Palavra do leitor
- 01 de agosto de 2011
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Amy Winehouse, o absinto dos holofotes!
''o olhar,
envolto por réstias
de imagens e ilusões,
pinça nas entrelinhas do silêncio;
ao lado da tinta e pena,
revela o fel da realidade,
acolhe as lágrimas da trajetória
e acompanha a derradeira prece.''
A morte da cantora Amy Winehouse demonstrou a trajetória de uma biografia envolta ao absinto dos holofotes.
De certo, essa afirmativa efetuada acima vem com um quê de alienação existencial. Arrimamos nessas colocações para não enfocar nenhum determinismo ou nenhuma apologia profética escatológica.
No entanto, deve ser dito, a trajetória, sem desmerecer a dor dos entes – queridos, vivenciada por Amy esteve e foi estigmatizada pelos reveses e pelos díspares dos holofotes de uma cultura narcisista e cultuadora de um compêndio de valores e ideais pra lá de perfunctórios.
Tristemente, observamos, após o pronunciar da situação ocorrida com a cantora, artistas, apresentadores e outras personalidades, verdadeiros atalaias de uma sociedade esvaziada de criatividade e libertação, prestar suas convenientes homenagens.
Nada mais!
Afinal de contas, a submersão de Amy aos labirintos das drogas e do álcool, sem dó nem piedade, parece demonstrar os efeitos e os desfechos trágicos de fundear a existência, tão somente, nos devaneios do sucesso, como único norte da vida. Nessa linha de raciocínio, outros antecederam esse percurso e rapidamente substituído pelo mercado de ilusões.
Sem hesitar, nos subterrâneos dos menos afortunados, dos anônimos do cotidiano, de gente a léguas de distância dos holofotes e dos aplausos, encontramos versões diárias de Amy (s) nas biqueiras das periferias, dos mendigos perambulando pelas metrópoles, de crianças tratadas como peças de uma engrenagem maléfica denominada pedofilia.
Não paro por aqui, uma multiplicidade de Amy (s) abruptamente ceifada por balas perdidas, por acidentes de trânsito causados pela displicência e pelo desrespeito ao próximo, pela ausência completa de um sistema de serviços públicos voltados a promover o bem – estar do cidadão.
Quantos recém – nascidos lançados nos monturos, abandonados, abortados...
Isto sem falar das paranóias presentes em comunidades, em grupos, em estruturas sociais e em indivíduos que assolam inexoravelmente pessoas, caso dos episódios de Realengo, da Noruega e tantos outros açulados por convicções cínicas, espúrias e covardes.
Deveras, em tudo isso, me aporto nas palavras do autor de Eclesiastes sobre a perigosa via de fazer ou tentar soerguer a felicidade sem o encontro do eu e tu, do eu e do próximo. Diga – se de passagem, tão declinado e retratado na expressão – ‘’tudo é vaidade’’.
Evidentemente, o absinto dos holofotes pontua uma geração, como as antecessoras, na contumaz postura de compor sua história a partir de si mesma, de uma natureza inafastavelmente egoísta e melindrosa.
Aliás, digo tais palavras, no que toca a urgência de na apoteose de um discurso evangelical mais compromisso e comprometido com a voracidade dos consumidores de uma fé sem a pigmentação da eternidade, do tempo de libertação e recomeços, da manifestação da Graça na situação e condição concreta da existência humana, da suspensão da tendência de irmos ao Criador municiados de reivindicações e peticionamentos.
Cumpre salientar, o desafio da Igreja visível de Cristo e, novamente ressalto, formado por pessoas e não por instituições, perpassa pela decisão derradeira, a cada dia, em prol do discipulado, do serviço e da pregação simples e alforriada de fantasias da palavra nos acontecimentos da vida.
Tão somente assim, o mover de Deus, Cristo Jesus, se tornará em um ser partícipe na realidade humana. Dou mais alguns complementos, um Cristo atento ao maior anseio da humanidade, ou seja, redescobrir o tempo de criação e libertação para a obediência, de forma nenhuma estúpida ou esquizofrenizada (lastimavelmente copiosa em muitos arraiais intitulados de evangélicos).
Diametralmente oposto, levar – nos a vislumbrarmos a decisão do evangelho não, a princípio, pelo sucesso, e sim por ser uma face de entrega incondicional ao amor preconizado por Cristo.
Nota - se, o amor oriundo de uma decisão por ser intimo do Deus perdoador de pecados, do estado de alienação existencial, de culpa do ser e abraçado por aquele que aceita os inaceitáveis.
