Palavra do leitor
- 31 de agosto de 2016
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Absalão e Dilma: Impeachment ou golpe?
Absalão e Dilma: Impeachment ou golpe?
‘’A política se compreende mais, por meio dos ouvidos do divã, ao invés dos tratados de ciência política, econômica, jurídica e sei lá mais o que. ’’
A saga do Impeachment ou golpe da, agora, outrora Presidente da República, Dilma Rousseff, chegou ao fim. As discussões acaloradas de situação e oposição, num cenário de polaridades distintas, com acusações, pra lá e cá, posturas enfaticamente defensoras permaneceram gravadas. Em meio a todo esse redemoinho de colisões e seus idealismos, a vida não parou, a labuta diária, os históricos e velhos problemas sociais e estruturais de uma cidadania ainda adormecida. Neste ínterim, a Olimpíada do Rio se encerrou e, com certeza, ainda não temos a ciência de seu legado. Mais precisamente, nos últimos dias, o depoimento de Dilma, no Senado, serviu, tão somente, para cumprir os protocolos, as formalidades, os critérios para consumação desse processo. Mesmo assim, preocupa – me os rumos de nosso país, as implicações e efeitos, daqui para frente. Ora, parte dos execradores da já derrocada gestora pública do país, estavam ao seu lado, a bem pouco tempo, como mãos de aplausos e endosso, tanto no Senado quanto como na Câmara dos Deputados. Faz – se notar, a abundância de denuncias sobre corrupção e prisões, encabeçadas pela Operação Lava Jato, acarretaram uma implacável insustentabilidade, acrescido a apatia da economia e da refração da vulnerabilidade, com o alastrar de desempregados e o lastro do já combalido governo, com muitos de seus protagonistas num lamaçal de participações, levaram – no a se dissolver. Deveras, como cristão, preocupa – me até que ponto devo demonstrar contentamento ou indiferença ou alívio. Parto do elemento norteador de que as peças, no tabuleiro de xadrez, prosseguem as mesmas, intactas e movidas ansiosamente por uma fatia maior no bolo. Digo isso, em virtude de a consolidação do atual governo, deu – se com o costurar de privilégios, ao qual personifica a rústica e sempre presente prática do conluio partidário. De certo, isto me lança ao texto de II Samuel 02. 15 – 37, com a articulação subversiva de Absalão, ao qual aspirava derrubar seu pai e assumir o reinado. Sem hesitar, nada mais redundante, senão atiçar os interesses dos homens, com suas insatisfações latentes e pulsáteis, como assim o fez. Por tal turno, em nada adiantou e trouxe desgraças, com sua morte e de muitos. Nessa linha de raciocínio, espero não de forma passiva, mas sim com a decisão de ir adiante, por ainda creditar e acreditar em dias melhores. Negar seria uma tolice, enquanto não enfrentarmos os maléficos ranços, já a partir deste período, com as eleições municipais, a trajetória deste país permanecerá fincada no salve – se quem puder. Ademais, entristece – me o cinismo e o oportunismo dos supostos apologistas da transparência que a pouquíssimo tempo, deleitavam – se das iguarias da passada situação e migraram, como o diabo ao fugir da cruz, categoricamente, com o discurso de uma mudança profunda e todo esse redemoinho se compreende, com propriedade, nos ouvidos do divã, porque somos confrontados com nossa irremediável natureza egoísta.
‘’A política se compreende mais, por meio dos ouvidos do divã, ao invés dos tratados de ciência política, econômica, jurídica e sei lá mais o que. ’’
A saga do Impeachment ou golpe da, agora, outrora Presidente da República, Dilma Rousseff, chegou ao fim. As discussões acaloradas de situação e oposição, num cenário de polaridades distintas, com acusações, pra lá e cá, posturas enfaticamente defensoras permaneceram gravadas. Em meio a todo esse redemoinho de colisões e seus idealismos, a vida não parou, a labuta diária, os históricos e velhos problemas sociais e estruturais de uma cidadania ainda adormecida. Neste ínterim, a Olimpíada do Rio se encerrou e, com certeza, ainda não temos a ciência de seu legado. Mais precisamente, nos últimos dias, o depoimento de Dilma, no Senado, serviu, tão somente, para cumprir os protocolos, as formalidades, os critérios para consumação desse processo. Mesmo assim, preocupa – me os rumos de nosso país, as implicações e efeitos, daqui para frente. Ora, parte dos execradores da já derrocada gestora pública do país, estavam ao seu lado, a bem pouco tempo, como mãos de aplausos e endosso, tanto no Senado quanto como na Câmara dos Deputados. Faz – se notar, a abundância de denuncias sobre corrupção e prisões, encabeçadas pela Operação Lava Jato, acarretaram uma implacável insustentabilidade, acrescido a apatia da economia e da refração da vulnerabilidade, com o alastrar de desempregados e o lastro do já combalido governo, com muitos de seus protagonistas num lamaçal de participações, levaram – no a se dissolver. Deveras, como cristão, preocupa – me até que ponto devo demonstrar contentamento ou indiferença ou alívio. Parto do elemento norteador de que as peças, no tabuleiro de xadrez, prosseguem as mesmas, intactas e movidas ansiosamente por uma fatia maior no bolo. Digo isso, em virtude de a consolidação do atual governo, deu – se com o costurar de privilégios, ao qual personifica a rústica e sempre presente prática do conluio partidário. De certo, isto me lança ao texto de II Samuel 02. 15 – 37, com a articulação subversiva de Absalão, ao qual aspirava derrubar seu pai e assumir o reinado. Sem hesitar, nada mais redundante, senão atiçar os interesses dos homens, com suas insatisfações latentes e pulsáteis, como assim o fez. Por tal turno, em nada adiantou e trouxe desgraças, com sua morte e de muitos. Nessa linha de raciocínio, espero não de forma passiva, mas sim com a decisão de ir adiante, por ainda creditar e acreditar em dias melhores. Negar seria uma tolice, enquanto não enfrentarmos os maléficos ranços, já a partir deste período, com as eleições municipais, a trajetória deste país permanecerá fincada no salve – se quem puder. Ademais, entristece – me o cinismo e o oportunismo dos supostos apologistas da transparência que a pouquíssimo tempo, deleitavam – se das iguarias da passada situação e migraram, como o diabo ao fugir da cruz, categoricamente, com o discurso de uma mudança profunda e todo esse redemoinho se compreende, com propriedade, nos ouvidos do divã, porque somos confrontados com nossa irremediável natureza egoísta.
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