Palavra do leitor
- 06 de dezembro de 2011
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A teologia ambientalista e o jumentinho da entrada triunfal em Jerusalém
Era o período da Páscoa e a caminhada seria melhor se, cansado, entrasse em Jerusalém montado. Assim foi feito. Dois discípulos foram chamados para a tarefa e o larápio que cuidava da bolsa para as despesas foi informado do pagamento das custas.
Logo acharam um 'equus asinus' da família dos 'equidae'; pouco menos de um metro de altura e capaz de suportar uma carga até 100 kg.
Fácil de montar e ser alimentado; capaz de ficar sem beber água por muito tempo sem desidratar, tinha uma incrível resistência à fadiga. Por essa e outras razões era a melhor besta de carga, além de barato, fácil de criar.
Trouxeram-no a Jesus, e pôs-se a procissão a caminho, provavelmente passando pela ‘Dung Gate’, nome de uma das entradas em Jerusalém. Aliás, um nome muito sugestivo!
Quando Jesus nasceu também estava lá o animal entre seus pares. Cerca de dois anos depois, quando seus pais tiveram que fugir para o Egito, não deu outra, e um jumento de carga foi o meio de transporte adequado, em vez do camelo. Assim reza a tradição.
O jumento é um animal de carga ideal, mas quando vagueia livre só faz o que gosta. Usa-se a expressão ‘amarrar [na sombra] o burro [jumento]’ porque quando solto não há quem o controle.
A imagem do jumento, porém, evoca humildade e força. Com uma queixada de jumento, Sansão massacrou mil Filisteus. Por isso se diz até hoje em Goiás, ‘duro como uma boca de jumento’. A jumenta de Balaão veria o anjo antes dele próprio!
Eis aí uma longa história de serviços prestados à história da redenção e à humanidade, noves fora aquela que usufrui da criação, mas rejeita o Criador.
Diz Drummond, “no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho!” A pedra era um ambientalista.
Imagina se o dono do jumentinho exigisse uma cópia autenticada da Secretaria de Promoção e Defesa dos Animais para liberar o animal! Vai que fosse uma fêmea gestante, no cio ou amamentando!
Ou que fosse exigida a licença do Sindicato dos Carroceiros de Betfagé para solucionar eventuais irregularidades! Após o prazo, seria multa na certa. E se o jumentinho(a) não tivesse sido vacinado(a)?
Mas a facilidade com que as coisas foram feitas indica não apenas que Deus estava em controle de tudo, mas que os ambientalistas estavam afastados do plano de redenção da humanidade que se desenrolava. Louvado seja!
A maior parte dos discípulos, menos os fiscais, o ladrão da bolsa e alguns outros que berravam igual trovão, mas que eram frouxos na pregação, era pescadores. E o lema sempre foi: peixe morre é pela boca!
Imaginei, preocupado --- em apreço aos irmãos que não são Calvinistas e acham que sempre há uma brecha em tudo que Deus pensa e faz --- se lhes fosse concedido que um desses 12 discípulos que o acompanhasse à entrada triunfal como uma espécie de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência fosse tomado de pruridos ambientalistas! Estava emperrado o Plano da Redenção?
Aqueles ramos de oliveira e palmas, com que autorização a turba teria cortado? O IBAMA Hierosolimitano autorizara? Teriam sido arrancados de alguma área de Reserva Legal? Área de Proteção Permanente? Qual seria o impacto ambiental em tudo aquilo!
Por outro lado, até que o resíduo animal, se me entendem, seria de pouca monta, mas e o lixo orgânico? E o processo de decomposição, o chorume?
Pode-se imaginar a loucura teológica que uma doidice daquelas, isto é, a decisão da Trindade Santa de forçar a entrada de um dos Seus naquela cidade, causaria à criação! É por aí que se reconhece a ‘importância’ e as ‘consequências’ da ‘teologia ambiental’. Chamem o Boff!
Essa semana eu lera a ‘teologia’ de um desses que poderia estar presente naquela ocasião.
Ainda há pessoas sinceras que acreditam não no meio-ambiente, mas no ‘ambiente-inteiro’: tudo vai acabar um dia, mas antes temos que cuidar, disse ele.
Enquanto caminhava ao lado de Jesus ele pensava no juízo final, novos céus e nova terra. Mas não concordava com atitudes irresponsáveis com o meio-ambiente.
Haveria de existir uma responsabilidade com o planeta terra. Não se pode destruir florestas, poluir rios, detonar tudo. Temos que ser apologistas da vida. É preciso lembrar que para Deus um dia é como mil anos. E se a volta de Jesus fosse só daqui a dez mil anos?
A exploração predatória do meio-ambiente, o consumismo exagerado é um deus invisível!
Enquanto caminhava, pensava, não estaríamos sacrificando a natureza no altar desse deus?
Deus criou o homem e a mulher e os colocou no mundo para cuidar dele. Essa é a tarefa que Deus nos deu. E o que temos feito?
“Então não posso colaborar para a entrada triunfal em Jerusalém”, concluiu!
Como Jesus tinha por hábito ler a mente, quanto mais dos homens das causas nobres, Jesus parou, chamou o tal discípulo ambientalista de lado e disse: “ou você para com essa maluquice e deixa meu Pai dar prosseguimento ao plano Dele ou já já eu chamo Elias e você ficará torradinho igual aos profetas de Baal”.
