Palavra do leitor
- 08 de junho de 2011
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Árabes e judeus e o imbróglio que Abraão e Sara criaram
Em 1947 a partilha da Palestina foi aprovada na ONU sob a presidência do brasileiro Oswaldo Aranha. O projeto levou à criação do atual Estado de Israel.
Em 1919 foi feito o acordo Faysal-Weizmann que pretendia uma cooperação entre Árabes e Judeus com vista ao estabelecimento de uma terra para os Judeus e uma para a nação Árabe. Durou pouco.
Depois de 1946 foi estabelecido um armistício entre Árabes e Judeus que colocou um fim à guerra de 1948 entre os dois lados. Esse acordo estabeleceu o que se convencionou chamar de Linha Verde (não eram fronteiras política ou territorial) separando os dois lados e os vizinhos Árabes. Tal armistício foi respeitado até a Guerra dos Seis Dias (1967). Ganha por Israel.
Em 1978 nos EUA foram feitos os acordos de Paz de Camp David pelo qual o Egito e Israel se comprometiam a negociar e assinar. No ano seguinte o acordo foi assinado com a cessação do estado de guerra que permanecia entre ambos desde 1948 com a completa retirada de Israel da Península do Sinai, capturada por Israel na Guerra dos Seis Dias.
O acordo também permitia e garantia o livre acesso de navios de Israel pelo Canal de Suez e o reconhecimento do Estreito de Tirã e do Golfo de Aqaba como águas internacionais. As terras, porém, que a Síria perdeu nessa guerra permanecem até hoje em mãos do Estado de Israel. (Colinas de Golan).
Novo acordo de paz, agora chamado de Acordos de Paz de Oslo (1993) entre Israel e o Presidente da OLP, Yasser Arafat. Os dois lados se comprometeram a unir esforços para estabelecer a paz entre os dois povos. O tratado antevia o término do conflito entre as duas partes, a abertura de negociação sobre os territórios ocupados, a retirada de Israel do sul do Líbano e a questão do status de Jerusalém como capital.
Ano seguinte, 1994, outro tratado de paz (Israel e Jordânia). Nesse, as questões territoriais, recursos hídricos, a segurança, a liberdade de movimentos, os lugares de significado histórico e religioso e os refugiados e pessoas deslocadas foram tratadas.
Atualmente Israel se vê diante de três hipóteses. Primeira, um Estado Judeu democrático convivendo com um Estado Palestino. Um dos problemas são os assentamentos Judaicos.
Segunda hipótese: um estado democrático nacional incluindo Palestinos e Judeus. O problema aqui é que dado o crescimento populacional dos Palestinos (muito maior), logo eles seriam maioria. Um dos lados teria que renunciar à nacionalidade, além de se criar um Estado binacional.
Outra terceira hipótese é aquela em que Israel deve ser banido e jogado ao mar (Hamas e Irã apóiam).
Atualmente as negociações de paz estão estagnadas desde ano passado quando Israel retomou a construção de assentamentos na Cisjordânia depois de uma paralisação de seis meses.
Os Palestinos exigem o fim da expansão das colônias e os Israelenses não aceitam dialogar enquanto o Hamas integrar o governo Palestino.
Em recente discurso para o Oriente Médio e o norte da África, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que apóia a criação de um estado Palestino com base nas fronteiras que existiam antes de 1967, anterior à Guerra dos Seis Dias.
Com isso, Obama contraria a posição de Israel que, naquela guerra, tomou do Egito a Península do Sinai e a Faixa de Gaza; ocupou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental que estavam sob administração Jordaniana; e invadiu as Colinas de Golan, da Síria. Israel chiou, e com razão.
Semana passada o presidente Americano pediu que os Palestinos reconhecessem o Estado de Israel, o que é fundamental para a paz no Oriente Médio. Também rejeitou o que chamou de uma tentativa de isolar Israel na Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro próximo afirmando o compromisso dos EUA com a segurança de Israel, a qual permanece inabalável.
Em Gênesis 12 Abraão recebeu uma grande promessa: seria pai.
Sendo Sara estéril, esta ofereceu sua serva Egípcia, Hagar, cujo filho recebeu o nome de Ismael, considerado pelos Muçulmanos como o ancestral dos povos Árabes. Isso antes do nascimento de Isaque, de Sara (o da promessa).
Sara implicou com Hagar e esta fugiu.
Um anjo convenceu Hagar de voltar, prometendo dar a Ismael um futuro grandioso. De lá para cá o ‘barraco’ só aumentou.
Tem a turma do Armagedon que deseja que o ‘barraco’ vire uma guerra universal. Há também a turma do ‘deixa disso’ e vamos terminar a coisa em pizza.
Evidentemente que aqueles que acham que o negócio é sério, vão de ‘acordos’.
Tem os ‘beligerantes’ também, visto que nas guerras contra os Estados Árabes Israel faturou todas. Até o Lula resolveu dar pitacos, imaginem!
Quando estive em Israel perguntava-me (os de fora querem sempre entender a coisa lá) “quem está certo? Árabes ou Judeus”, perguntei a um professor meu na Holanda.
Resposta: “Árabes e Judeus estão certos. Que Deus tenha misericórdia da Europa!” Isto é, parte da bagunça moderna na Palestina foi criada pelos Europeus!
