Palavra do leitor
- 09 de abril de 2010
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As catástrofes e a autoria humana
"as nossas decisões, induvidosamente, traçaram os resultados das nossas qualidades, habilidades e conhecimentos."
Os acontecimentos na Cidade do Rio de Janeiro, em virtude das desfechos e das implicações acarretadas pelas chuvas dos últimos dias, tem me conduzido a arguir sobre os motivos de tamanha catástrofe.
Desde logo, digo, sem grandilouquentes discursos ou intricadas elucubrações, ser a autoria, de lúgubres retratos de famílias soterradas pelo barro, de uma metrópole caótica, das autoridades públicas perplexas e impotentes, simplesmente, das nossas decisões.
Lamentavelmente, cultuamos uma ética do progresso como uníssona manifestação de sentido e destino de ser e viver e nos olvidamos de trabalharmos em prol de uma cidadania propícia a alterar um desenvolvimento desordenado.
Faz-se notar, no afã pelo tido eldorado expansionismo urbano, políticas sérias e sinceras acabaram subjugadas por interesses mesquinhos e sórdidos.
Não por menos, quantas gestões públicas, da esquerda ou da direita, da ala conservadora ou progressista, de linha liberal ou marxista, de vertente cristã ou ateística , em nenhum momento, demonstraram uma honesta e corajosa decisão pelo bem-estar do outro, do próximo.
Isto sem falar nas abruptas ações em face da natureza, das ocupações clandestinas, das prioridades dos investimentos públicos em áreas estratégicas para o lucro incessante do mercadologismo imobiliário.
Nessa linha de raciocínio, debruço-me em Jeremias 22.03 e comprovo e constato e corroboro o quanto padecemos, em decorrência de uma realidade movida pela voracidade de uma cultura voltada a atender os meus benefícios e direitos.
Nada mais!
Nada menos!
É bem verdade, no desdobrar dos dias, a poeira vai baixar, outros assuntos ganharam a pauta e relevância na sociedade.
Agora, não seria de bom alvitre, eu e você, parar um pouquinho e ponderar no que toca aos rumos tomados pelos evangélicos, em nosso País.
As vezes, sinto-me um peixo fora d'água, um estranho no ninho, um alienígena, precipualmente, quando ouço uma dimensão cristã voltada ao individualismo, a uma fé de dados, a uma distanciamento do outro, a uma pauperização do ethos, do ético e espiritual genuíno.
Lá no fundo, tão somente, deve prevalecer, segundo os apologistas desse esquipático, esquizofrênico e estranhíssimo evangelho, um Cristo direcionado a uma cultura de aquisições e dirimidor das demandas cotidianos dos seus não mais servos, nem discípulos e muito menos companheiros, mas sim clientes, consumidores e permutadores inveterados.
Quiçá, seja o momento de revermos os papeis, caso queiramos, realmente, uma manifestação da comunhão espiritual do servir em solidariedade, do ouvir em fraternidade e tolerar em companheirismo.
Por enquanto, convido-lhes a ponderarem nessas palavras, sujeitas a erros, ainda bem por isso, mas quem sabe venha ajudar alguém.
Os acontecimentos na Cidade do Rio de Janeiro, em virtude das desfechos e das implicações acarretadas pelas chuvas dos últimos dias, tem me conduzido a arguir sobre os motivos de tamanha catástrofe.
Desde logo, digo, sem grandilouquentes discursos ou intricadas elucubrações, ser a autoria, de lúgubres retratos de famílias soterradas pelo barro, de uma metrópole caótica, das autoridades públicas perplexas e impotentes, simplesmente, das nossas decisões.
Lamentavelmente, cultuamos uma ética do progresso como uníssona manifestação de sentido e destino de ser e viver e nos olvidamos de trabalharmos em prol de uma cidadania propícia a alterar um desenvolvimento desordenado.
Faz-se notar, no afã pelo tido eldorado expansionismo urbano, políticas sérias e sinceras acabaram subjugadas por interesses mesquinhos e sórdidos.
Não por menos, quantas gestões públicas, da esquerda ou da direita, da ala conservadora ou progressista, de linha liberal ou marxista, de vertente cristã ou ateística , em nenhum momento, demonstraram uma honesta e corajosa decisão pelo bem-estar do outro, do próximo.
Isto sem falar nas abruptas ações em face da natureza, das ocupações clandestinas, das prioridades dos investimentos públicos em áreas estratégicas para o lucro incessante do mercadologismo imobiliário.
Nessa linha de raciocínio, debruço-me em Jeremias 22.03 e comprovo e constato e corroboro o quanto padecemos, em decorrência de uma realidade movida pela voracidade de uma cultura voltada a atender os meus benefícios e direitos.
Nada mais!
Nada menos!
É bem verdade, no desdobrar dos dias, a poeira vai baixar, outros assuntos ganharam a pauta e relevância na sociedade.
Agora, não seria de bom alvitre, eu e você, parar um pouquinho e ponderar no que toca aos rumos tomados pelos evangélicos, em nosso País.
As vezes, sinto-me um peixo fora d'água, um estranho no ninho, um alienígena, precipualmente, quando ouço uma dimensão cristã voltada ao individualismo, a uma fé de dados, a uma distanciamento do outro, a uma pauperização do ethos, do ético e espiritual genuíno.
Lá no fundo, tão somente, deve prevalecer, segundo os apologistas desse esquipático, esquizofrênico e estranhíssimo evangelho, um Cristo direcionado a uma cultura de aquisições e dirimidor das demandas cotidianos dos seus não mais servos, nem discípulos e muito menos companheiros, mas sim clientes, consumidores e permutadores inveterados.
Quiçá, seja o momento de revermos os papeis, caso queiramos, realmente, uma manifestação da comunhão espiritual do servir em solidariedade, do ouvir em fraternidade e tolerar em companheirismo.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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