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Palavra do leitor

Anódino, ateu, atônito, afônico, analgesia, analfabeto...

Ouvi quando o chamaram de ateu! Doeu!

Eu sabia e sei que ele não é ateu. Ele crê. Quando o governo diz que depois de 35 anos de serviços prestados à iniciativa privada o sujeito adquire o direito de aposentar, ele realmente acredita que a aposentadoria virá. Começa aí!

Não é o salário que ele gostaria de ter, mas o que importa é a certeza de que, ao final, ele receberá até o fim da vida. É uma pessoa de fé!

Ele também acredita piamente que ao final do dia vem a noite e ao final da noite o dia, nessa ordem de processo sucessivo. É um homem de esperança!

Também crê piamente que se o oxigênio acabar morre todo mundo. Os peixes na lagoa Rodrigo de Freitas, próximo onde mora, é a prova. Pode ser o esgoto que está matando os peixes, causa remota, mas a causa próxima é a falta (ausência de) oxigênio. Seu crer tem fundamento!

Quando o paciente perguntou-lhe se iria ‘tirar’ a pressão, ele respondeu que médico algum faz isso, jamais. Se ‘tirar a pressão’, o paciente morre. Tudo o que ele pode fazer é medir, calcular, dar um valor numérico. Tem consciência a sua medida de fé!

Tomé não era incrédulo, nem agnóstico e nem ateu, coitado. Mas vivem dizendo que ele era incrédulo e imbecil.

Era o discípulo que preferia acreditar só depois de ver. Incrédulos eram os outros onze.

Estes sim! Eram tão incrédulos que adoraram quando Jesus apareceu para dar um pito em Tomé. Uma espécie de, ‘tá vendo, Tomé?!’. Foram os onze que pediram a prova dos nove para mostrar a Tomé que ele estava errado.

E tudo o que Tomé queria era, numa escala de crer de 1 a 10, ver. Ver para crer.

Não tem nada errado em começar com e pelos sentidos. Aliás, a fé se consolida justamente quando os discípulos, primeiro, perceberam (viram) que o túmulo está vazio, não é meu povo?

Doeu quando lhe acusaram de ‘a-teu’.

Foi ao dicionário. Foi em todos que tinha ao seu alcance. E todos diziam o que o pai dos burros declarava já tinha séculos: que ‘ateu’ é uma palavra que vem do Grego, ‘a-theos’ e pelo Latim ‘a-theu’, que ‘a’ que dizer ‘não’, ou uma negativa, ou uma ‘oposição a’ alguém ou alguma coisa.

Caiu no gosto popular, porém, e foi parar nos dicionários o sentido de atribuir a alguém a ideia de que ateu é o sujeito que SABE que Deus não existe.

Eu estava pesquisando a coisa no Grego e me deparei com essa historinha. O sujeito aprendeu Português muito mal e ao chegar ao Brasil, achou que o povo aqui era muito mal educado. Como assim?

No aeroporto, num Português macarrônico, perguntou: ‘Poderia me dar um information?’. A atendente: ‘pois não’! Ele achou aquilo um absurdo. Pedia, e a moça dizia não!

Negativas duplas, então, são terríveis para qualquer estrangeiro. Vejam essas: ‘Não encontrei nenhum problema’ ou ‘não quero nada’.

Amorfo, anacrônico, anarquia, anônimo, anestesia, antídoto, antártico, antipatia, anorexia, átomo, ametista, amnésia, analgésico, são casos de etimologia por negação.
‘Analgésico’ traduz aquela ideia de ‘não sentir dor’. Mas não quer dizer que a dor não existe, apenas que não se sente a dor quando se toma um comprimido.

O mesmo vale para a palavra ‘onipotente’. Na origem, ‘omni-potente’ significava, ‘o que pode tudo’. Contudo somos forçados a reconhecer que quando a palavra é empregada para Deus, esta não quer dizer que Deus é ‘Onipotente’, isto é, que Ele pode tudo.

Claro que Ele não pode tudo!

Deus não pode mentir, não pode pecar, não pode fazer coisas ilógicas, não pode dividir por zero, não pode dar o valor de uma função matemática indefinida, não pode ser e não ser, e por aí vai.

“Mas a Bíblia diz que Ele se arrependeu [Gênesis 6:5-7]”. Por favor, pense um pouco antes de falar essa bobagem para não se arrepender, ok?!

Talvez o melhor uso para ‘Onipotente’ aplicada a Deus é dizer que Ele dá a si a escolha de não fazer aquilo que não lhe faz sentido nem lhe interessa fazer.

Não! Ele não era nem é ‘a-teu’. E nem agnóstico.

A diferença entre um ‘a-gnóstico’ e um ‘a-teu’ não é a presença ou não de um suposto saber. Ninguém SABE, no sentido correto da palavra, se Deus existe ou não.

O crente, porém, afirma com toda a sua convicção essa existência --- é o que se chama de ‘profissão de FÉ’ --- e o ‘a-teu’ nega essa profissão DE FÉ. O ‘a-gnóstico’ não afirma nem nega, ele simplesmente se recusa a dar uma resposta definitiva ou simplesmente reconhece sua incapacidade.

Se alguém disser que SABE que Deus não existe, esse não é um ‘a-teu’, é um imbecil. Como imbecil é o sujeito que diz que “eu SEI que Deus existe”, posto que confunde FÉ com SABER.

Antigamente cantava-se um hino que dizia:
Mas eu sei em quem tenho crido
E estou bem certo que é poderoso
Pra guardar bem o meu tesouro
Até o dia final...

Tem gente que teima em racionalizar a fé para ver se dá um empurrão na convicção [profissão de FÉ]!

Pior, querem a qualquer custo dar uma ajuda a Deus para ver se melhora a coisa!

Ele respondeu irado quando lhe chamaram de ateu, e respondeu bravo: “escreva aí, imbecil, o justo vive é pela FÉ”.
P - RN
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