Por ora, o texto de Eclesiastes 04. 01 nos fornece a esperança salvadora, ou seja, da cura e da libertação de um sucesso mais parecido com uma prisão e punição.
envolto por réstias
de imagens e ilusões,
pinça nas entrelinhas do silêncio;
ao lado da tinta e pena,
revela o fel da realidade,
acolhe as lágrimas da trajetória
e acompanha a derradeira prece.''
A morte da cantora Amy Winehouse demonstrou a trajetória de uma biografia envolta ao absinto dos holofotes.
De certo, essa afirmativa efetuada acima vem com um quê de alienação existencial. Arrimamos nessas colocações para não enfocar nenhum determinismo ou nenhuma apologia profética escatológica.
No entanto, deve ser dito, a trajetória, sem desmerecer a dor dos entes – queridos, vivenciada por Amy esteve e foi estigmatizada pelos reveses e pelos díspares dos holofotes de uma cultura narcisista e cultuadora de um compêndio de valores e ideais pra lá de perfunctórios.
Tristemente, observamos, após o pronunciar da situação ocorrida com a cantora, artistas, apresentadores e outras personalidades, verdadeiros atalaias de uma sociedade esvaziada de criatividade e libertação, prestar suas convenientes homenagens.
Nada mais!
Afinal de contas, a submersão de Amy aos labirintos das drogas e do álcool, sem dó nem piedade, parece demonstrar os efeitos e os desfechos trágicos de fundear a existência, tão somente, nos devaneios do sucesso, como único norte da vida. Nessa linha de raciocínio, outros antecederam esse percurso e rapidamente substituído pelo mercado de ilusões.
Sem hesitar, nos subterrâneos dos menos afortunados, dos anônimos do cotidiano, de gente a léguas de distância dos holofotes e dos aplausos, encontramos versões diárias de Amy (s) nas biqueiras das periferias, dos mendigos perambulando pelas metrópoles, de crianças tratadas como peças de uma engrenagem maléfica denominada pedofilia.
Não paro por aqui, uma multiplicidade de Amy (s) abruptamente ceifada por balas perdidas, por acidentes de trânsito causados pela displicência e pelo desrespeito ao próximo, pela ausência completa de um sistema de serviços públicos voltados a promover o bem – estar do cidadão.
Quantos recém – nascidos lançados nos monturos, abandonados, abortados...
Isto sem falar das paranóias presentes em comunidades, em grupos, em estruturas sociais e em indivíduos que assolam inexoravelmente pessoas, caso dos episódios de Realengo, da Noruega e tantos outros açulados por convicções cínicas, espúrias e covardes.
Deveras, em tudo isso, me aporto nas palavras do autor de Eclesiastes sobre a perigosa via de fazer ou tentar soerguer a felicidade sem o encontro do eu e tu, do eu e do próximo. Diga – se de passagem, tão declinado e retratado na expressão – ‘’tudo é vaidade’’.
Evidentemente, o absinto dos holofotes pontua uma geração, como as antecessoras, na contumaz postura de compor sua história a partir de si mesma, de uma natureza inafastavelmente egoísta e melindrosa.
Aliás, digo tais palavras, no que toca a urgência de na apoteose de um discurso evangelical mais compromisso e comprometido com a voracidade dos consumidores de uma fé sem a pigmentação da eternidade, do tempo de libertação e recomeços, da manifestação da Graça na situação e condição concreta da existência humana, da suspensão da tendência de irmos ao Criador municiados de reivindicações e peticionamentos.
Cumpre salientar, o desafio da Igreja visível de Cristo e, novamente ressalto, formado por pessoas e não por instituições, perpassa pela decisão derradeira, a cada dia, em prol do discipulado, do serviço e da pregação simples e alforriada de fantasias da palavra nos acontecimentos da vida.
Tão somente assim, o mover de Deus, Cristo Jesus, se tornará em um ser partícipe na realidade humana. Dou mais alguns complementos, um Cristo atento ao maior anseio da humanidade, ou seja, redescobrir o tempo de criação e libertação para a obediência, de forma nenhuma estúpida ou esquizofrenizada (lastimavelmente copiosa em muitos arraiais intitulados de evangélicos).
Diametralmente oposto, levar – nos a vislumbrarmos a decisão do evangelho não, a princípio, pelo sucesso, e sim por ser uma face de entrega incondicional ao amor preconizado por Cristo.
Nota - se, o amor oriundo de uma decisão por ser intimo do Deus perdoador de pecados, do estado de alienação existencial, de culpa do ser e abraçado por aquele que aceita os inaceitáveis.
Por ora, o texto de Eclesiastes 04. 01 nos fornece a esperança salvadora, ou seja, da cura e da libertação de um sucesso mais parecido com uma prisão e punição.
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