As pedras clamarão!

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A pedra forte, resistente, uma pequena porção da criação do nosso Deus e Pai, é bastante mencionada, e o é em diversos contextos da Palavra de Deus, dada a sua importância e significado.

- Há a pedra, pequenina, com a qual, sob a Palavra de Deus, o menino Davi derrotou o gigante Golias (I Samuel 17. 49-50), tão temido pelos grandes guerreiros;

- Há a pedra com a qual uma mulher adúltera seria morta, apedrejada, como determinava a lei na época; os acusadores, também pecadores, se retiraram e o Senhor Jesus a perdoou (João 8. 7);

- Há a pedra que serviu de altar para que o pequeno Isaque fosse morto, oferecido em sacrifício/holocausto por seu pai Abraão (Gênesis 22. 9), o que foi um sinal para o futuro sacrifício do Filho de Deus, o Senhor Jesus, que deu a sua vida por nós;

- Há as pedras que Abraão utilizava para erguer um altar a Deus, em qualquer local em que chegasse, foi ele o grande edificador de altares; em cada lugar que chegava, erigia um altar ao Senhor (Gênesis 12. 7-8 – l3. 4,18 – 21.33 – 22.9); também o fizeram Abel, Noé e Isaque;

- Há a pedra, tábua da lei, que foi necessária para a inscrição dos 10 mandamentos de Deus transmitidos ao povo, por Moisés (Deuteronômio 5. 22);

- Há a pedra que, com outras, formou um montão, tido como testemunha da aliança entre Labão e Jacó (Gênesis 31. 48), que se lhe chamou Galeede;

- Há a pedra, rocha, sobre a qual deve ser construída a casa para que os ventos e tempestades não possam derrubá-la (Mateus 7. 24), em contraste com a casa construída sobre a areia que não resiste a um leve sopro do vento;

- Há a pedra angular, de esquina, base, sustentáculo, também, para uma construção sólida, no caso o Senhor Jesus, pedra de esquina abandonada (Mateus 21. 42);

- Há a pedra que o Senhor Jesus ordenou "tirai a pedra" para chamar o amigo Lázaro (João 11. 39) à vida [ressurreição];

- Há a pedra que fazia parte do Templo, pedra que o Senhor Jesus profetizou que "não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada" (Mateus 24. 2);

- Há a pedra à qual foi necessário rolar para que as mulheres constatassem que o túmulo estava vazio, ou seja, que o Senhor Jesus ressuscitara (Mateus 28. 2), maior evento para nós, os Seus seguidores;

- Há, afinal, a pedra que o Senhor Jesus declarou que "as pedras clamarão" se os seus seguidores fossem silenciados; fato que ocorreu no dia da sua entrada triunfal em Jerusalém [o "domingo de ramos", dos cristãos de hoje], quando um dos fariseus sugeriu que fossem calados os seus discípulos que o declaravam "rei dos judeus": ["Baruk rabbá ba Shem Addonai"] "Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas" (Mateus 21. 9).

Quando morava em Minas, até novembro de 1972, eu não me preocupava em falar sobre a Palavra de Deus com meus familiares e amigos, que ainda não tinham se convertido ao Senhor Jesus; eu não tinha a mínima noção de que o meu "egoísmo" em guardar a Palavra de Deus no meu coração, apenas para mim, poderia ocasionar a não salvação do próximo.

Alguns anos após, em um dos meus retornos a Juiz de Fora, em férias, constatei que várias pessoas, familiares e amigos, para os quais eu jamais havia falado a respeito do Senhor Jesus, haviam sido alcançadas pela pregação de outras pessoas e, então, se tornaram fieis seguidores do Evangelho, e passaram a congregar, com a igreja, em uma das denominações cristãs locais.

Porém, [e por isso nada falava às pessoas] eu não era, ainda, convertido ao Senhor Jesus; minha conversão se deu aqui em São Paulo.

Essa declaração do Senhor Jesus, de que "as pedras clamarão" [se os discípulos fossem calados] ainda é válida hoje; sim podemos e devemos pregar a Palavra de Deus, como o Senhor Jesus determinou: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16. 15); se não o fizermos, a Palavra não deixará de ser pregada, as pedras clamarão, ou seja outros falarão por nós, conforme exemplifiquei em dois parágrafos acima.

Temos que ter em mente que Deus não quer que nenhum se perca, e é nosso o dever de levar a Palavra de Salvação [Evangelho] a todos:

"Não retarda o Senhor a sua promessa [sua segunda vinda], como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (II Pedro. 3. 9).

E o Senhor Jesus esclareceu aos seus discípulos e, também, a nós que esse dia só chegará quando o evangelho alcançar o mundo todo e isto já é uma realidade hoje com os recursos da internet:

"E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim" (Mateus 24. 14).

É válida para nós, hoje, a ordem que Deus deu a Paulo, em uma visão: "Não temas; pelo contrário, fala e não te cales" (Atos 18.9).

Pense nisto!

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