Palavra do leitor
- 11 de julho de 2021
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A tirania do sonho
"Talvez, um dos maiores erros e equívocos do ser humano, concentra – se em buscar grandes e definitivas respostas’’.
Texto de Eclesiastes 9.7
Os sonhos são partes da vida humana e não há como negar isso e, além do mais, seria desnecessário. Por ora, dedico essa compilação de palavras, de intenções e finalidades, para abordar sobre a tirania do sonho. Deixo ser mais claro, sem rodeios, valho-me do título para falar de uma idéia de sonhos mais parecido com uma formação de que sempre devemos ser notáveis, importantes, eficientes, bem-sucedidos, dignos de méritos, lembrados, importantes, bons, certos, admiráveis, competentes, resilientes, bem vistos e queridos. É bem verdade, observo, em correspondentes colocações, sem nenhuma obscuridade, uma ilusão, uma leitura irreal, não correta, hostil e violenta da vida e de nós mesmos. Afinal de contas, não vamos acertar sempre, nossas escolhas estão sujeitas a variantes de circunstâncias que escapam das nossas mãos, nossa tão aclamada liberdade sofre interferências de condicionantes das mais diversas. Vou adiante, nem sempre temos o que recebemos, nem sempre o binômio mérito e merecimento advém de nossos esforços, de nossas habilidades, de nossas aptidões, embora não me direciono a incursionar por tal discussão. Aproveito a oportunidade e trago uma porção de cinismo, de inquietação, de o por que é e foi assim, a partir do texto de Eclesiastes 9.7, com uma provocadora questão sobre o significado e sentido de nossas buscas.
Dou mais uma pinçada, embora demonstre apreço pelos animais, não seja aversivo as pessoas compromissadas aos cuidados dos mesmos, os mesmos não escrevem a história, não interrogam sobre as injustiças e as iniquidades. Sem sombra de dúvida, estamos numa realidade marcada pelo discurso das grandes respostas, das grandes soluções, das grandes salvações e muitos correm tresloucadamente a procura da grande paixão, da grande felicidade, da grande prosperidade, da grande descoberta e se esquecem de o quanto a vida se faz, no desdobrar de cada dia. O cada dia com seus dissabores. O cada dia, com gente normal e não perfeita, atingida por uma demissão, por alguém da família com um diagnóstico de uma doença incurável, por um filho subjugado pelas drogas, e, presumidamente, por toda uma incomensurabilidade de gente descrente e desesperançada. Mesmo com tais afirmações, a vida pode ser vivenciada, a cada dia, até porque não temos controle sobre tudo e de tudo. Não somos pau a toda obra, não fomos feitos para consumir, descartar e consumir, viver para provar e comprovar que tenho o melhor, o maior, o mais e o muito tira de nós a oportunidade de curtir, de aproveitar, de reconhecer que a nossa eternidade começa, no nosso cotidiano. Evidentemente, refiro-me a se importar, a partir dos momentos e dos instantes, fragmentos que formam nossa existência, dão nos significado, ajudam-nos a viver com sentido, com motivo e destino. Sempre é de bom parecer destacar, ao observar para o texto de Eclesiastes, migrado para essas desarranjadas ponderações, não visa nos levar a uma vida enredada ao conformismo, a passividade, a preguiça, a indiferença, a arrogância, a tolice de que somos totais, absolutos, plenos, porque não somos e compreender concernente isso nos humaniza, ainda mais. Deveras, podemos chegar a conclusão de ir a direção de ilusões, de falsidades, de farsas, como a tirania de sonhos: sonhos de uma vida perfeita, de uma vida toda certinha, de uma vida com justificativas para tudo, de uma vida sem marcas de perdas, de partidas e de rompimentos, simplesmente, far-nos-á afligirmo-nos, mais e mais.
O mundo não é e nunca será um mar de rosas, mas há, sim e sim, nos caminhos de cada dia, momentos de rosas, do pôr do sol, das conquistas, do abraço, do escutar, do abrandar, do afagar, do parabenizar, do se importar, do fazer o melhor, do ir adiante, do se levantar, do se permitir recitar com as lágrimas, do questionar, dos vazios, das inquietações, dos receios, dos recomeços. Ora, trilho a léguas de distância de todo e qualquer relativismo, subjetivismo, porque a escuridão é real, o frito é real, o vazio é real, as dificuldades são reais, a ingratidão é real, a solidão é real, a indiferença é real, entretanto, curtir, desfrutar, alegrar-se com a vida, com seus ente-queridos, com seus amigos também pode e é real, e isto é dom de Deus para todo o ser humano conceder poesia a vida.
