Alien, a trans inteligência

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Observando-se a inteligência em sua performance intersubjetiva, é perceptível diferentes níveis conceituais que vão do marginal ao magistral, da sabedoria à loucura, do humano ao trans humano, do periférico ao estratosférico, do homo sapiens ao homo deus no desespero inveterado de transportar-se para além dos limites e da forma humana.

Considerando-se os diferentes graus nas coordenadas desse universo reverso, em sua classificação hierárquica e lógica somado ao fato que no conceito filosófico, cada pessoa corresponde a um microcosmos dentro de um macro cosmos, no intercâmbio das relações trava-se dificuldade intercomunicativa.

Em dadas situações parece que a inteligência de uns é infinitamente superior a ponto de bloquear a comunicação entre os iguais, ou extremamente inferior dando impressão de ser oriunda da caverna platônica; e o mesmo acontece nos estágios intermediários. O fato é que entre ideologias, dogmatismos e crenças, uns em relação aos outros parecem ter conotação "alienígena" dado o abismo resultante, dos bloqueios intercambiais que os mantém [alien]ados.

Isto se dá devido ao fato que cada indivíduo intelectualmente entregue a si mesmo interage à revelia dos padrões, linguísticos de maneira que a forma subjetiva tende anular ou confundir, a objetividade por viés metalinguístico, e assim burlar o dito pelo não dito, de maneira que a maldade se camufla na zona de conforto dos ditos "lapsos" de comunicação. Destarte, a safadeza tem trânsito livre respaldada por "bloqueios" trans inteligentes.

Para esclarecer o que está sendo dito, é como se fizesse comparação entre cisngênero e transgênero. O prefixo "cis" significa [deste lado], o oposto de "trans" que denota [o outro lado] de maneira que o cissexual não sintoniza com transexual, e assim a cis inteligência confunde a trans mentalidade. Destarte, parece não haver transgressão tampouco maldade, apenas "diversidade" mal interpretada.

No contexto de uma mesma língua existem hiatos de comunicação devido à distorção dialética intencional, semântica e expressões idiomáticas, e também pelo liberalismo, a democracia trans democrática, e uma autonomia que concede ao Id um "poder" supremo em detrimento do amor e justiça para com o próximo. Esta permissividade parece legitimar o caos.

Com base em toda essa parafernália psicológica as almas entram em parafrenia, de maneira que na acepção de uns para com os outros, dá impressão de loucura recíproca. Sendo que A interpreta B como "fora da casinha", e este percebe C, como alucinado, a ignorância conceitua a sabedoria como demência, a bondade é entendida como maldade, a misericórdia como estultícia, o amor como fragilidade etc.

Esta paranoia trans psicológica é consagrada pelo direito universal, que preceitua: "Todo ser humano tem [direito], em plena igualdade". Imagine-se pois esta lei ao sabor do individualismo, "sem lenço nem documento", sem ites e sem limites; sem sombra de dúvidas a histeria no princípio da lei do Thelema perseguirá avidamente equiparar-se com o divino, porém secularizado e rebelde.

Este dilema pode ser identificado no trânsito, onde cada um se orienta pelas "leis" e regras subjetivas inspiradas por exacerbado narcisismo anárquico. O mesmo princípio da falta de princípio se observa quando se enfrenta filas em demandas públicas, e em toda sorte de concorrência e disputas impera a "lei" da interpretação, em detrimento da interpretação da lei.

Portanto, "aliens" nesta dissertação caracteriza digressão, que conceitua alienação resultante da autonomia e individualismo que trata seus pares com frieza e indiferença, às expensas dos "bloqueios" de comunicação tanto de ordem semântica quanto social, e assim impera o não saber, não ver, e o predileto, não entender como forma de isenção da responsabilidade.
Destarte, quando uma inteligência é confrontada, ou questionada por transgredir a lei ou espaço de outra, dá de ombros e se desculpa com elegância politizada dizendo: "Desculpe não falar seu língua". Visto por este prisma seria incoerente negar esta apoteose evolucionista.

Entretanto, mesmo frente ao fascínio trans inteligente percebe-se a falência programática do amor, do status quo, dos princípios e valores, da verdade, da fé. Esta última denegrida pela ganância de inteligências sórdidas infectadas pela moléstia de Mamom; deus das riquezas.

Finalmente, como disse Pasteur: "Um pouco de ciência nos afasta de Deus! Muito, nos aproxima". Na atualidade parece existir as duas situações, entretanto em analogia duas situações preocupam, visto que, de um lado a falta de conhecimento afasta, porém a pretensão do saber aproxima do "deus deste século" e seu projeto: "sereis como Deus (2 Co 4;4 e Gn 3;5).

Em contrapartida a ciência que aproxima de Deus e pode arrebatar do abismo do pecado, denomina-se Jesus Cristo, pois "nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência" (Col 3;2).

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Opinião do leitor