Palavra do leitor
- 28 de junho de 2021
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Aqui se faz aqui se paga
A balança da justiça precisa ficar equilibrada em nossas consciências, em nossos corações e espírito, no mundo em que vivemos. Tudo fora disso é simplesmente injustiça e nos perturbaria eternamente.
O evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Ele salva de diferentes maneiras em diferentes direções. Creio que uma delas é em nosso senso de justiça. O Evangelho não somente o aguça, o aperfeiçoa, como também o satisfaz. Somos também salvos, porque podemos descansar na certeza de que um Deus justo governa o Universo.
Quer um exemplo máximo disso? Olhemos para Jesus Cristo, aquele homem que surgiu humilde nas margens do mar da Galileia pregando o arrependimento e a fé, pois o reino de Deus havia chegado.
O Nazareno seguiu sua vida em perfeita harmonia com as exigências morais e espirituais das leis de Deus, as leis de seu povo, e, portanto, as leis de sua própria consciência. Ninguém poderia lhe acusar de pecado. Jesus foi e é santo. Teve um caminhar santo, impecável, desde seu nascimento até sua morte de cruz. Todavia sofreu uma morte injusta. Uma enorme injustiça. O que Ele havia feito para merecer tamanha dor e sofrimento?
Algumas pessoas querem alegar que Jesus tenha ultrapassado aqui e ali alguma linha divisória, como quando, por exemplo, curou no sábado. Nisso o próprio Rabi esclarece, que o descanso sabático, foi feito para o homem e não o homem para o sábado; e que fazer o bem ao próximo no sábado é uma pura questão de amor, e não quebra o descanso (pelo contrário até daria mais sentido a ele). Como Jesus mesmo lembrou, meu Pai trabalha até agora. Deus, não está lá no céu sentado numa poltrona macia, com ar refrigerado, contando as almas que se converteram nessa madrugada. Ele está trabalhando. Uma razão para aquele argumento é que, com a graça, existiria uma espécie de licença moral que nos desincumbiria das exigências morais divinas. Isso não pode ser verdade. Jesus mesmo dissera que veio para cumprir a lei e não para desbancá-la. O apóstolo Paulo nos lembra que a graça e a fé estabelecem a lei.
A caminhada do amor, que é fruto do Espírito Santo, é necessariamente e até por definição, uma caminhada santa. Dentro de padrões da moral, da integridade e da justiça.
O que pode eventualmente ocorrer - como nos ensinou bem o filósofo e teólogo dinamarquês Søren Kierkegaard - é que Deus prove a tua fé até certo ponto extremo de angústia e abandono existencial. Nessas horas nós somos aparentemente forçados a irmos contra nossas convicções mais íntimas, sejam morais ou racionais, e a dependermos exclusivamente da Palavra divina, de sua ordem, e o obedecermos. Como exemplo dessa inquietação extrema ele toma nosso pai da fé Abraão que deveria sacrificar seu próprio filho, Isaque.
No fundo, nós cristão somos exortados a diariamente negarmos a tudo e a nós mesmos e tomarmos nossas próprias cruzes e seguirmos Jesus. Isso normalmente já deveria fazer uma reviravolta em nosso senso ético e lógico. Por que tomar uma cruz? Isso não é justo? O que fiz de errado? E minha dignidade? E o amor próprio? Algumas vezes, alguns dias, essa situação se agrava em extremos quase insuportáveis. Mas nunca além de nossas forças. Com foi com Abraão é assim com a gente: Deus sempre provém na hora H e dá a salvação. Ele é o Jeová Jiré.
Exemplo máximo disso temos de novo em Jesus, quando crucificado. A expectativa demoníaca era que a providência divina o livrasse da morte, no último momento, fazendo-o descer vivo da cruz. O que obviamente não ocorreu. Jesus morreu. Morreu levando o vitupério. Sendo esmagado por nossos pecados. Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo. Nele fomos feitos justiça de Deus.
Todavia no terceiro dia ela ressuscitou. E mais ainda, subiu aos céus, para a glória que tinha com o Pai antes de fundação do mundo. Recebeu um nome que está acima de todo o nome. E nós não o vemos mais. Essa é a justiça de Deus em seu mais alto esplendor. Jesus, o justo e justificador de todo aquele que nele crê.
Com certeza não podemos ver nem entender todos os desdobramentos e consequências de todas as obras humanas, daquilo que aqui é feito, seja de bom ou ruim. Mas muito daquilo que aqui semeamos, colhemos aqui mesmo, seja de bom ou ruim.
Aqui se faz e aqui se paga – um acerto provisório e passageiro. Mas o grande acerto final está reservado mesmo para o porvir.
