Palavra do leitor
- 23 de abril de 2023
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Ao meu irmão – e demais pastores imperfeitos e íntegros
Porque mesmo se considerando pequeno, indigno e ciente das limitações, tiveste a sensibilidade de ouvir a voz do Divino Mestre para um dos mais nobres chamados que um mortal poderia receber.
Porque pelo pré-requisito indispensável da renúncia, sabendo que o verdadeiro êxito não viria da excelência das próprias habilidades ou talentos, em profunda humildade, abnegação e desprendimento, respondeste: "Eis me aqui, Senhor, envia-me a mim!", e assim puseste a "mão no arado", seguindo em completa dependência e confiante nas virtudes dAquele que o chamou.
Porque escolhendo trocar a glória temporal deste mundo pelo serviço abnegado em prol da causa de Deus e das almas pelas quais o Salvador morreu, aceitaste ser servo do SENHOR, da igreja e do aflito sofredor.
Porque rejeitando a falsa "teologia da prosperidade" sem precisar substituí-la pela "teologia da miserabilidade" nem ser dono de igreja-empresa-comércio, aderiste ao ministério da pregação do evangelho com simplicidade, legitimidade e recursos parcos - sem precisar fazer "voto de pobreza" nem fazer jus a pastores de vida nababesca, cujo estilo de vida é incompatível com o exemplo de Cristo.
Porque motivado por uma causa maior, ignoraste a leviandade do preconceito de grande parte da sociedade que vê um título religioso associado a charlatães, ladrões, vigaristas eloquentes, manipuladores da fé, simoníacos embusteiros e sugador dos fiéis; triste realidade aliada a generalizações.
Por não te renderes à vida mentirosa de líderes religiosos que venderam a alma e consciência ao prazer temporal a preferir o sono tranquilo de quem poderá, pela graça, encontrar-se face a face com Deus sem correr amedrontado como fizeram os antigos mercadores líderes judeus no templo.
Porque tendo estudado na Faculdade com muita seriedade, preparando-se futuros desafios e razoável conhecimento em aramaico, hebraico, grego, homilética, hermenêutica, exegese (e todo básico prático-teórico da sua função), jamais recorreste ao argumento da titulação, mesmo não imune a "rotulação" associada a qualquer pastor autoproclamado.
Porque esclarecido previamente de que não lhe seria garantido convocação ao ministério, mesmo diplomado e bacharel, tiveste a consciência em anuência própria de que o ofício ao qual escolheste não seria para sua satisfação egoísta, prestígio pessoal, ambição, status, glamour ou vaidade.
Porque desde o início do curso teológico, dificuldades financeiras, momentos de dúvidas a respeito de sua vocação, ausência dos familiares, falta de tempo para lazer, desconfortos, desgaste físico-mental e práticas missionárias que demandavam puro amor sem exibição e validação, perseveraste em prosseguir pelo poder do Espírito.
Porque trabalhas bem mais que oito horas diárias, sendo de tudo um pouco: psicólogo, instrutor, professor, pregador, motorista, administrador e muito mais em uma mesma pessoa..., diariamente em situações complexas, cruciais, sigilosas as quais demanda sabedoria e profunda comunhão com Deus para obter solução.
Porque colocaste sua família na escala de prioridades e não deixaste os teus de lado para cumprir tua incumbência. Em comunhão com Deus, mirando a excelência, envolvendo em teu ministério filho e esposa com tua influência, seu trabalho e tempo na obra não se tornou para eles uma concorrência.
Porque comprometido com a Verdade e seriedade do ensino da Palavra, nunca precisaste de palavras ferinas para falar de pecados alheios, mas posicionando-te ao lado do SENHOR e exaltando Seu amor, não te acovardas como escravo da opinião e cultura vigente.
Porque sem intransigência, arrogância, extremismo, rendição ao pós-modernismo, secularismo, relativismo, existencialismo, liberalismo, recusaste o perfil de pastor-cult, ídolo, legal da galera. Sendo pecador, falível, limitado, muitas vezes desanimado e angustiado, não faltou humildade (quando consultado sobre muitas questões) para dizer que não sabes – enquanto te propunhas a estudar mais, orar e ter discernimento!
Porque acordas na madrugada em oração, tendo seu momento devocional como a hora mais preciosa do dia, sua hora tranquila, tempo de refrigério, saindo pronto para o embate contra o mal e missão celestial.
Porque tendo a alegria de ver pessoas decidindo-se ao lado de Cristo, sentindo-se grato pelo privilégio de por Ele ser usado nesse processo, olhas o converso não como um mero número alvo de batismo, mas alguém digno de respeito, atenção, oração, visitação e ajuda; uma pessoa com uma vida integral.
Porque sabes que não és insubstituível nem independente do Santo Espírito, podendo a qualquer momento ter sucessor, devendo, porém, deixar amigos, filhos espirituais... e legado inspirador/motivador sem isenção das inevitáveis críticas e consenso!
