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Palavra do leitor

Aborto, uma questão a ser melhor ponderada!

"O maior entrave, sem nenhuma margem de dúvida, no tocante a promoção dos ideais afluentes nas boas-novas do evangelho, perpassa pela triste e incoerente postura dos tidos cristãos em porfiarem por não praticarem a simplicidade do discipulado, do serviço e testemunhar prático; entrementes, uns adotam ministérios como prioridades e outros decidem pela trajetória de se portarem como anônimos."

A eleição presidencial de 2010 pode ser cotejada a um fenômeno de acentuada e veemente inclinação sobre específicos temas. Vale citar, reputados como nevrálgicos e até bombásticos!

Afinal de contas, na pauta, de maior efervescência, dos presidenciáveis, a temática de cunho religioso adentra na arena das discussões e, de tal modo, expressamente, tem sido a força motriz que poderá desencadear um desfecho alvissareiro ou famigerado.

A grosso modo, sem perder tempo e oportunidade, os candidatos evitam pôr os pés em demandas atreladas a unição entre pessoas do mesmo sexo, ou a questão da descriminalização da maconha e, com maior ênfase, atualmente, ao aborto.

Sem hesitar, chego a uma peremptória conclusão de, cada vez mais, mormente haja ecos aversivos, a fé, a espiritualidade e a política caminham conjugadas. Neste itinerário, percebemos as múltiplas posturas e procedimentos assumidos por uma socidade amalgamada ao relativismo, ao utilitarismo, ao privatismo e descartamento da profundidade.

Em outras palavras, para ser mais frontal nessas argumentações, trilhamos por um contexto social e cultural sobre a égide de uma dicotomia estampada entre ''direitos e deveres''.

Por consequência, captamos o ressoar altissonante dos meus direitos. Entrementes, imputamos a outras instâncias a nomenclatura ''dever, responsabilidade e compromisso'' pelos impactos e pelas consequências das nossas decisões.

Aqui abro um parêntese e devemos reconhecer o axioma de sermos protagonistas de decisões e todos os seus desdobramentos. Ora, muitos levantaram o estandarte de sermos vítimas de influências orquestradas pelo sistema social, econômico, político e cultural. Mesmo assim, quer queiramos ou não, decidimos, durante vinte e quatro horas.

Eis a tônica para uma corajosa, despudorada e honesta elucubração com nítida abordagem ao aborto.

Por ora, permaneço na fronteira dos ferrenhos e inexoráveis advogadores dessa decisão sobre concretas considerações. Digo isso, em função de os seus apologistas patentearem ser um direito de escolha e novamente, então, culminarmos no discursos dos meus direitos, ou interesses e nada mais.

Para isso, rechaçam as teorias comprovadas, corroboradas e constituidas pelos estudiosos da genética e dos demais âmbitos da ciência. Em contrapartida, os preconizadores voltados a dizer um não taxativo a toda e qualquer réstia concernente ao assunto, se aportam no fato de a vida ser uma dádiva de Deus.

Não bastasse todo esse imbróglio, extraímos uma terceira instância fundamentada numa concepção de coisificação, ou reificação do ser humano. Acredito, munido da prudência e elucidação, encontrarmos, quem sabe, uma resposta diante desse ziguezague de escolhas.

Melhor dito, decisões com reflexos inegáveis!

Cumpre salientar, a expressão reificação retrata a situação do ser humano, segundo um objetivo. Deve ser realçado, um objetivo sujeito a ser descartado! Ora, sem delongas, ser parte e partícipe de uma ética reificada. Assim sendo, dentro dessa perspectiva, possa interpretar o meu corpo como algo sujeito a ser descartado, a ser mercantilizado, a ser negociado, a ser violentado, a ser depauperado...

Deveras, nem todos concordaram com essas afirmações; agora, sem nenhuma dúvida, o nosso arcabouço sistêmico penal apresenta as condições aceitáveis a efeito da realização do aborto. No entanto, o aborto transcende uma questão meramente a ser respondida, por intermédio dos mecanismos jurídicos e estatais.

De todas essas colocações, desembarco na estação de pararmos e ponderarmos sobre as raízes de enfoques tão vorazes em direção ao aborto e a previsível decisão por não decidir pela responsabilidade de nossas decisões.

Não é enfadonho mencionar, o aborto, quiçá, por estar mais em voga, tem espertado todas as nossas atenções, principalmente, no espaço do leitor. Aliás, tal tema abre oportunidades para revermos e redimensionarmos os papéis, as agendas, as prioridades de sermos sal e luz.

Ademais, o aborto representa a ponta do iceberg e possamos olhar também para os abortos dos miseráveis, dos condenados as drogas, da prostituição infantil, da corrupção entranhada na política, do analfabetismo digital, da geração de evangélicos sem identidade comunitária e por ai vai.
São Paulo - SP
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