Palavra do leitor
- 21 de junho de 2022
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As ideologias de gênero e a cosmovisão cristã
As ideologias de gênero vêm se tornando amplamente debatidas nos meios acadêmicos e se constituído como políticas públicas de afirmação de identidade. É inclusive, o aporte teórico para os movimentos de identidade sexual e matéria de ensino nas universidades e nas escolas de um modo geral. Olhando por esse horizonte, as ideologias de gênero estão disseminadas na sociedade e se revestem de um discurso científico com a finalidade de se mostrarem verdadeiras e inquestionáveis.
Tomando de empréstimos as afirmações de Joan Scott , uma feminista referenciada quando o assunto é ideologia de gênero, eis o seguinte: "o conceito de gênero foi criado para opor-se ao a um determinismo biológico nas relações entre os sexos, dando-lhe um caráter fundamentalmente social". A ideia aqui é eliminar o biológico como referencial para as definições do sexo e dos papeis sociais que carreguem em si a noção de masculino e feminino. Assim, ninguém vai ser definido pelo o sexo biológico, ou assumir qualquer função ou papel na sociedade que seja baseado nessa distinção.
Precisamos perceber que as ideologias de gênero possuem como objetivo cultural apagar o padrão de Deus e em seu lugar colocar o padrão da cultura vigente. Elas se propõem, de forma implícita, a destruir o projeto de Deus para a humanidade, expressamente determinado em Gênesis 1:27: " E criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou". Deseja-se uma sociedade sem Deus, sem padrão, apenas com indivíduos livres e autônomos que determinam sua própria maneira de ser e estar no mundo.
Todos aqueles que defendem as ideologias de gênero dizem que as críticas contra eles se baseiam em valores religiosos, tradição, ou seja, não passam de juízo de valores. Enquanto as ideologias/teorias de gêneros seriam categorias analíticas, ou em outras palavras uma maneira de ver o mundo. Por isso, muitos cristãos são aconselhados a viverem sua religião apenas na esfera do privado, enquanto o debate sobre as ideologias de gênero é algo científico, no campo da academia e da sociedade. Além do mais, aqueles que se opõem ao projeto imperialista dessa nova cultura são taxados de intolerantes e fundamentalistas.
É importante que se diga que não existe neutralidade científica, pois até mesmo os estudiosos acadêmicos estão construindo conceitos a partir de uma visão de mundo pré-formada, ou seja, de uma cosmovisão particular. Nesta perspectiva, o cristão também tem sua visão de mundo alicerçada na palavra de Deus e é preciso enxergar a realidade por esse prisma bíblico.
Em seu livro Verdade Absoluta de Nancy Pearcey (2006), a autora traz uma definição interessantíssima sobre o que seria uma cosmovisão cristã. Tomando de empréstimos as suas palavras, a cosmovisão, em seu sentido literal, seria a visão de mundo, ou seja, uma perspectiva que o indivíduo cria para enxergar o mundo, para emitir opiniões, para dar fundamento às suas crenças: "A cosmovisão é como um mapa mental que nos diz como navegar de modo eficaz no mundo" (p. 26). Pearcey vai mais além, a cosmovisão cristã é a impressão da verdade objetiva de Deus em nossa vida interior.
Além do mais, devemos entender que a cultura é apenas um reflexo da manifestação humana, formas de organização social. Um conceito correto de cultura é dado pelo Van Til em O conceito calvinista de cultura, no qual ele afirma que fazemos cultura porque cumprimos o mandato cultural designado por Deus e não fazemos isso de forma aleatória, mas referenciado no Criador. Assim, criamos princípios, regras, valores e relacionamentos: "E Deus disse: façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança; e que eles tenham domínio sobre os peixes do mar, e sobre as aves do céu, e sobre o gado, e sobre toda terra, e sobre toda a coisa rastejante que rasteja sobre a terra" (Gn. 2. v. 26).
