Palavra do leitor
- 07 de dezembro de 2009
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Afinal: quem são estes "evangélicos"?
Ouvi certa vez: "– os evangélicos só pensam em dinheiro". Não é para menos. Os programas de TV evangélicos parecem disco quebrado. O cerne da mensagem é "prosperidade material". Jogo de marketing para levantar recursos. Perfil que não se afina com o dos chamados "crentes" de uns 20 ou 30 anos atrás. Hoje, "evangélico" tem sido sinônimo de espertalhão, falso moralista, indiferente aos dramas sociais e afeito a mídia e ao luxo. Milhões de pessoas lotam as igrejas em busca de uma "vida melhor" e mal sabem que estão seguindo gente perigosa, centrada em si mesma, fazendo mercado da fé em prol de popularidade e riquezas.
Não era assim.
Recordo-me que na década de 1970, "crente" era sinônimo de gente honesta, a ponto de muitos patrões procurarem-nos para cargos de confiança. Empregada doméstica (para dormir no trabalho e cuidar dos filhos), tinha que ser evangélica, pois era disposta, honesta com o dinheiro e não mexia nas coisas da casa. Lembro-me dos pastores que conheci nesta época: cultos, vestidos sobriamente, bem casados, amigos, verdadeiros sacerdotes. Visitavam os fiéis sistematicamente, iam a hospitais, realizavam casamentos, funerais, batizados e ainda sobrava tempo para conversar com as ovelhas no final de cada culto. Eram verdadeiras reservas morais e tidos como "reverendos", ou seja, dignos de reverência. Hoje este tipo de pastor é uma espécie em extinção!
Mensagem distorcida.
Fico pasmo diante de tanta aberração. Não suporto assistir certos programas, pois não consigo enxergar neles algo que me edifique. Os pregadores de hoje são obcecados por vitória, triunfo, fama e poder. Fico estupefato ao ver pastores que mal conhecem a Bíblia falar sobre Cristo, não como Deus encarnado, Senhor e Salvador, mas como se Ele fosse um Gurú, um Avatar, um tipo de Papai Noel rico e poderoso cuja existência só se justifica se conseguir satisfazer nossos caprichos pessoais. Em algumas igrejas (por exemplo), a programação da semana parece um balcão "fast food". “Cultos” segmentados, a fim de atrair a pessoa pelo interesse pessoal: consiga o seu amor, faça um descarrego, prospere, pare de sofrer, etc. Freqüentadores afirmam que sua vida "melhorou", mas esta melhora é medida pela prosperidade material e não pela experiência devocional, religiosa, íntima com Deus. A mensagem contém Cristo, mas não na essência. É como certos bolinhos de bacalhau que a gente come na praia. Você não pode negar que tem gosto de bacalhau, mas procura um pedaço que seja do peixe e não encontra.
Alhos de bugalhos.
É necessário habilidade para separar os alhos de bugalhos. Está ficando cada vez mais evidente a segmentação no meio cristão evangélico. O verdadeiro cristão é um pequeno Cristo. Compare o Cristo da Bíblia com pregadores que você vê na TV. Pulam, berram, fazem performances, andam para lá e para cá e vendem livros, CD´s, e uma infinidade de produtos, e mais produtos. Igrejas há que vendem rosas, vidrinhos de óleo, toalhinhas e por aí vai. Dizem que precisam pagar suas contas, pois estão na mídia. Seus "ministérios" são caros. Manter programas no ar gera altos custos, e falam como se a obra de Deus dependesse apenas deles! Acredito que alguns iniciaram seu trabalho com temor a Deus e humildade, mas hoje são capazes de levantar fundos para comprar o horário do "concorrente" na emissora apenas para manter seu monopólio. Enganam-se quem pensa que, porque são “pastores”, são inocentes, ingênuos. De modo algum. São competidores como todo produtor de TV. Tolos e ingênuos somos nós, que lhes damos ibope e sustentamos suas atividades frenéticas em busca de adeptos.
Remanescente fiel.
Apesar de tudo, em meio aos bugalhos, temos alhos da melhor qualidade. No meio do joio ainda resiste o trigo. Em meio aos falsos mestres encontramos os verdadeiros emissários do Senhor. Gente simples, que ama o próximo, vive de modo modesto e honesto, cumpre seus deveres como cidadão. Pessoas comprometidas com os valores da ética, da moral e dos bons costumes. Que aprendem de Cristo que "mais bem-aventurada coisa é dar do que receber". Reconhecem que são "sal da terra e luz do mundo" ou seja, referencias, cartas vivas de Deus a humanidade. Não são perfeitos. São igualmente falhos, mas primam pelo bom senso, arrependem-se como Pedro e jamais traem como Judas.
