Palavra do leitor
- 01 de dezembro de 2007
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A Teologia do Bom Pastor
Em Mateus 8.1-4, temos o relato da cura de um leproso. A lepra, hoje mais conhecida como Hanseníase é uma infecção crônica, contagiosa, que produz lesões na pele, mucosas e nervos periféricos, e que naquela época era considerada como uma maldição que tornava o doente imundo perante a sociedade.
Mas, o que de fato me chama a atenção neste episódio, não é o milagre em si, nem a gravidade da lepra, muito menos a forma sobrenatural como tudo aconteceu, e sim as atitudes do Bom Pastor diante da difícil situação daquele homem, e é sobre estas atitudes que quero discorrer nesta breve reflexão.
Analisando o contexto do evangelho de Mateus, percebe-se que Jesus, antes do encontro com o leproso, estava ministrando ricos ensinamentos para uma grande multidão, ensinamentos que ficaram conhecidos como o Sermão do Monte (Mateus 5, 6 e 7). Neste sermão o foco de Jesus era expressar para aquele povo quais eram os códigos do Reino de Deus, assim como as disciplinas espirituais indispensáveis na vida de quem deseja segui-lo. Quando Jesus encerrou o seu discurso, as multidões ficaram maravilhadas com a sua doutrina, por que ele as ensinava como quem tinha autoridade (Mt 7.28,29).
Vivemos num período de crises, pluralidades, culto ao ego, relativismo, etc., e a resposta dos evangélicos a tudo isso, tem sido a teologia da prosperidade, determinismo espiritual, busca por títulos e poder. Entretanto, o primeiro versículo do capítulo 8 de Mateus diz que Jesus após o seu Sermão, desce do monte. Percebo neste versículo características do nosso Mestre que vão de encontro a todo este sistema de busca pela promoção pessoal presente nos arraiais religiosos do nosso tempo. Jesus praticava, se é que podemos chamar assim, a “teologia do equilíbrio” ou melhor a “teologia do Bom Pastor”, que consistia numa vida de verticalidade (relação de profundo amor para com Deus) e horizontalidade (relação de profundo amor para com o próximo). O Bom Pastor não se realizava estando apenas em cima do monte, mas ele cumpria a sua missão descendo aos lugares mais horrendos para ficar frente a frente com a multidão de miseráveis de sua época, ele uniu teoria e prática, discurso e ação, prédica e compaixão, palavras e amor.
Para o ponto de vista da religiosidade, ficar no monte é mais cômodo, dá mais ibope, satisfaz qualquer coração hedonista. A Teologia do Bom Pastor não se baseia em tais valores, ela faz o cristão teorizar no monte e praticar misericórdia no vale. É desta teologia que precisamos, uma teologia que nos leve ao monte (verticalidade), mas que também nos faça ver a realidade dos leprosos que estão a nossa volta (horizontalidade).
Mas, o que de fato me chama a atenção neste episódio, não é o milagre em si, nem a gravidade da lepra, muito menos a forma sobrenatural como tudo aconteceu, e sim as atitudes do Bom Pastor diante da difícil situação daquele homem, e é sobre estas atitudes que quero discorrer nesta breve reflexão.
Analisando o contexto do evangelho de Mateus, percebe-se que Jesus, antes do encontro com o leproso, estava ministrando ricos ensinamentos para uma grande multidão, ensinamentos que ficaram conhecidos como o Sermão do Monte (Mateus 5, 6 e 7). Neste sermão o foco de Jesus era expressar para aquele povo quais eram os códigos do Reino de Deus, assim como as disciplinas espirituais indispensáveis na vida de quem deseja segui-lo. Quando Jesus encerrou o seu discurso, as multidões ficaram maravilhadas com a sua doutrina, por que ele as ensinava como quem tinha autoridade (Mt 7.28,29).
Vivemos num período de crises, pluralidades, culto ao ego, relativismo, etc., e a resposta dos evangélicos a tudo isso, tem sido a teologia da prosperidade, determinismo espiritual, busca por títulos e poder. Entretanto, o primeiro versículo do capítulo 8 de Mateus diz que Jesus após o seu Sermão, desce do monte. Percebo neste versículo características do nosso Mestre que vão de encontro a todo este sistema de busca pela promoção pessoal presente nos arraiais religiosos do nosso tempo. Jesus praticava, se é que podemos chamar assim, a “teologia do equilíbrio” ou melhor a “teologia do Bom Pastor”, que consistia numa vida de verticalidade (relação de profundo amor para com Deus) e horizontalidade (relação de profundo amor para com o próximo). O Bom Pastor não se realizava estando apenas em cima do monte, mas ele cumpria a sua missão descendo aos lugares mais horrendos para ficar frente a frente com a multidão de miseráveis de sua época, ele uniu teoria e prática, discurso e ação, prédica e compaixão, palavras e amor.
Para o ponto de vista da religiosidade, ficar no monte é mais cômodo, dá mais ibope, satisfaz qualquer coração hedonista. A Teologia do Bom Pastor não se baseia em tais valores, ela faz o cristão teorizar no monte e praticar misericórdia no vale. É desta teologia que precisamos, uma teologia que nos leve ao monte (verticalidade), mas que também nos faça ver a realidade dos leprosos que estão a nossa volta (horizontalidade).
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