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Palavra do leitor

Ainda que eu ande e esteja

"Qual o sentido da liberdade, senão for na mutualidade?’’

Salmos 23. 4

As pessoas devotas de uma crença ou, no caso específico, cristãs, até por se referir a realidade na qual encontro, sinceramente, me intrigam. Digo isso, longe daqueles discursos contagiados por uma narrativa emotiva e passional, como se nada mais prestasse. Agora, observo a dificuldade de se valerem, por exemplo, do exercício das palavras para acarretar vida, vida com coragem, vida com esperança, vida com inspiração.

Vou adiante, vida sensível para acolher, vida compromissada com o viver, vida que se compromete a sentar, ao lado, e escutar, sem vir com aquela cartilha de certo e errado, de bom e mal, de justo e abominável ou as compilações disso, daquilo e acolá. Infelizmente, parece haver uma predisposição de tais devotos para mostrar e demonstrar que não somos bons o tempo todo, que não somos santos o tempo todo, que não somos corretos, justos, solícitos, durante vinte e quatro horas, por dia, sete dias, durante a semana, trinta dias, ao mês, e trezentos e sessenta e cinco dias, durante o ano. Para piorar ainda mais a situação, corremos o risco de nos escondermos, em não sermos nós mesmos, como se migalhas de atenção trouxessem algum benefício e, tão somente, esparramam os cacos de lágrimas pelos cantos da alma. Não por menos, estamos numa realidade marcado pelo merecimento e pelo mérito, pelo sucesso e por ser bem sucedido, pela consideração de nos lembrarmos dos talentosos, dos habilidosos, dos criativos, dos bem vistos e nos esquecemos, e nisto me incluo, de que nem sempre estaremos e andaremos por pastos verdejantes, porque a vida apresenta espinhos, momentos de solidão e de mórbido silêncio, atos de ingratidão e perda de compaixão, de palavras usadas para diminuir, para rebaixar, para condenar. O salmista não esconde, estamos sujeitos a andar e estar diante de vales da sombra da morte. Aliás, não falo da morte, como certa para todos nós, e sim da morte de nos fazer culpados e iníquos, de nos filiar a uma tortura de sermos obrigados a carregar fardos e mais fardos. Tristemente, são os vales da sombra, das sombras que elegem pessoas como fracassadas e inúteis, como portadoras de maldições e punições, como fúteis e estéreis.

Retomo o fio da meada, o Salmista aborda ainda que eu ande pelo vale da sombra morte, ouso afirmar, vejo os mosaicos ou os retratos das alternâncias, das perdas, das rupturas, das escolhas e decisões que não chegaram ao esperado e, quando deveríamos encontrar o animo para ir adiante, somos lançados em buracos para sermos soterrados por quem deveria viver o se importar. É bem verdade, não me iludo, sem melindres, sem exageros, os não (s) são partes da vida e, com tudo isso, não fomos chamados para levantar, para escutar, para apoiar, para considerar ou não?

Baruch Há Shem!
São Paulo - SP
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