Palavra do leitor
- 15 de agosto de 2017
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A Trindade
Aceitando uma Divindade trina, o cristianismo é uma religião monoteísta trinitária, não sendo de forma alguma uma religião triteísta. O triteísmo é uma perversão da doutrina da trindade, inclusive, é visto como uma espécie de politeísmo. O dogma da Santíssima Trindade está inserido em um contexto histórico, isto é, possui uma história de crenças que se concretiza como um artigo de fé, proclamado em 325 no concílio de Nicéia, o primeiro concílio ecumênico do cristianismo, onde foram discutidas questões cristológicas, por exemplo, as levantadas pelo arianismo que negava a existência da consubstancialidade entre Jesus e Deus. Dentro deste contexto histórico em que nasce a doutrina da Trindade, destacamos os chamados padres da Igreja, que são divididos em padres apostólicos e padres apologistas. Também denominados, Pais da Igreja, estes homens foram influentes teólogos, professores e mestres cristãos, que proporcionaram a interpretação das Escrituras, distinguindo assim, diferenças entre autênticas doutrinas, e heresias. A estrutura da formulação dogmática da Trindade ou do Trinitarianismo, foi feita através de conceitos elaborados pela Tradição, pela Autoridade e pela Revelação. É por isso que para seus defensores, ela é simplesmente uma questão de fé, o que extrapola todo limite da compreensão humana. Assim, eles respondem as críticas ao Trinitarianismo, que dentro de uma visão unicista de Deus, pregam que há apenas um único Deus; o ataque das Testemunhas de Jeová que percebe o dogma da Trindade como ensinamento antibíblico; os movimentos gnósticos que negam a Divindade de Jesus e, o ensinamento dos pioneiros Adventista do Sétimo Dia. Enfim, dentro de uma trajetória de discussões acirradas, o Trinitarianismo foi se estruturando como doutrina cristã, sendo que nem todos os cristãos verdadeiros, creem por completo nela, porque segundo estes, do Trinitarianismo, basta apenas aceitar a Divindade de Jesus, para ser salvo. A conclusão deixa claro que não é fácil explicar definitivamente o dogma da Santíssima Trindade, que todas elas dadas até o momento são falhas, devido à natureza infinita de Deus, restando ao crente, apenas crer.A primeira formulação dogmática da reflexão teológica cristã trinitária, referente a relação entre cada uma das três Pessoas divinas, foi elaborada em um primeiro momento, como um artigo de fé pelo Credo de Niceia (proclamado em 325 no Concílio de Niceia) objetivando dirimir as questões levantadas por Ário, criador do arianismo, que por sua vez, negava a natureza divina de Jesus, ou seja, a plena divindade de Jesus e, em um segundo momento, pelo Concílio de Constantinopla (381), realizado com a finalidade de opor-se as ideias do movimento denominado pneumatômico, reafirmando a plena natureza divina do Espírito Santo, formulação apresentada depois (ano 500 dC) no Credo de Atanásio.
Estes Credos foram progressivamente formulados e ratificados pela Igreja dos séculos III e V, em reação a algumas ideias que envolviam a natureza da Trindade, ensinadas por movimentos como, o arianismo e os pneumatômicos, docetismo e modalismo. Movimentos que negavam a divindade pessoal da terceira pessoa da Trindade e que foram depois declarados heréticos por atentar contra a essência da Revelação. De modo que, esses Credos foram mantidos não só pelo Catolicismo e a Ortodoxia, mas também, de algum modo, pelo Protestantismo, sendo inclusive citados liturgicamente nas Igrejas Luteranas e Reformadas.
Estes Credos foram progressivamente formulados e ratificados pela Igreja dos séculos III e V, em reação a algumas ideias que envolviam a natureza da Trindade, ensinadas por movimentos como, o arianismo e os pneumatômicos, docetismo e modalismo. Movimentos que negavam a divindade pessoal da terceira pessoa da Trindade e que foram depois declarados heréticos por atentar contra a essência da Revelação. De modo que, esses Credos foram mantidos não só pelo Catolicismo e a Ortodoxia, mas também, de algum modo, pelo Protestantismo, sendo inclusive citados liturgicamente nas Igrejas Luteranas e Reformadas.
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