Palavra do leitor
- 04 de março de 2013
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A última lição de Bento
O Protestantismo brasileiro é tradicionalmente anticatólico, tanto que para muitos a conversão é entendida como mudança de religião, ou seja, sair do catolicismo para o protestantismo. Para estes, idolatria é mal de católico, não enxergando os seus próprios ídolos.
O Reverendo Presbiteriano Timothy Keller compreende a idolatria como “construir a vida em torno de uma alegria incompleta deste mundo” e alerta-nos:
"A ideia que geralmente se associa a “ídolo” é a visão literal de estátuas – ou do último pop star ungido por Simon Cowell, jurado de American Idol. No entanto, ao passo que a adoração tradicional de ídolos continua a acontecer em muitos lugares do mundo, a adoração de ídolos interior, dentro do coração, é universal. Em Ezequiel 14.3, Deus diz sobre os anciões de Israel: “estes homens ergueram ídolos em seus corações. Assim como nós, os anciões devem ter respondido a essa acusação: “Ídolos? Que ídolos? Não vejo ídolo algum.” O sentido dessas palavras é que o coração do homem toma coisas boas como uma carreira de sucesso, amor, bens materiais, e até a família, e faz delas seus bens últimos. Nosso coração as diviniza como se fossem o centro de nossa vida, porque achamos que podem nos dar significado e proteção, segurança e satisfação, se as alcançarmos."[1]
Como cristão evangélico discordo de boa parte da teologia católica e principalmente da práxis dos católicos brasileiros, cuja a fé é em sua maioria uma miscigenação de crenças e culturas. No entanto não podemos desconsiderar as atitudes louváveis deles.
Não diferente de Keller, o ex-Papa Bento XVI corrobora de certa forma com sua ideia com seu o último tweet, o qual gostaria de comentar:
"Obrigado pelo vosso amor e o vosso apoio! Possais viver sempre na alegria que se experimenta quando se põe Cristo no centro da vida."
O que me chamou atenção neste pronunciamento de Ratzinger, foi sua crença de que há uma alegria que só se experimenta quando se vive uma vida cristocêntrica. E é esta alegria que o sumo-pontifício da igreja romana deseja que seus fiéis desfrutem. E porque não, que todos possam desfrutá-la? Uma alegria que não se encontra nem em relação humanas, nem com objetos, mas apenas com o Cristo Vivo e Senhor.
Não é em uma “alegria incompleta deste mundo” que devemos construir nossas vidas, mas segundo Bento na experiência de uma vida onde Cristo é o centro, pois apenas desta maneira desfrutaremos uma autêntica alegria.
Ressalto a humanidade de Bento XVI que por estar como Papa é visto como infalível, todavia nos deu uma grande lição de humildade e humanidade, a nós evangélicos, católicos e cidadãos do mundo, pois em seu pronunciamento oficial de renúncia, pede desculpas por sua imperfeição!
Tal lição lembra-me o chamado de Cristo para aprendermos com Ele a sermos mansos e humilde de coração. Creio que só alguém que aprende com o Cristo, pode com a graça deste Cristo, viver a humildade exemplifica por Ele. Se o que Bento fez foi isso eu não sei, Deus o sabe, entretanto para alguém que vê apenas a aparência louvo-o por sua atitude!
No sumo Pastor e Bispo das nossas almas,
Zé Bruno
_______________________________
Nota
[1] KELLER, Timothy. Deuses falsos. São Paulo: Thomas Nelson Brasil. 2010, p.13
O Reverendo Presbiteriano Timothy Keller compreende a idolatria como “construir a vida em torno de uma alegria incompleta deste mundo” e alerta-nos:
"A ideia que geralmente se associa a “ídolo” é a visão literal de estátuas – ou do último pop star ungido por Simon Cowell, jurado de American Idol. No entanto, ao passo que a adoração tradicional de ídolos continua a acontecer em muitos lugares do mundo, a adoração de ídolos interior, dentro do coração, é universal. Em Ezequiel 14.3, Deus diz sobre os anciões de Israel: “estes homens ergueram ídolos em seus corações. Assim como nós, os anciões devem ter respondido a essa acusação: “Ídolos? Que ídolos? Não vejo ídolo algum.” O sentido dessas palavras é que o coração do homem toma coisas boas como uma carreira de sucesso, amor, bens materiais, e até a família, e faz delas seus bens últimos. Nosso coração as diviniza como se fossem o centro de nossa vida, porque achamos que podem nos dar significado e proteção, segurança e satisfação, se as alcançarmos."[1]
Como cristão evangélico discordo de boa parte da teologia católica e principalmente da práxis dos católicos brasileiros, cuja a fé é em sua maioria uma miscigenação de crenças e culturas. No entanto não podemos desconsiderar as atitudes louváveis deles.
Não diferente de Keller, o ex-Papa Bento XVI corrobora de certa forma com sua ideia com seu o último tweet, o qual gostaria de comentar:
"Obrigado pelo vosso amor e o vosso apoio! Possais viver sempre na alegria que se experimenta quando se põe Cristo no centro da vida."
O que me chamou atenção neste pronunciamento de Ratzinger, foi sua crença de que há uma alegria que só se experimenta quando se vive uma vida cristocêntrica. E é esta alegria que o sumo-pontifício da igreja romana deseja que seus fiéis desfrutem. E porque não, que todos possam desfrutá-la? Uma alegria que não se encontra nem em relação humanas, nem com objetos, mas apenas com o Cristo Vivo e Senhor.
Não é em uma “alegria incompleta deste mundo” que devemos construir nossas vidas, mas segundo Bento na experiência de uma vida onde Cristo é o centro, pois apenas desta maneira desfrutaremos uma autêntica alegria.
Ressalto a humanidade de Bento XVI que por estar como Papa é visto como infalível, todavia nos deu uma grande lição de humildade e humanidade, a nós evangélicos, católicos e cidadãos do mundo, pois em seu pronunciamento oficial de renúncia, pede desculpas por sua imperfeição!
Tal lição lembra-me o chamado de Cristo para aprendermos com Ele a sermos mansos e humilde de coração. Creio que só alguém que aprende com o Cristo, pode com a graça deste Cristo, viver a humildade exemplifica por Ele. Se o que Bento fez foi isso eu não sei, Deus o sabe, entretanto para alguém que vê apenas a aparência louvo-o por sua atitude!
No sumo Pastor e Bispo das nossas almas,
Zé Bruno
_______________________________
Nota
[1] KELLER, Timothy. Deuses falsos. São Paulo: Thomas Nelson Brasil. 2010, p.13
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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