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Palavra do leitor

Abrindo a caverna dos horrores

Em outro momento e texto deste site, já afirmei que a nossa musculatura espiritual é aperfeiçoada na adversidade.

Também não é menos verdade que, na adversidade, ao menos para mim, e certamente dependendo do problema, os meus delitos emocionais, à semelhança de ossos quebrados que às vezes rasgam a carne, ficam expostos, e doem bastante.

Assim estou eu, também amargando uma aposentadoria precoce, que também me trouxe maiores contingências financeiras, num momento em que minha mãe, que ainda mora comigo, e é paciente de sérios problemas pneumológicos (obstrução pulmonar crônica) e emocionais (tem bipolaridade e é de um pessimismo doentio, contaminante e estressante), precisa de cuidados dos mais variados tipos, para os quais não estou com capacidade de suprir integralmente, seja emocionalmente, economicamente e fisicamente (tenho hérnias de disco nas colunas cervical e lombar, fascite plantar, hipertensão arterial, e já fui cirurgiado do coração).

O que daí surge, brotando lá do âmago do meu ser, são sentimentos conflitantes e avassaladores (e na maioria pecaminosos), que transitam facilmente entre a perplexidade e a indignação, permeados ainda por momentos de raiva, num desejo latente de chutar o balde e fugir.

Diante de tais fatos, o que não faltam talvez são conjecturas teológicas vindas daqueles que me cercam: O irmão está sendo provado ? Pecou ? É maldição hereditária ? É luta espiritual ? É ação demoníaca ?

Não leio mais na cartilha hermeticamente fechada e criada pelos defensores da causa e efeito, que fazem da vida cristã uma equação cujo resultado é sempre previsto por eles dentro das suas concepções filosófico-teológicas, muitas delas desprovidas de sustentação bíblica e permeadas de julgamentos maliciosos e cheios de empáfia e hipocrisia.

Quando me reporto aos heróis da fé, tão bem presentes de Gênesis (Noé, Davi, Ezequiel ...) à Apocalipse (João), constato que uma vida consagrada a Deus não está isenta do sofrimento, ainda que este possa ser de fato fruto de escolhas e atitudes erradas, das quais nem mesmo os servos de Deus estão livres de cometerem.

Quando passo por lutas (e às vezes me descompenso emocionalmente, pecando pela língua), sento-me posteriormente no Divã de Deus, mas nem sempre “O Médico dos médicos” responde imediatamente, assim como ocorre nas sessões de psicoterapia, onde o profissional fica quase sempre apenas ouvindo.

O que me resta é falar e abrir “a caverna dos horrores” (confessando os pecados e verbalizando os sentimentos cheios de pecaminosidade *), pondo tudo para fora, o que, para consolo meu, em nada causa perplexidade ao meu Salvador, pois não há pecado pelo qual Ele não tenha pago ao morrer por mim na cruz.

Termino este texto tomando emprestadas as seguintes Palavras do Apóstolo Paulo: “miserável homem que sou”.

Orem por mim !

*Marcus 7:21-23: “Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem”
Recife - PE
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