Aborto, como proceder?

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Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Mateus 5:21

Não há tema mais atual do que o aborto. Grupos de discussão, fóruns, encontros, em todo canto se discute o aborto. Quam é a favor, quem é contra, como punir, como diminuir.

Pastores sobem ao púbito para pregar o fogo do inferno para as mulheres que cometem o aborto. A escolha de um governante está esbarra em sua palavra de que é contra o aborto, mesmo que em algum momento de sua vida tenha sido a favor. Há um burburinho generalizado sobre o assunto.

Mas nesse momento gostaria de pedir a todos vocês silêncio! Sim, façam silêncio e ouçam! Ouçam o choro das crianças que foram assassinadas, mas ouçam também os gritos horrorizados que as almas das mulheres que cometeram esse ato emitem, gritos que ecoam pela eternidade.

Sim meus senhores, esse é o maior horror do aborto. Ele não mata apenas um bebê, ele trucida a mulher. Por mais forte que ela seja, por mais insensível, sua alma será eternamente trucidada.

Nesses milhões de debates contra os futuros abortos, leiam bem, futuros, há poucos ou nenhum debate sobre como cuidar daquelas que já cometeram este ato.

Vejo irmãos em cristo criando discussões acaloradas sobre o tema, mas em nossas igrejas há milhões de mulheres que tem sua alma ferida por cometer um aborto. Mulheres que precisam ser alcançada pela graça misericordiosa de Cristo para se reconciliarem consigo mesmas. O que tem sido feito pelo corpo de Cristo para essas vidas destruídas?

Pouquíssimas igrejas possuem estrutura para auxiliar essas mulheres, ainda menor é o número de igrejas que dão orientação para seus jovens sobre gravidez na adolescência ou planejamento familiar. Faltam conselheiros para aquelas cujos maridos não querem um "desvio" no caminho que traçaram no dia do sim. Líderes de adolescentes não conversam com seus meninos e meninas sobre o assunto a luz da escrituras. Raros são os cursos e palestras sobre orientação sexual para adolescentes e jovens.

Não sou a favor do aborto, porém sou contra a mentalidade de algumas lideranças cristãs que tratam sexualidade como tabu. Nossas crianças, adolescentes e jovens são bombardeadas incessantemente com todo tipo de estímulo sexual e creio que muitos pais não sabem como proceder.

O aborto não é fim de uma história e nem o começo. O aborto é o meio de um drama que começa no momento em que negligenciamos a orientação de nossos filhos.

Um livro interessante sobre todo o processo que envolve uma jovem e uma gravidez indesejada é tratada em “Aborto Interrompido” de Francine Rivers. Esse livro narra o drama de uma jovem cristã que se vê diante de uma gravidez indesejada, as pressões para cometer um aborto e como Deus pode tratar através de uma fatalidade várias vidas destruídas por este ato.

Gostaria de sugerir neste texto, que fosse iniciada pelas mesmas pessoas que discursam tão fervorosamente sobre aborto, uma campanha que levasse a mudança de atitude no meio Cristão. Ao invés de tentar impor nossa opinião, vamos criar simpósios e palestras para preparar nossos líderes para conseguir lidar com os casos já existentes e evitar novos casos.

Fechar os olhos para o problema, seja consentindo no aborto, seja não orientando nossos jovens, seja não dando assistência as mulheres que cometeram um aborto ou aquelas que não sabem como proceder diante de uma gravidez indesejada, é pedir para ser um futuro cúmplice de assassinato.

E os assassinos amados, não herdarão o reino dos céus. Negligência se encaixa nas palavras de nosso Senhor Jesus Cristo que disse: “Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.

Pensem nisto.

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Opinião do leitor