Baruch Há Shem!
Texto de Eclesiastes 9.7
Os sonhos são partes da vida humana e não há como negar isso e, além do mais, seria desnecessário. Por ora, dedico essa compilação de palavras, de intenções e finalidades, para abordar sobre a tirania do sonho. Deixo ser mais claro, sem rodeios, valho-me do título para falar de uma idéia de sonhos mais parecido com uma formação de que sempre devemos ser notáveis, importantes, eficientes, bem-sucedidos, dignos de méritos, lembrados, importantes, bons, certos, admiráveis, competentes, resilientes, bem vistos e queridos. É bem verdade, observo, em correspondentes colocações, sem nenhuma obscuridade, uma ilusão, uma leitura irreal, não correta, hostil e violenta da vida e de nós mesmos. Afinal de contas, não vamos acertar sempre, nossas escolhas estão sujeitas a variantes de circunstâncias que escapam das nossas mãos, nossa tão aclamada liberdade sofre interferências de condicionantes das mais diversas. Vou adiante, nem sempre temos o que recebemos, nem sempre o binômio mérito e merecimento advém de nossos esforços, de nossas habilidades, de nossas aptidões, embora não me direciono a incursionar por tal discussão. Aproveito a oportunidade e trago uma porção de cinismo, de inquietação, de o por que é e foi assim, a partir do texto de Eclesiastes 9.7, com uma provocadora questão sobre o significado e sentido de nossas buscas.
Dou mais uma pinçada, embora demonstre apreço pelos animais, não seja aversivo as pessoas compromissadas aos cuidados dos mesmos, os mesmos não escrevem a história, não interrogam sobre as injustiças e as iniquidades. Sem sombra de dúvida, estamos numa realidade marcada pelo discurso das grandes respostas, das grandes soluções, das grandes salvações e muitos correm tresloucadamente a procura da grande paixão, da grande felicidade, da grande prosperidade, da grande descoberta e se esquecem de o quanto a vida se faz, no desdobrar de cada dia. O cada dia com seus dissabores. O cada dia, com gente normal e não perfeita, atingida por uma demissão, por alguém da família com um diagnóstico de uma doença incurável, por um filho subjugado pelas drogas, e, presumidamente, por toda uma incomensurabilidade de gente descrente e desesperançada. Mesmo com tais afirmações, a vida pode ser vivenciada, a cada dia, até porque não temos controle sobre tudo e de tudo. Não somos pau a toda obra, não fomos feitos para consumir, descartar e consumir, viver para provar e comprovar que tenho o melhor, o maior, o mais e o muito tira de nós a oportunidade de curtir, de aproveitar, de reconhecer que a nossa eternidade começa, no nosso cotidiano. Evidentemente, refiro-me a se importar, a partir dos momentos e dos instantes, fragmentos que formam nossa existência, dão nos significado, ajudam-nos a viver com sentido, com motivo e destino. Sempre é de bom parecer destacar, ao observar para o texto de Eclesiastes, migrado para essas desarranjadas ponderações, não visa nos levar a uma vida enredada ao conformismo, a passividade, a preguiça, a indiferença, a arrogância, a tolice de que somos totais, absolutos, plenos, porque não somos e compreender concernente isso nos humaniza, ainda mais. Deveras, podemos chegar a conclusão de ir a direção de ilusões, de falsidades, de farsas, como a tirania de sonhos: sonhos de uma vida perfeita, de uma vida toda certinha, de uma vida com justificativas para tudo, de uma vida sem marcas de perdas, de partidas e de rompimentos, simplesmente, far-nos-á afligirmo-nos, mais e mais.
O mundo não é e nunca será um mar de rosas, mas há, sim e sim, nos caminhos de cada dia, momentos de rosas, do pôr do sol, das conquistas, do abraço, do escutar, do abrandar, do afagar, do parabenizar, do se importar, do fazer o melhor, do ir adiante, do se levantar, do se permitir recitar com as lágrimas, do questionar, dos vazios, das inquietações, dos receios, dos recomeços. Ora, trilho a léguas de distância de todo e qualquer relativismo, subjetivismo, porque a escuridão é real, o frito é real, o vazio é real, as dificuldades são reais, a ingratidão é real, a solidão é real, a indiferença é real, entretanto, curtir, desfrutar, alegrar-se com a vida, com seus ente-queridos, com seus amigos também pode e é real, e isto é dom de Deus para todo o ser humano conceder poesia a vida.
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