Palavra do leitor
- 30 de novembro de 2008
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A singeleza da Graça
"A felicidade, apesar de em muitos momentos parecer um pote de devaneios, não pode ser alcançada, enquanto não compreendemos a importância do outro no centro da nossa história. E isto nos impele a escolhermos por uma vida de posturas periféricas e superficiais, ou de convergência e identidade. Sem titubear, não há liberdade, cidadania, democracia, solidariedade, justiça e muito menos vida cristã no anonimato ou na caricatura de um evangelho atomizado, de andarilhos e de faces estritamente voltadas ao púlpito. Somos chamados a ouvir as boas-novas e revolucionar a vida, com emoção, paixão e fé!"
Certa feita, um homem esteve com Deus e estabeleceu uma pontiaguda pergunta, voltado a abordar a profundidade da espiritualidade humana.
Não bastasse, mais alguns passos dados, afiou também no tocante ao significado da vida. Assim disse:
- O que posso fazer para crer na Graça?
De maneira sucinta, com simplicidade, singeleza e objetividade pertinentes, Deus, despido de todas as panacéias dos homens sobre a divindade, respondeu:
- Quem decidir por crer em uma relação aberta e despudorada comigo, desate as cordas do conformismo e torne-se um apologista da justiça, um trabalhador da esperança autêntica e profícua.
Não por menos, um eco de solidariedade e companheirismo, em meio ao deserto cognominado individualismo e materialismo; reconhece a importância de não conceber o outro como parte de uma engrenagem consumista e descartável.
Não faz da pele, das tendências culturais, sociais, econômicas, políticas e até cristãs uma fronteira intransponível entre as pessoas. Ao se deparar com as ignomínias da exclusão, causa uma reação de que algo deve e pode ser desencadeado. Vai mais além, não delimita nem demarca a vida, segundo a ótica custo e benefício; tem a coragem e a intrepidez de rever a agenda no que alude aos rumos tomados por uma sociedade imersa numa cultura do eu, do narcisismo, do presente-imediato e só; alcança a compreensão de que somos seres de interdependência.
Não faz de um status quo vigente, um meio para manipular pessoas; enfrenta a questão de a cidadania abarcar participação, engajamento e compromisso em todo o processo de composição de uma democracia dialogal e participativa. Aliás, não incorre no equívoco de interpretar a liberdade emoldurada por uma visão narcisista; não faz das inter-relações humanas um processo depredatório, cujas pessoas sejam algo a ser derrubado; não se perde na coqueluche de um sucesso chafurdado em valores e desejos fugidios; não faz da sociedade um palco de hostilidades, arbitrariedades e ódios.
Ousa firmar uma proposta de ser e viver estribada não numa ética ideal, mas norteada por procedimentos abalizados no execício do ouvir e ponderar, antes de qualquer veredicto. Semelhantemente, evita de embevecer a alma do sonho idílico de que as idéias, o progresso, o avanço do conhecimento e outros atributos do desenvolvimento estejam acima do ser humano. Não se reporta ao próximo com alcunhas depreciativas, nem depauperizar o fato de alguém ser oriundo de tal lugar ou falar com um sotaque peculiar.
Chega a peremptória conclusão de que a felicidade entrelaça a dimensão do indivíduo, do comunitário e do coletivo e por que não afirmar do global. Faz do amor uma decisão fascinante e desafiadora em prol da vida. Abre os olhos diante do espelho e evita o rótulo da comiseração ou de ser um alforje de malogros ou frustrações. As rugas na face não o leva a um represar de energias por ainda prosseguir a sonhar; não concebe a oração pautada numa espécie de especulação; ao invés disso, escancara a alma e permite o fluir de todas as substancialidades do que, deveras, somos diante de um Deus de prosa e histórias inusitadas.
Não fica vislumbrado com a vedete de um sucesso estampado nas revistas de fofocas, nem faz do bizarro uma alternativa de alegria e riso. Torna-se uma voz ativa, ao lado de outros, em refutar a proliferação dos entorpecentes na vida dos jovens, assume a responsabilidade de ser um farol de influenciar as nossas autoridades a efeito de primarem por alvos de cunho humano, etc eres!...