Creio, portanto, que para um combate eficiente às ideologias de gênero é preciso ensinar o evangelho genuíno de Cristo, reafirmar a verdade bíblica sobre a criação, sobre a nossa identidade e sobre o propósito de Deus para humanidade. Sabemos que o cristão tem como regra de fé e prática a palavra de Deus e nela estão todas as respostas para qualquer esfera das nossas vidas. É preciso que haja uma defesa dos princípios do cristianismo como a única verdade absoluta.
Tomando de empréstimos as afirmações de Joan Scott , uma feminista referenciada quando o assunto é ideologia de gênero, eis o seguinte: "o conceito de gênero foi criado para opor-se ao a um determinismo biológico nas relações entre os sexos, dando-lhe um caráter fundamentalmente social". A ideia aqui é eliminar o biológico como referencial para as definições do sexo e dos papeis sociais que carreguem em si a noção de masculino e feminino. Assim, ninguém vai ser definido pelo o sexo biológico, ou assumir qualquer função ou papel na sociedade que seja baseado nessa distinção.
Precisamos perceber que as ideologias de gênero possuem como objetivo cultural apagar o padrão de Deus e em seu lugar colocar o padrão da cultura vigente. Elas se propõem, de forma implícita, a destruir o projeto de Deus para a humanidade, expressamente determinado em Gênesis 1:27: " E criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou". Deseja-se uma sociedade sem Deus, sem padrão, apenas com indivíduos livres e autônomos que determinam sua própria maneira de ser e estar no mundo.
Todos aqueles que defendem as ideologias de gênero dizem que as críticas contra eles se baseiam em valores religiosos, tradição, ou seja, não passam de juízo de valores. Enquanto as ideologias/teorias de gêneros seriam categorias analíticas, ou em outras palavras uma maneira de ver o mundo. Por isso, muitos cristãos são aconselhados a viverem sua religião apenas na esfera do privado, enquanto o debate sobre as ideologias de gênero é algo científico, no campo da academia e da sociedade. Além do mais, aqueles que se opõem ao projeto imperialista dessa nova cultura são taxados de intolerantes e fundamentalistas.
É importante que se diga que não existe neutralidade científica, pois até mesmo os estudiosos acadêmicos estão construindo conceitos a partir de uma visão de mundo pré-formada, ou seja, de uma cosmovisão particular. Nesta perspectiva, o cristão também tem sua visão de mundo alicerçada na palavra de Deus e é preciso enxergar a realidade por esse prisma bíblico.
Em seu livro Verdade Absoluta de Nancy Pearcey (2006), a autora traz uma definição interessantíssima sobre o que seria uma cosmovisão cristã. Tomando de empréstimos as suas palavras, a cosmovisão, em seu sentido literal, seria a visão de mundo, ou seja, uma perspectiva que o indivíduo cria para enxergar o mundo, para emitir opiniões, para dar fundamento às suas crenças: "A cosmovisão é como um mapa mental que nos diz como navegar de modo eficaz no mundo" (p. 26). Pearcey vai mais além, a cosmovisão cristã é a impressão da verdade objetiva de Deus em nossa vida interior.
Além do mais, devemos entender que a cultura é apenas um reflexo da manifestação humana, formas de organização social. Um conceito correto de cultura é dado pelo Van Til em O conceito calvinista de cultura, no qual ele afirma que fazemos cultura porque cumprimos o mandato cultural designado por Deus e não fazemos isso de forma aleatória, mas referenciado no Criador. Assim, criamos princípios, regras, valores e relacionamentos: "E Deus disse: façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança; e que eles tenham domínio sobre os peixes do mar, e sobre as aves do céu, e sobre o gado, e sobre toda terra, e sobre toda a coisa rastejante que rasteja sobre a terra" (Gn. 2. v. 26).
Creio, portanto, que para um combate eficiente às ideologias de gênero é preciso ensinar o evangelho genuíno de Cristo, reafirmar a verdade bíblica sobre a criação, sobre a nossa identidade e sobre o propósito de Deus para humanidade. Sabemos que o cristão tem como regra de fé e prática a palavra de Deus e nela estão todas as respostas para qualquer esfera das nossas vidas. É preciso que haja uma defesa dos princípios do cristianismo como a única verdade absoluta.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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