Palavra do leitor
- 19 de setembro de 2013
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Arminianismo (parte 1)
Muitas objeções são feitas ao arminianismo. Muitas delas são caricaturas oriundas ou de mal entendidos ou de más intenções. Tentarei colocar neste breve artigo definições objetivas e de fácil entendimento aos que não conhecem esse ramo soteriológico dentro da teologia. Espero que o leitor deste artigo possa compreender melhor o arminianismo.
O arminianismo surgiu devido aos pensamentos de Tiago Armínio (ou Jacobus Arminius) que discordou da eleição incondicional, expiação limitada e graça irrestistível do calvinismo. Muitos não sabem que Armínio não discordava da depravação total e da perseverança dos santos. Esta última Armínio decidiu pensar melhor, porém morreu antes de se posicionar definitivamente.
Logo após sua morte seus seguidores, os famosos remonstrantes, levaram adiante seu pensamento e criaram os cinco artigos da remonstrância, que evidenciava os seguintes pontos:
- Eleição Condicional
- Expiação Ilimitada
- Depravação Total
- Graça Resistível
- Proposta de Estudo Acurado sobre Perseverança dos Santos
O arminianismo foi condenado pelo Sínodo de Dort, composto por calvinistas, tendo Oderbanevelt sido condenado à morte e os outros remonstrantes depostos do país. Quando Maurício de Nassau, diferente do Nassau que esteve no Brasil, morreu, os arminianos puderam voltar à Holanda, onde se deu tudo isso, e criaram uma universidade que existe até hoje.
O arminianismo foi adotado pelos batistas (batistas gerais) e anglicanos (os que não concordavam com o monergismo calvinista). John Goodwin, foi um puritano arminiano e o que consta, o único. Porém, depois, o arminianismo ficou mais evidenciado com John e Charles Wesley, grandes destaques do metodismo inglês que se tornou maior nos Estados Unidos, porém não poucos no Reino Unido. Houve o metodismo calvinista liderado por George Whitefield, porém menor do que o metodismo arminiano de Wesley. Daí o arminiaismo se disseminou em outras igrejas independentes e principalmente em igrejas de origem wesleyana, como os Holiness, Exército da Salvação, Igreja do Nazareno e igrejas pentecostais.
Muitos grandes pregadores eram e são arminianos, pois, embora alguns mesmo não se declarando arminianos (ou porque não gostam de rótulos ou porque pensam que o arminianismo é outra coisa), na verdade o são. D. L. Moody, R. A. Torrey, Billy Sunday, E. M. Bounds, Campbell Morgan, Samuel Chadwick, Leonard Ravenhill, David Wilkerson, dentre tantos outros. No Brasil temos o Ildo Mello, Altair Germano, Esdras Bentho, Paulo Romeiro dentro outros.
No próximo post irei expor o que o arminianismo enfatiza, justamente com a informação de muitos teólogos importantes do arminianismo. Diferenciarei o arminianismo do semipelagianismo e do pelagianismo propriamente dito. O leitor notará o quão impensado será continuar a ouvir e a ler sobre arminiainsmo ser a mesma coisa que semipelagianismo e pegalgianismo.
Outra nota que deve ser mencionada é o fato de alguns afirmarem que o arminianismo deu origem aos movimentos de confissão positiva, teologia da prosperidade e outras aberrações. O arminianismo de forma alguma leva a tudo isso, pois é um sistema soteriológico centrado na Glória de Deus e não no ser humano, sem qualquer espécie de barganhas ou relacionamento superficial com Deus , enquanto que essas aberrações muitas vezes não levam nem a teologia a sério. Só o fato de muitas dessas aberrações não concordarem com o monergismo reformado, não as torna arminianas. Haja vista muitas seitas terem origem no monergismo. O que não faz do monergismo uma seita. Porém, sem dúvida, muitas dessas aberrações têm origem em um pensamento pelagiano, e não arminiano.
P. S: Sugiro a leitura do livro de Roger Olson, Teologia Arminiana - Mitos e Realidades publicado pela editora Reflexão.
O arminianismo surgiu devido aos pensamentos de Tiago Armínio (ou Jacobus Arminius) que discordou da eleição incondicional, expiação limitada e graça irrestistível do calvinismo. Muitos não sabem que Armínio não discordava da depravação total e da perseverança dos santos. Esta última Armínio decidiu pensar melhor, porém morreu antes de se posicionar definitivamente.
Logo após sua morte seus seguidores, os famosos remonstrantes, levaram adiante seu pensamento e criaram os cinco artigos da remonstrância, que evidenciava os seguintes pontos:
- Eleição Condicional
- Expiação Ilimitada
- Depravação Total
- Graça Resistível
- Proposta de Estudo Acurado sobre Perseverança dos Santos
O arminianismo foi condenado pelo Sínodo de Dort, composto por calvinistas, tendo Oderbanevelt sido condenado à morte e os outros remonstrantes depostos do país. Quando Maurício de Nassau, diferente do Nassau que esteve no Brasil, morreu, os arminianos puderam voltar à Holanda, onde se deu tudo isso, e criaram uma universidade que existe até hoje.
O arminianismo foi adotado pelos batistas (batistas gerais) e anglicanos (os que não concordavam com o monergismo calvinista). John Goodwin, foi um puritano arminiano e o que consta, o único. Porém, depois, o arminianismo ficou mais evidenciado com John e Charles Wesley, grandes destaques do metodismo inglês que se tornou maior nos Estados Unidos, porém não poucos no Reino Unido. Houve o metodismo calvinista liderado por George Whitefield, porém menor do que o metodismo arminiano de Wesley. Daí o arminiaismo se disseminou em outras igrejas independentes e principalmente em igrejas de origem wesleyana, como os Holiness, Exército da Salvação, Igreja do Nazareno e igrejas pentecostais.
Muitos grandes pregadores eram e são arminianos, pois, embora alguns mesmo não se declarando arminianos (ou porque não gostam de rótulos ou porque pensam que o arminianismo é outra coisa), na verdade o são. D. L. Moody, R. A. Torrey, Billy Sunday, E. M. Bounds, Campbell Morgan, Samuel Chadwick, Leonard Ravenhill, David Wilkerson, dentre tantos outros. No Brasil temos o Ildo Mello, Altair Germano, Esdras Bentho, Paulo Romeiro dentro outros.
No próximo post irei expor o que o arminianismo enfatiza, justamente com a informação de muitos teólogos importantes do arminianismo. Diferenciarei o arminianismo do semipelagianismo e do pelagianismo propriamente dito. O leitor notará o quão impensado será continuar a ouvir e a ler sobre arminiainsmo ser a mesma coisa que semipelagianismo e pegalgianismo.
Outra nota que deve ser mencionada é o fato de alguns afirmarem que o arminianismo deu origem aos movimentos de confissão positiva, teologia da prosperidade e outras aberrações. O arminianismo de forma alguma leva a tudo isso, pois é um sistema soteriológico centrado na Glória de Deus e não no ser humano, sem qualquer espécie de barganhas ou relacionamento superficial com Deus , enquanto que essas aberrações muitas vezes não levam nem a teologia a sério. Só o fato de muitas dessas aberrações não concordarem com o monergismo reformado, não as torna arminianas. Haja vista muitas seitas terem origem no monergismo. O que não faz do monergismo uma seita. Porém, sem dúvida, muitas dessas aberrações têm origem em um pensamento pelagiano, e não arminiano.
P. S: Sugiro a leitura do livro de Roger Olson, Teologia Arminiana - Mitos e Realidades publicado pela editora Reflexão.
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