Andando na luz

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Se andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. - 1 João 1:7

O Apóstolo João escrevendo sua primeira epístola aos cristãos nos transmite um ensinamento muito rico, tendo em vista suas muitas experiências com Deus. Ao olhar para esta declaração da Escritura Sagrada podemos compreender que ele, João, está falando a respeito do Senhor.

Inicialmente, o Apóstolo João, nesse recorte do texto, começa com uma conjunção subordinativa que está subordinada à ideia central de "andar na luz". João não tem por objetivo causar dúvida em seus leitores, mas quer levá-los a compreender que não basta apenas dizer que anda na luz. Ainda nessa ideia de subordinação à ideia principal ou ação principal, podemos destacar que não é andar em qualquer luz ou de qualquer maneira andar na luz. Mas implica andar na luz da mesma forma que o Senhor está na luz e Ele é a luz, ou seja, temos um parâmetro a observar. Não é andar na luz como se anda na luz do sol ou da lua, não como se anda numa cidade bem iluminada à noite, mas andar na luz do Deus Todo-poderoso que, como o Apóstolo Paulo diz "habita em luz inacessível". É por este parâmetro que devemos nos conduzir.

Em segundo lugar, andar na luz implica também agir de modo a ser semelhante ao exemplo que nos é dado pelo Senhor. E como resultado disso, João diz que "mantemos comunhão uns com os outros". Essa ação não é a causa de andarmos na luz, mas sim o efeito disso. Não como alguém que espera as coisas acontecerem para então se movimentar, mas sim alguém que começa a se movimentar e, por isso, as coisas acontecem. Esse trecho recortado "mantemos comunhão" é uma ação contínua na vida do cristão. Isso não é algo que pode ser banalizado ou menosprezado. Uma vez que nos tornamos semelhantes ao Senhor por andarmos na luz, devemos manter comunhão uns com os outros.

Em terceiro lugar, a consequência maior nesse trecho se dá com o cumprimento do sacrifício de Cristo nas nossas vidas. Pois o resultado final esperado pelo cristão, de ter purificado os seus pecados, só é possível por meio do sangue de Jesus, o Filho de Deus. E esta consequência, por sua vez, é causada pela comunhão que mantemos uns com os outros. Esse versículo está todo interligado em seus argumentos de causa e efeito. O desejo de todos os cristãos é ser purificado dos seus pecados para que possa estar na presença de Deus e ser participante das suas promessas.

Ainda no raciocínio do argumento anterior, quando mantemos comunhão uns com os outros, nós andamos verdadeiramente na luz e o sangue de Jesus tem poder sobre as nossas vidas para nos purificar de todo o pecado. Perceba que João enfatiza que o sangue de Jesus nos purifica de "todo" pecado. Não é uma expiação parcial, incompleta ou que precisa ser feitas várias vezes. O Apóstolo é bastante claro ao dizer que o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado. Mas isso só acontece se nos atentarmos e cumprir os passos anteriores.

Portanto, se andarmos na luz, como Deus está na luz e É a própria luz, nós mantemos comunhão uns com os outros e sangue do Seu Filho Jesus nos purifica de todo o pecado. Devemos observar que esta é uma ação bilateral, onde, para haver sucesso, ambas as partes precisam trabalhar em conjunto. E o Senhor já fez a parte dEle, agora nos cabe fazer a nossa, que é corresponder positivamente com a Palavra de Deus.

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Opinião do leitor