasil lograria um índice acima de 54% de pessoas sintonizadas, no seu último capítulo.

Então, arrisco que muitos cristãos se debruçaram ardorosamente nessa fileira. Aí verifico como anda o nosso coração, quando se pontua sobre oração, vivencia da palavra, comunhão de participação, de parceria e partilhamento com os irmãos (as).

Quantas famílias cristãs se encontraram na sala, não para ouvir e serem ouvidos por Cristo, mas para jogarem suas opiniões nos ídolos do passageiro. Nesse dia, o próprio Deus teve de assistir ou esperar o término para ver, quem sabe, alguém se lembrasse de que tudo é vaidade.
São Paulo - SP
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