Palavra do leitor
- 13 de junho de 2007
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Apóstolos nos dias de hoje ?
No mundo em que vivemos, a obtenção de títulos traz consigo muitas promessas de prosperidade e de vitórias terrenas.
No âmbito religioso, incluindo o da cristandade, o que mais vemos são pessoas buscando títulos que os façam reconhecidos pelas suas comunidades de fé e/ou diante da sociedade.
Os títulos são os mais pomposos, que aqui resolvi não citá-los para não mexer com o brio de ninguém. Todavia, acerca de um deles, o de Apóstolo, tenho algumas considerações a fazer, por questões de cunho doutrinário.
Não há embasamento bíblico para se defender a possibilidade da existência de apóstolos nos tempos hodiernos. Em Atos 1.1-3 e 1.21,22, o ofício de apóstolo é reservado àqueles que tenham sido testemunhas oculares da ressurreição e dos milagres realizados por Jesus, exceção feita (e única, por sinal) a Paulo, ¨apóstolo fora de tempo¨ (1 Coríntios 15.8,9), ¨chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus¨ (Romanos 1.1), comissionado pessoalmente pelo Senhor (Atos 26.14-16).
Apesar de muitos hoje se autodenominarem apóstolos, sabemos que a Bíblia não legitima este título para mais nenhum servo de Deus, cujo dom foi usado pelo Senhor como fundamento da igreja (Efésios 2.20 e Atos 3.43). Em Apocalipse, Capítulo 21, versículo 14, está escrito: ¨E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro¨.
Talvez o que tem levado muitos a aceitarem para si o título de apóstolos é por acreditarem que este ofício lhes abram as portas do sucesso ministerial, algo totalmente diferente das expectativas do Apóstolo Paulo, de quem Ananias ouviu Jesus falar as seguintes palavras: ¨E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome¨ (Atos 9.16). Paulo aceitou o bônus mas não recusou o ônus que derivou deste chamado divino para o exercício do apostolado.
Na 1ª Epístola que foi endereçada aos Coríntios, no capítulo 4, versículos 9 a 13, o referido apóstolo assim nos disse: ¨Porque tenho para mim, que Deus, a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculos ao mundo, aos anjos, e aos homens. Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo; nós fracos, e vós fortes; vós ilustres, e nós vis.
Até esta presente hora sofremos fome, e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa; E nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos. Somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e sofremos;
Somos blasfemados, e rogamos; até ao presente temos chegado a ser como o lixo deste mundo, e como a escória de todos¨.
Nas experiências ministeriais do seu apostolado, vejamos o que Paulo ainda teve que suportar: ¨Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez¨. (2 Coríntios 11.24-27).
Diante destas palavras, quem ainda se dispõe a ser apóstolo ?
No âmbito religioso, incluindo o da cristandade, o que mais vemos são pessoas buscando títulos que os façam reconhecidos pelas suas comunidades de fé e/ou diante da sociedade.
Os títulos são os mais pomposos, que aqui resolvi não citá-los para não mexer com o brio de ninguém. Todavia, acerca de um deles, o de Apóstolo, tenho algumas considerações a fazer, por questões de cunho doutrinário.
Não há embasamento bíblico para se defender a possibilidade da existência de apóstolos nos tempos hodiernos. Em Atos 1.1-3 e 1.21,22, o ofício de apóstolo é reservado àqueles que tenham sido testemunhas oculares da ressurreição e dos milagres realizados por Jesus, exceção feita (e única, por sinal) a Paulo, ¨apóstolo fora de tempo¨ (1 Coríntios 15.8,9), ¨chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus¨ (Romanos 1.1), comissionado pessoalmente pelo Senhor (Atos 26.14-16).
Apesar de muitos hoje se autodenominarem apóstolos, sabemos que a Bíblia não legitima este título para mais nenhum servo de Deus, cujo dom foi usado pelo Senhor como fundamento da igreja (Efésios 2.20 e Atos 3.43). Em Apocalipse, Capítulo 21, versículo 14, está escrito: ¨E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro¨.
Talvez o que tem levado muitos a aceitarem para si o título de apóstolos é por acreditarem que este ofício lhes abram as portas do sucesso ministerial, algo totalmente diferente das expectativas do Apóstolo Paulo, de quem Ananias ouviu Jesus falar as seguintes palavras: ¨E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome¨ (Atos 9.16). Paulo aceitou o bônus mas não recusou o ônus que derivou deste chamado divino para o exercício do apostolado.
Na 1ª Epístola que foi endereçada aos Coríntios, no capítulo 4, versículos 9 a 13, o referido apóstolo assim nos disse: ¨Porque tenho para mim, que Deus, a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculos ao mundo, aos anjos, e aos homens. Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo; nós fracos, e vós fortes; vós ilustres, e nós vis.
Até esta presente hora sofremos fome, e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa; E nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos. Somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e sofremos;
Somos blasfemados, e rogamos; até ao presente temos chegado a ser como o lixo deste mundo, e como a escória de todos¨.
Nas experiências ministeriais do seu apostolado, vejamos o que Paulo ainda teve que suportar: ¨Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez¨. (2 Coríntios 11.24-27).
Diante destas palavras, quem ainda se dispõe a ser apóstolo ?
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