Palavra do leitor
- 30 de abril de 2021
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As seis estações de uma igreja viva - parte 1
O ser humano, em geral, não gosta muito de mudança, por isso é muito fácil cairmos em rotinas e costumes, no entanto, a própria ciência nos ensina que todas as coisas vivas deste planeta devem crescer, se adaptar e se transformar, senão elas morrem. E crescimento significa mudança, assim como as estações do ano também significam mudança para todos os seres vivos do planeta.
Antes de iniciarmos a análise das seis estações, é bom que se faça neste momento, uma distinção peculiar, quando se fala de igreja. Existe a igreja institucional estática que possui um prédio como templo, um CNPJ que oficializa o nome da instituição ou denominação, possui uma pessoa como dono, bem como ela possui um estatuto, que baliza suas ações, sua hierarquia, regras denominacionais éticas e morais. Igreja significa coletivo de pessoas, por isso, a igreja institucional se chama congregação, e ela, na verdade, só existe porque há pessoas que nela se congregam, é um agrupamento de diversas igrejas individuais.
Mas existe a igreja de Cristo como eu e você: viva, dinâmica, que fala, que pensa, que ora, que chora, que ri, que sofre, que se alegra, que sente dor, que se emociona, que possui um corpo como templo, um nome individual que nos personaliza, e diferente da igreja institucional, o nosso dono é Cristo, e somos balizados pela bíblia, como nossa única regra de fé, de moral e de ética. Mas, apesar de sermos pessoas individuais, somos também templos de Cristo, porque existe uma congregação de pessoas em nós: Eu, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, esses são os membros desse templo, e é esta trindade viva que habita cada um de nós, que nos faz sermos igrejas vivas e orgânicas, passíveis também de sermos influenciados pelas seis estações da vida.
É exatamente deste segundo tipo de igreja que vamos falar neste artigo, da igreja viva e dinâmica, porque enquanto a igreja institucional depende de padrões, regras, hierarquias, de títulos, de movimentos constantes para parecer ativa, sem levar em consideração as estações em que seus membros vivos estão, a igreja viva e orgânica de Jesus Cristo é diferente, ela tem instinto, é afetada pelas estações da vida, pode sentir a mudança na atmosfera espiritual a qualquer momento, porque ela é um organismo vivo e sazonal, pode discernir quando está entrando em uma nova estação e quando esta estação acabou. A igreja institucional é fundada, projetada, construída, mas a igreja viva e orgânica de Cristo é plantada, daí a parábola da semente jogada no caminho pelo semeador, não se abre uma igreja de Cristo, se planta uma igreja, por isso ela precisa ser cuidada e regada.
Uma ressalva: eu não irei reescrever os versículos citados neste artigo, para o mesmo não ficar muito grande, mas eu sei que você como um bom cristão irá procurar e ler cada um deles.
O apóstolo Paulo, é um dos maiores exemplos no novo testamento de como o cristão de antigamente e os de hoje são gente, seres humanos, uma pessoa normal como qualquer outra, que possui um grande tesouro, mas esse tesouro está contido em um vaso de barro (2Co 4.7), e por isso somos afetado pelas estações da vida. É Paulo que fala em perseverança diante de sofrimentos, privações, tristezas, prisões, noites sem dormir, açoites, sendo espancado ficando quase morto, passou momentos de fartura mas também de muita necessidade (2Co 6.4-6;Fp 4.12).
Sem falarmos no próprio Jesus que também se entristecia e chorava, que precisava de ajuda financeira para comer, para sair pregando, que não tinha nem onde reclinar a cabeça, que como ser humano temeu a morte pedindo ao pai que se fosse possível passasse o cálice. Também temos Jó e Jeremias que diante de tanto sofrimento amaldiçoaram até o próprio nascimento (Jr 20.17-18). Elias que estava passando por uma depressão profunda e Jonas por raiva, pediram suas próprias mortes para Deus. Davi, que foi um homem segundo o coração de Deus, nunca escondeu suas frustrações e mazelas, e assim como Jó, e todos os outros profetas, eram sempre muito francos e abertos com relação os seus sentimentos negativos, e sempre expressavam aberta e honestamente seus desânimos, confusão e perplexidade ao Senhor e aos seus amigos. Todos gente como a gente!