Finalmente.
Quando lhe perguntarem "quem são os evangélicos" não responda precipitadamente. Pergunte primeiro: " - de quem você está falando? De alhos ou bugalhos?"
Não era assim.
Recordo-me que na década de 1970, "crente" era sinônimo de gente honesta, a ponto de muitos patrões procurarem-nos para cargos de confiança. Empregada doméstica (para dormir no trabalho e cuidar dos filhos), tinha que ser evangélica, pois era disposta, honesta com o dinheiro e não mexia nas coisas da casa. Lembro-me dos pastores que conheci nesta época: cultos, vestidos sobriamente, bem casados, amigos, verdadeiros sacerdotes. Visitavam os fiéis sistematicamente, iam a hospitais, realizavam casamentos, funerais, batizados e ainda sobrava tempo para conversar com as ovelhas no final de cada culto. Eram verdadeiras reservas morais e tidos como "reverendos", ou seja, dignos de reverência. Hoje este tipo de pastor é uma espécie em extinção!
Mensagem distorcida.
Fico pasmo diante de tanta aberração. Não suporto assistir certos programas, pois não consigo enxergar neles algo que me edifique. Os pregadores de hoje são obcecados por vitória, triunfo, fama e poder. Fico estupefato ao ver pastores que mal conhecem a Bíblia falar sobre Cristo, não como Deus encarnado, Senhor e Salvador, mas como se Ele fosse um Gurú, um Avatar, um tipo de Papai Noel rico e poderoso cuja existência só se justifica se conseguir satisfazer nossos caprichos pessoais. Em algumas igrejas (por exemplo), a programação da semana parece um balcão "fast food". “Cultos” segmentados, a fim de atrair a pessoa pelo interesse pessoal: consiga o seu amor, faça um descarrego, prospere, pare de sofrer, etc. Freqüentadores afirmam que sua vida "melhorou", mas esta melhora é medida pela prosperidade material e não pela experiência devocional, religiosa, íntima com Deus. A mensagem contém Cristo, mas não na essência. É como certos bolinhos de bacalhau que a gente come na praia. Você não pode negar que tem gosto de bacalhau, mas procura um pedaço que seja do peixe e não encontra.
Alhos de bugalhos.
É necessário habilidade para separar os alhos de bugalhos. Está ficando cada vez mais evidente a segmentação no meio cristão evangélico. O verdadeiro cristão é um pequeno Cristo. Compare o Cristo da Bíblia com pregadores que você vê na TV. Pulam, berram, fazem performances, andam para lá e para cá e vendem livros, CD´s, e uma infinidade de produtos, e mais produtos. Igrejas há que vendem rosas, vidrinhos de óleo, toalhinhas e por aí vai. Dizem que precisam pagar suas contas, pois estão na mídia. Seus "ministérios" são caros. Manter programas no ar gera altos custos, e falam como se a obra de Deus dependesse apenas deles! Acredito que alguns iniciaram seu trabalho com temor a Deus e humildade, mas hoje são capazes de levantar fundos para comprar o horário do "concorrente" na emissora apenas para manter seu monopólio. Enganam-se quem pensa que, porque são “pastores”, são inocentes, ingênuos. De modo algum. São competidores como todo produtor de TV. Tolos e ingênuos somos nós, que lhes damos ibope e sustentamos suas atividades frenéticas em busca de adeptos.
Remanescente fiel.
Apesar de tudo, em meio aos bugalhos, temos alhos da melhor qualidade. No meio do joio ainda resiste o trigo. Em meio aos falsos mestres encontramos os verdadeiros emissários do Senhor. Gente simples, que ama o próximo, vive de modo modesto e honesto, cumpre seus deveres como cidadão. Pessoas comprometidas com os valores da ética, da moral e dos bons costumes. Que aprendem de Cristo que "mais bem-aventurada coisa é dar do que receber". Reconhecem que são "sal da terra e luz do mundo" ou seja, referencias, cartas vivas de Deus a humanidade. Não são perfeitos. São igualmente falhos, mas primam pelo bom senso, arrependem-se como Pedro e jamais traem como Judas.
Finalmente.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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