Porque não buscas aplausos, mas sabes que terás do Altíssimo o privilégio de um Dia entregar nas mãos do Supremo Pastor Seu rebanho e ouvir as seguintes palavras: "Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel no pouco sobre o muito te colocarei."
Porque pelo pré-requisito indispensável da renúncia, sabendo que o verdadeiro êxito não viria da excelência das próprias habilidades ou talentos, em profunda humildade, abnegação e desprendimento, respondeste: "Eis me aqui, Senhor, envia-me a mim!", e assim puseste a "mão no arado", seguindo em completa dependência e confiante nas virtudes dAquele que o chamou.
Porque escolhendo trocar a glória temporal deste mundo pelo serviço abnegado em prol da causa de Deus e das almas pelas quais o Salvador morreu, aceitaste ser servo do SENHOR, da igreja e do aflito sofredor.
Porque rejeitando a falsa "teologia da prosperidade" sem precisar substituí-la pela "teologia da miserabilidade" nem ser dono de igreja-empresa-comércio, aderiste ao ministério da pregação do evangelho com simplicidade, legitimidade e recursos parcos - sem precisar fazer "voto de pobreza" nem fazer jus a pastores de vida nababesca, cujo estilo de vida é incompatível com o exemplo de Cristo.
Porque motivado por uma causa maior, ignoraste a leviandade do preconceito de grande parte da sociedade que vê um título religioso associado a charlatães, ladrões, vigaristas eloquentes, manipuladores da fé, simoníacos embusteiros e sugador dos fiéis; triste realidade aliada a generalizações.
Por não te renderes à vida mentirosa de líderes religiosos que venderam a alma e consciência ao prazer temporal a preferir o sono tranquilo de quem poderá, pela graça, encontrar-se face a face com Deus sem correr amedrontado como fizeram os antigos mercadores líderes judeus no templo.
Porque tendo estudado na Faculdade com muita seriedade, preparando-se futuros desafios e razoável conhecimento em aramaico, hebraico, grego, homilética, hermenêutica, exegese (e todo básico prático-teórico da sua função), jamais recorreste ao argumento da titulação, mesmo não imune a "rotulação" associada a qualquer pastor autoproclamado.
Porque esclarecido previamente de que não lhe seria garantido convocação ao ministério, mesmo diplomado e bacharel, tiveste a consciência em anuência própria de que o ofício ao qual escolheste não seria para sua satisfação egoísta, prestígio pessoal, ambição, status, glamour ou vaidade.
Porque desde o início do curso teológico, dificuldades financeiras, momentos de dúvidas a respeito de sua vocação, ausência dos familiares, falta de tempo para lazer, desconfortos, desgaste físico-mental e práticas missionárias que demandavam puro amor sem exibição e validação, perseveraste em prosseguir pelo poder do Espírito.
Porque trabalhas bem mais que oito horas diárias, sendo de tudo um pouco: psicólogo, instrutor, professor, pregador, motorista, administrador e muito mais em uma mesma pessoa..., diariamente em situações complexas, cruciais, sigilosas as quais demanda sabedoria e profunda comunhão com Deus para obter solução.
Porque colocaste sua família na escala de prioridades e não deixaste os teus de lado para cumprir tua incumbência. Em comunhão com Deus, mirando a excelência, envolvendo em teu ministério filho e esposa com tua influência, seu trabalho e tempo na obra não se tornou para eles uma concorrência.
Porque comprometido com a Verdade e seriedade do ensino da Palavra, nunca precisaste de palavras ferinas para falar de pecados alheios, mas posicionando-te ao lado do SENHOR e exaltando Seu amor, não te acovardas como escravo da opinião e cultura vigente.
Porque sem intransigência, arrogância, extremismo, rendição ao pós-modernismo, secularismo, relativismo, existencialismo, liberalismo, recusaste o perfil de pastor-cult, ídolo, legal da galera. Sendo pecador, falível, limitado, muitas vezes desanimado e angustiado, não faltou humildade (quando consultado sobre muitas questões) para dizer que não sabes – enquanto te propunhas a estudar mais, orar e ter discernimento!
Porque acordas na madrugada em oração, tendo seu momento devocional como a hora mais preciosa do dia, sua hora tranquila, tempo de refrigério, saindo pronto para o embate contra o mal e missão celestial.
Porque tendo a alegria de ver pessoas decidindo-se ao lado de Cristo, sentindo-se grato pelo privilégio de por Ele ser usado nesse processo, olhas o converso não como um mero número alvo de batismo, mas alguém digno de respeito, atenção, oração, visitação e ajuda; uma pessoa com uma vida integral.
Porque sabes que não és insubstituível nem independente do Santo Espírito, podendo a qualquer momento ter sucessor, devendo, porém, deixar amigos, filhos espirituais... e legado inspirador/motivador sem isenção das inevitáveis críticas e consenso!
Porque não buscas aplausos, mas sabes que terás do Altíssimo o privilégio de um Dia entregar nas mãos do Supremo Pastor Seu rebanho e ouvir as seguintes palavras: "Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel no pouco sobre o muito te colocarei."
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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