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Palavra do leitor

As guerras nossas de cada dia

Ao levantar cedo já me deparo com um motim que me alerta e me previne sobre o que terei de enfrentar durante o dia quando estarei vivendo mais um capítulo nese longo trajeto marcado por ameaças e guerras. Cada minuto da vida é mais um desafio em que se pode ganhar ou perder. Tudo depende de nossa fé e da nossa persistência nos enfrentamentos de cada dia. Às vezes somos alvejados quando alguém ameaça invadir a nossa "Faixa de Gaza" e por pouco não somos atingidos mortalmente. A vida sempre nos reserva surpresas e nós devemos estar atentos e sempre preparados para os combates.

Seja no trabalho ou na condução, seja em casa, na rua ou numa fila de banco devemos estar de prontidão buscando sempre o melhor ângulo na hora de atacar e tendo o máximo de cuidado na hora de nos defendermos das setas que são lançadas em nossa direção. Como bons combatentes nunca devemos dar as costas ao inimigo, mas enfrentá-lo de frente, cara a cara, sempre bem armados e dispostos. A vitória é o prêmio daqueles que se preparam melhor e acreditam em suas possibilidades.

Nas guerras nossas de cada dia temos um inimigo comum: a luta pela sobrevivência. Nesta árdua competição os concorrentes muitas vezes usam como arma o jogo sujo, o golpe baixo procurando assim destruir as nossas resistências. Muitas vezes esses golpes vêm em forma de elogios dissimulados, algo como um laço armado escondendo uma realidade terrível e fatal. Pisamos em um campo minado e o menor descuido nosso pode representar uma grande derrota. Muitos já se perderam e foram destruidos, e hoje vagam na bruma feito fumaça, sem rumo e sem direção.

Nesta vida, cada pessoa tem o seu espaço, os seus direitos e deve reclamar sempre que se sentir prejudicado por outrem. Deve reclamar e ser persistente, lutar até que se faça justiça. Vivemos em um estado de direito à sombra da Constituição e não podemos nos permitir ser tratados e manipulados como um objeto qualquer. O ser humano merece respeito e não pode ter os seus direitos violados.

As guerras nossas de cada dia vão continuar. Não adianta pedir trégua em sinal de rendição. Não adianta levantar uma bandeira branca e tentar um acordo de paz. Desde cedo, desde o momento em que se levanta, o homem está em guerra, pois a vida é um campo de batalhas que não admite covardes e é cruel com os perdedores. As guerras nossas de cada dia são nossas, devemos enfrentá-las com coragem, destemor e dignidade. Que possamos vencer muitas pelejas durante este ano que ora se inicia. Desejo a todos um 2009 repleto de bênçãos e grandes vitórias, afinal, "em Cristo somos mais do que vencedores".
Mogi Guaçu - SP
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