... Com a ajuda de Sara e a cumplicidade de Abraão, claro!
Em 1919 foi feito o acordo Faysal-Weizmann que pretendia uma cooperação entre Árabes e Judeus com vista ao estabelecimento de uma terra para os Judeus e uma para a nação Árabe. Durou pouco.
Depois de 1946 foi estabelecido um armistício entre Árabes e Judeus que colocou um fim à guerra de 1948 entre os dois lados. Esse acordo estabeleceu o que se convencionou chamar de Linha Verde (não eram fronteiras política ou territorial) separando os dois lados e os vizinhos Árabes. Tal armistício foi respeitado até a Guerra dos Seis Dias (1967). Ganha por Israel.
Em 1978 nos EUA foram feitos os acordos de Paz de Camp David pelo qual o Egito e Israel se comprometiam a negociar e assinar. No ano seguinte o acordo foi assinado com a cessação do estado de guerra que permanecia entre ambos desde 1948 com a completa retirada de Israel da Península do Sinai, capturada por Israel na Guerra dos Seis Dias.
O acordo também permitia e garantia o livre acesso de navios de Israel pelo Canal de Suez e o reconhecimento do Estreito de Tirã e do Golfo de Aqaba como águas internacionais. As terras, porém, que a Síria perdeu nessa guerra permanecem até hoje em mãos do Estado de Israel. (Colinas de Golan).
Novo acordo de paz, agora chamado de Acordos de Paz de Oslo (1993) entre Israel e o Presidente da OLP, Yasser Arafat. Os dois lados se comprometeram a unir esforços para estabelecer a paz entre os dois povos. O tratado antevia o término do conflito entre as duas partes, a abertura de negociação sobre os territórios ocupados, a retirada de Israel do sul do Líbano e a questão do status de Jerusalém como capital.
Ano seguinte, 1994, outro tratado de paz (Israel e Jordânia). Nesse, as questões territoriais, recursos hídricos, a segurança, a liberdade de movimentos, os lugares de significado histórico e religioso e os refugiados e pessoas deslocadas foram tratadas.
Atualmente Israel se vê diante de três hipóteses. Primeira, um Estado Judeu democrático convivendo com um Estado Palestino. Um dos problemas são os assentamentos Judaicos.
Segunda hipótese: um estado democrático nacional incluindo Palestinos e Judeus. O problema aqui é que dado o crescimento populacional dos Palestinos (muito maior), logo eles seriam maioria. Um dos lados teria que renunciar à nacionalidade, além de se criar um Estado binacional.
Outra terceira hipótese é aquela em que Israel deve ser banido e jogado ao mar (Hamas e Irã apóiam).
Atualmente as negociações de paz estão estagnadas desde ano passado quando Israel retomou a construção de assentamentos na Cisjordânia depois de uma paralisação de seis meses.
Os Palestinos exigem o fim da expansão das colônias e os Israelenses não aceitam dialogar enquanto o Hamas integrar o governo Palestino.
Em recente discurso para o Oriente Médio e o norte da África, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que apóia a criação de um estado Palestino com base nas fronteiras que existiam antes de 1967, anterior à Guerra dos Seis Dias.
Com isso, Obama contraria a posição de Israel que, naquela guerra, tomou do Egito a Península do Sinai e a Faixa de Gaza; ocupou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental que estavam sob administração Jordaniana; e invadiu as Colinas de Golan, da Síria. Israel chiou, e com razão.
Semana passada o presidente Americano pediu que os Palestinos reconhecessem o Estado de Israel, o que é fundamental para a paz no Oriente Médio. Também rejeitou o que chamou de uma tentativa de isolar Israel na Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro próximo afirmando o compromisso dos EUA com a segurança de Israel, a qual permanece inabalável.
Em Gênesis 12 Abraão recebeu uma grande promessa: seria pai.
Sendo Sara estéril, esta ofereceu sua serva Egípcia, Hagar, cujo filho recebeu o nome de Ismael, considerado pelos Muçulmanos como o ancestral dos povos Árabes. Isso antes do nascimento de Isaque, de Sara (o da promessa).
Sara implicou com Hagar e esta fugiu.
Um anjo convenceu Hagar de voltar, prometendo dar a Ismael um futuro grandioso. De lá para cá o ‘barraco’ só aumentou.
Tem a turma do Armagedon que deseja que o ‘barraco’ vire uma guerra universal. Há também a turma do ‘deixa disso’ e vamos terminar a coisa em pizza.
Evidentemente que aqueles que acham que o negócio é sério, vão de ‘acordos’.
Tem os ‘beligerantes’ também, visto que nas guerras contra os Estados Árabes Israel faturou todas. Até o Lula resolveu dar pitacos, imaginem!
Quando estive em Israel perguntava-me (os de fora querem sempre entender a coisa lá) “quem está certo? Árabes ou Judeus”, perguntei a um professor meu na Holanda.
Resposta: “Árabes e Judeus estão certos. Que Deus tenha misericórdia da Europa!” Isto é, parte da bagunça moderna na Palestina foi criada pelos Europeus!
... Com a ajuda de Sara e a cumplicidade de Abraão, claro!
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