Uma das melhores coisas que experimentamos no Evangelho é a certeza agradável e incomparável de que a justiça existe e prevalecerá para todo o sempre.
O evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Ele salva de diferentes maneiras em diferentes direções. Creio que uma delas é em nosso senso de justiça. O Evangelho não somente o aguça, o aperfeiçoa, como também o satisfaz. Somos também salvos, porque podemos descansar na certeza de que um Deus justo governa o Universo.
Quer um exemplo máximo disso? Olhemos para Jesus Cristo, aquele homem que surgiu humilde nas margens do mar da Galileia pregando o arrependimento e a fé, pois o reino de Deus havia chegado.
O Nazareno seguiu sua vida em perfeita harmonia com as exigências morais e espirituais das leis de Deus, as leis de seu povo, e, portanto, as leis de sua própria consciência. Ninguém poderia lhe acusar de pecado. Jesus foi e é santo. Teve um caminhar santo, impecável, desde seu nascimento até sua morte de cruz. Todavia sofreu uma morte injusta. Uma enorme injustiça. O que Ele havia feito para merecer tamanha dor e sofrimento?
Algumas pessoas querem alegar que Jesus tenha ultrapassado aqui e ali alguma linha divisória, como quando, por exemplo, curou no sábado. Nisso o próprio Rabi esclarece, que o descanso sabático, foi feito para o homem e não o homem para o sábado; e que fazer o bem ao próximo no sábado é uma pura questão de amor, e não quebra o descanso (pelo contrário até daria mais sentido a ele). Como Jesus mesmo lembrou, meu Pai trabalha até agora. Deus, não está lá no céu sentado numa poltrona macia, com ar refrigerado, contando as almas que se converteram nessa madrugada. Ele está trabalhando. Uma razão para aquele argumento é que, com a graça, existiria uma espécie de licença moral que nos desincumbiria das exigências morais divinas. Isso não pode ser verdade. Jesus mesmo dissera que veio para cumprir a lei e não para desbancá-la. O apóstolo Paulo nos lembra que a graça e a fé estabelecem a lei.
A caminhada do amor, que é fruto do Espírito Santo, é necessariamente e até por definição, uma caminhada santa. Dentro de padrões da moral, da integridade e da justiça.
O que pode eventualmente ocorrer - como nos ensinou bem o filósofo e teólogo dinamarquês Søren Kierkegaard - é que Deus prove a tua fé até certo ponto extremo de angústia e abandono existencial. Nessas horas nós somos aparentemente forçados a irmos contra nossas convicções mais íntimas, sejam morais ou racionais, e a dependermos exclusivamente da Palavra divina, de sua ordem, e o obedecermos. Como exemplo dessa inquietação extrema ele toma nosso pai da fé Abraão que deveria sacrificar seu próprio filho, Isaque.
No fundo, nós cristão somos exortados a diariamente negarmos a tudo e a nós mesmos e tomarmos nossas próprias cruzes e seguirmos Jesus. Isso normalmente já deveria fazer uma reviravolta em nosso senso ético e lógico. Por que tomar uma cruz? Isso não é justo? O que fiz de errado? E minha dignidade? E o amor próprio? Algumas vezes, alguns dias, essa situação se agrava em extremos quase insuportáveis. Mas nunca além de nossas forças. Com foi com Abraão é assim com a gente: Deus sempre provém na hora H e dá a salvação. Ele é o Jeová Jiré.
Exemplo máximo disso temos de novo em Jesus, quando crucificado. A expectativa demoníaca era que a providência divina o livrasse da morte, no último momento, fazendo-o descer vivo da cruz. O que obviamente não ocorreu. Jesus morreu. Morreu levando o vitupério. Sendo esmagado por nossos pecados. Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo. Nele fomos feitos justiça de Deus.
Todavia no terceiro dia ela ressuscitou. E mais ainda, subiu aos céus, para a glória que tinha com o Pai antes de fundação do mundo. Recebeu um nome que está acima de todo o nome. E nós não o vemos mais. Essa é a justiça de Deus em seu mais alto esplendor. Jesus, o justo e justificador de todo aquele que nele crê.
Com certeza não podemos ver nem entender todos os desdobramentos e consequências de todas as obras humanas, daquilo que aqui é feito, seja de bom ou ruim. Mas muito daquilo que aqui semeamos, colhemos aqui mesmo, seja de bom ou ruim.
Aqui se faz e aqui se paga – um acerto provisório e passageiro. Mas o grande acerto final está reservado mesmo para o porvir.
Uma das melhores coisas que experimentamos no Evangelho é a certeza agradável e incomparável de que a justiça existe e prevalecerá para todo o sempre.
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