Ainda temos o clássico Judas, que foi um dos apóstolos, que depois de Jesus passar a noite em oração pedindo direcionamento de Deus para a grande escolha, ele também foi um dos doze escolhidos, foi chamado e evangelizado pelo próprio Jesus, com os mesmo ensinamentos que todos os outros tiveram, recebeu a mesma unção de todos para levarem a palavra (Mt 10.1-11), ainda assim, foi afetado pelo o inimigo, que depois de um grande remorso e dilema mental, sucumbiu as emoções, e mesmo depois de se arrepender, cometeu suicídio. Quantos irmãos que estão entre nós que mesmo andando com Cristo, fazendo parte do corpo, tendo dons e missão, ministrando ou recebendo ensinamentos cotidianamente na igreja, e que também podem ser afetados...
segue na parte 2 >>
Antes de iniciarmos a análise das seis estações, é bom que se faça neste momento, uma distinção peculiar, quando se fala de igreja. Existe a igreja institucional estática que possui um prédio como templo, um CNPJ que oficializa o nome da instituição ou denominação, possui uma pessoa como dono, bem como ela possui um estatuto, que baliza suas ações, sua hierarquia, regras denominacionais éticas e morais. Igreja significa coletivo de pessoas, por isso, a igreja institucional se chama congregação, e ela, na verdade, só existe porque há pessoas que nela se congregam, é um agrupamento de diversas igrejas individuais.
Mas existe a igreja de Cristo como eu e você: viva, dinâmica, que fala, que pensa, que ora, que chora, que ri, que sofre, que se alegra, que sente dor, que se emociona, que possui um corpo como templo, um nome individual que nos personaliza, e diferente da igreja institucional, o nosso dono é Cristo, e somos balizados pela bíblia, como nossa única regra de fé, de moral e de ética. Mas, apesar de sermos pessoas individuais, somos também templos de Cristo, porque existe uma congregação de pessoas em nós: Eu, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, esses são os membros desse templo, e é esta trindade viva que habita cada um de nós, que nos faz sermos igrejas vivas e orgânicas, passíveis também de sermos influenciados pelas seis estações da vida.
É exatamente deste segundo tipo de igreja que vamos falar neste artigo, da igreja viva e dinâmica, porque enquanto a igreja institucional depende de padrões, regras, hierarquias, de títulos, de movimentos constantes para parecer ativa, sem levar em consideração as estações em que seus membros vivos estão, a igreja viva e orgânica de Jesus Cristo é diferente, ela tem instinto, é afetada pelas estações da vida, pode sentir a mudança na atmosfera espiritual a qualquer momento, porque ela é um organismo vivo e sazonal, pode discernir quando está entrando em uma nova estação e quando esta estação acabou. A igreja institucional é fundada, projetada, construída, mas a igreja viva e orgânica de Cristo é plantada, daí a parábola da semente jogada no caminho pelo semeador, não se abre uma igreja de Cristo, se planta uma igreja, por isso ela precisa ser cuidada e regada.
Uma ressalva: eu não irei reescrever os versículos citados neste artigo, para o mesmo não ficar muito grande, mas eu sei que você como um bom cristão irá procurar e ler cada um deles.
O apóstolo Paulo, é um dos maiores exemplos no novo testamento de como o cristão de antigamente e os de hoje são gente, seres humanos, uma pessoa normal como qualquer outra, que possui um grande tesouro, mas esse tesouro está contido em um vaso de barro (2Co 4.7), e por isso somos afetado pelas estações da vida. É Paulo que fala em perseverança diante de sofrimentos, privações, tristezas, prisões, noites sem dormir, açoites, sendo espancado ficando quase morto, passou momentos de fartura mas também de muita necessidade (2Co 6.4-6;Fp 4.12).
Sem falarmos no próprio Jesus que também se entristecia e chorava, que precisava de ajuda financeira para comer, para sair pregando, que não tinha nem onde reclinar a cabeça, que como ser humano temeu a morte pedindo ao pai que se fosse possível passasse o cálice. Também temos Jó e Jeremias que diante de tanto sofrimento amaldiçoaram até o próprio nascimento (Jr 20.17-18). Elias que estava passando por uma depressão profunda e Jonas por raiva, pediram suas próprias mortes para Deus. Davi, que foi um homem segundo o coração de Deus, nunca escondeu suas frustrações e mazelas, e assim como Jó, e todos os outros profetas, eram sempre muito francos e abertos com relação os seus sentimentos negativos, e sempre expressavam aberta e honestamente seus desânimos, confusão e perplexidade ao Senhor e aos seus amigos. Todos gente como a gente!
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