E deu ordens para que a procissão continuasse.
Logo acharam um 'equus asinus' da família dos 'equidae'; pouco menos de um metro de altura e capaz de suportar uma carga até 100 kg.
Fácil de montar e ser alimentado; capaz de ficar sem beber água por muito tempo sem desidratar, tinha uma incrível resistência à fadiga. Por essa e outras razões era a melhor besta de carga, além de barato, fácil de criar.
Trouxeram-no a Jesus, e pôs-se a procissão a caminho, provavelmente passando pela ‘Dung Gate’, nome de uma das entradas em Jerusalém. Aliás, um nome muito sugestivo!
Quando Jesus nasceu também estava lá o animal entre seus pares. Cerca de dois anos depois, quando seus pais tiveram que fugir para o Egito, não deu outra, e um jumento de carga foi o meio de transporte adequado, em vez do camelo. Assim reza a tradição.
O jumento é um animal de carga ideal, mas quando vagueia livre só faz o que gosta. Usa-se a expressão ‘amarrar [na sombra] o burro [jumento]’ porque quando solto não há quem o controle.
A imagem do jumento, porém, evoca humildade e força. Com uma queixada de jumento, Sansão massacrou mil Filisteus. Por isso se diz até hoje em Goiás, ‘duro como uma boca de jumento’. A jumenta de Balaão veria o anjo antes dele próprio!
Eis aí uma longa história de serviços prestados à história da redenção e à humanidade, noves fora aquela que usufrui da criação, mas rejeita o Criador.
Diz Drummond, “no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho!” A pedra era um ambientalista.
Imagina se o dono do jumentinho exigisse uma cópia autenticada da Secretaria de Promoção e Defesa dos Animais para liberar o animal! Vai que fosse uma fêmea gestante, no cio ou amamentando!
Ou que fosse exigida a licença do Sindicato dos Carroceiros de Betfagé para solucionar eventuais irregularidades! Após o prazo, seria multa na certa. E se o jumentinho(a) não tivesse sido vacinado(a)?
Mas a facilidade com que as coisas foram feitas indica não apenas que Deus estava em controle de tudo, mas que os ambientalistas estavam afastados do plano de redenção da humanidade que se desenrolava. Louvado seja!
A maior parte dos discípulos, menos os fiscais, o ladrão da bolsa e alguns outros que berravam igual trovão, mas que eram frouxos na pregação, era pescadores. E o lema sempre foi: peixe morre é pela boca!
Imaginei, preocupado --- em apreço aos irmãos que não são Calvinistas e acham que sempre há uma brecha em tudo que Deus pensa e faz --- se lhes fosse concedido que um desses 12 discípulos que o acompanhasse à entrada triunfal como uma espécie de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência fosse tomado de pruridos ambientalistas! Estava emperrado o Plano da Redenção?
Aqueles ramos de oliveira e palmas, com que autorização a turba teria cortado? O IBAMA Hierosolimitano autorizara? Teriam sido arrancados de alguma área de Reserva Legal? Área de Proteção Permanente? Qual seria o impacto ambiental em tudo aquilo!
Por outro lado, até que o resíduo animal, se me entendem, seria de pouca monta, mas e o lixo orgânico? E o processo de decomposição, o chorume?
Pode-se imaginar a loucura teológica que uma doidice daquelas, isto é, a decisão da Trindade Santa de forçar a entrada de um dos Seus naquela cidade, causaria à criação! É por aí que se reconhece a ‘importância’ e as ‘consequências’ da ‘teologia ambiental’. Chamem o Boff!
Essa semana eu lera a ‘teologia’ de um desses que poderia estar presente naquela ocasião.
Ainda há pessoas sinceras que acreditam não no meio-ambiente, mas no ‘ambiente-inteiro’: tudo vai acabar um dia, mas antes temos que cuidar, disse ele.
Enquanto caminhava ao lado de Jesus ele pensava no juízo final, novos céus e nova terra. Mas não concordava com atitudes irresponsáveis com o meio-ambiente.
Haveria de existir uma responsabilidade com o planeta terra. Não se pode destruir florestas, poluir rios, detonar tudo. Temos que ser apologistas da vida. É preciso lembrar que para Deus um dia é como mil anos. E se a volta de Jesus fosse só daqui a dez mil anos?
A exploração predatória do meio-ambiente, o consumismo exagerado é um deus invisível!
Enquanto caminhava, pensava, não estaríamos sacrificando a natureza no altar desse deus?
Deus criou o homem e a mulher e os colocou no mundo para cuidar dele. Essa é a tarefa que Deus nos deu. E o que temos feito?
“Então não posso colaborar para a entrada triunfal em Jerusalém”, concluiu!
Como Jesus tinha por hábito ler a mente, quanto mais dos homens das causas nobres, Jesus parou, chamou o tal discípulo ambientalista de lado e disse: “ou você para com essa maluquice e deixa meu Pai dar prosseguimento ao plano Dele ou já já eu chamo Elias e você ficará torradinho igual aos profetas de Baal”.
E deu ordens para que a procissão continuasse.
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