Palavra do leitor
- 01 de junho de 2009
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A virtude em xingar alguém
Domingo, enquanto dirigia o camburão para a igreja, refletia sobre o quanto se tornou inconveniente utilizar alguns palavrões para expressar idéias e sentimentos em meus textos. O tal "Espírito de Pastor", bem citado no blog do Sandro Baggio (http://www.sandrobaggio.com/?p=230), pressiona todos aqueles que estão diretamente envolvidos em funções pastorais a renunciar o uso de expressões chulas e ofensas dirigidas diretamente a pessoas.
Claro que, devido à exposição pública que todos os envolvidos no ministério possuem, não seria prudente criar polêmica defendendo o uso de palavras frívolas (Mateus 12:36). Mas muitas vezes vejo que ao utilizamos outros elementos lingüísticos para contornar tais limitações geradas pela expectativa que outros possuem a nosso respeito, cometemos assassinatos morais muito piores do que o uso de um simples "vai se f****". Xingar não seria o correto. Mas às vezes poderia ser menos danoso. Há virtude em quem compreende isto!
A ironia é um dos artifícios lingüísticos comuns que mata mais do que xingamentos. Aquele que xinga, deixa explícito quais são suas intenções e sentimentos. Não está preocupado em ter a razão. Xingar é deixar claro que a emoção está momentaneamete falando mais alto do que a razão. Mas aquele que se utiliza da ironia, recusa-se terminantemente a reconhecer sua falibilidade. Esta presunção de estar certo, além de geralmente deixar cadáveres espalhados por todo o caminho, também contamina o próprio coração.
Questiono o que seja “vencer” uma argumentação quando o debate culmina no extermínio do outro. Não seria mais prudente às vezes perder propositalmente, deixando explícito que a unidade do Espírito no vínculo da paz é mais importante que qualquer outra coisa. Tenho a convicção de que jamais nos foi exigido concordar em todas as questões, pois obviamente Deus não concorda com boa parte das coisas que o melhor de nós pensa e, mesmo assim, não o descarta.
Na dúvida, prefira expor sua ira, para que ela possa ser verdadeiramente momentânea.
“Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo.” (Efésios 4:26-27)
http://www.ariovaldo.com.br
Claro que, devido à exposição pública que todos os envolvidos no ministério possuem, não seria prudente criar polêmica defendendo o uso de palavras frívolas (Mateus 12:36). Mas muitas vezes vejo que ao utilizamos outros elementos lingüísticos para contornar tais limitações geradas pela expectativa que outros possuem a nosso respeito, cometemos assassinatos morais muito piores do que o uso de um simples "vai se f****". Xingar não seria o correto. Mas às vezes poderia ser menos danoso. Há virtude em quem compreende isto!
A ironia é um dos artifícios lingüísticos comuns que mata mais do que xingamentos. Aquele que xinga, deixa explícito quais são suas intenções e sentimentos. Não está preocupado em ter a razão. Xingar é deixar claro que a emoção está momentaneamete falando mais alto do que a razão. Mas aquele que se utiliza da ironia, recusa-se terminantemente a reconhecer sua falibilidade. Esta presunção de estar certo, além de geralmente deixar cadáveres espalhados por todo o caminho, também contamina o próprio coração.
Questiono o que seja “vencer” uma argumentação quando o debate culmina no extermínio do outro. Não seria mais prudente às vezes perder propositalmente, deixando explícito que a unidade do Espírito no vínculo da paz é mais importante que qualquer outra coisa. Tenho a convicção de que jamais nos foi exigido concordar em todas as questões, pois obviamente Deus não concorda com boa parte das coisas que o melhor de nós pensa e, mesmo assim, não o descarta.
Na dúvida, prefira expor sua ira, para que ela possa ser verdadeiramente momentânea.
“Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo.” (Efésios 4:26-27)
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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