À guisa de toda essa explanação, o homem ruminou as devidas considerações sobre o fato de resgatar o ideal de humanidade, de sentido e destino de ser imago dei. E, paralelamente, reconhece o quão esgarçado estava a sua cristandade, quão esdrúxulas eram suas decisões e sua fé, e como o evangelho dentro da sua vida vertia um gosto de azedume e esperança mórbida.
Por ora, deveríamos também repensar nos itinerários adotados do nosso estilo de cristandade, no limiar do século XXI, perante uma geração escasseada de vida e sonhos.
Ademais, neste texto, somos convidados a redefinimos a Graça, a ugência de sermos mais imaturos e desencanados diante de Deus, a priorizamos copiosamente as benesses de que o evangelho nos lança aos subterrâneos do cotidiano de gente, alma e histórias.
Deus os e as abençoe!
Certa feita, um homem esteve com Deus e estabeleceu uma pontiaguda pergunta, voltado a abordar a profundidade da espiritualidade humana.
Não bastasse, mais alguns passos dados, afiou também no tocante ao significado da vida. Assim disse:
- O que posso fazer para crer na Graça?
De maneira sucinta, com simplicidade, singeleza e objetividade pertinentes, Deus, despido de todas as panacéias dos homens sobre a divindade, respondeu:
- Quem decidir por crer em uma relação aberta e despudorada comigo, desate as cordas do conformismo e torne-se um apologista da justiça, um trabalhador da esperança autêntica e profícua.
Não por menos, um eco de solidariedade e companheirismo, em meio ao deserto cognominado individualismo e materialismo; reconhece a importância de não conceber o outro como parte de uma engrenagem consumista e descartável.
Não faz da pele, das tendências culturais, sociais, econômicas, políticas e até cristãs uma fronteira intransponível entre as pessoas. Ao se deparar com as ignomínias da exclusão, causa uma reação de que algo deve e pode ser desencadeado. Vai mais além, não delimita nem demarca a vida, segundo a ótica custo e benefício; tem a coragem e a intrepidez de rever a agenda no que alude aos rumos tomados por uma sociedade imersa numa cultura do eu, do narcisismo, do presente-imediato e só; alcança a compreensão de que somos seres de interdependência.
Não faz de um status quo vigente, um meio para manipular pessoas; enfrenta a questão de a cidadania abarcar participação, engajamento e compromisso em todo o processo de composição de uma democracia dialogal e participativa. Aliás, não incorre no equívoco de interpretar a liberdade emoldurada por uma visão narcisista; não faz das inter-relações humanas um processo depredatório, cujas pessoas sejam algo a ser derrubado; não se perde na coqueluche de um sucesso chafurdado em valores e desejos fugidios; não faz da sociedade um palco de hostilidades, arbitrariedades e ódios.
Ousa firmar uma proposta de ser e viver estribada não numa ética ideal, mas norteada por procedimentos abalizados no execício do ouvir e ponderar, antes de qualquer veredicto. Semelhantemente, evita de embevecer a alma do sonho idílico de que as idéias, o progresso, o avanço do conhecimento e outros atributos do desenvolvimento estejam acima do ser humano. Não se reporta ao próximo com alcunhas depreciativas, nem depauperizar o fato de alguém ser oriundo de tal lugar ou falar com um sotaque peculiar.
Chega a peremptória conclusão de que a felicidade entrelaça a dimensão do indivíduo, do comunitário e do coletivo e por que não afirmar do global. Faz do amor uma decisão fascinante e desafiadora em prol da vida. Abre os olhos diante do espelho e evita o rótulo da comiseração ou de ser um alforje de malogros ou frustrações. As rugas na face não o leva a um represar de energias por ainda prosseguir a sonhar; não concebe a oração pautada numa espécie de especulação; ao invés disso, escancara a alma e permite o fluir de todas as substancialidades do que, deveras, somos diante de um Deus de prosa e histórias inusitadas.
Não fica vislumbrado com a vedete de um sucesso estampado nas revistas de fofocas, nem faz do bizarro uma alternativa de alegria e riso. Torna-se uma voz ativa, ao lado de outros, em refutar a proliferação dos entorpecentes na vida dos jovens, assume a responsabilidade de ser um farol de influenciar as nossas autoridades a efeito de primarem por alvos de cunho humano, etc eres!...
À guisa de toda essa explanação, o homem ruminou as devidas considerações sobre o fato de resgatar o ideal de humanidade, de sentido e destino de ser imago dei. E, paralelamente, reconhece o quão esgarçado estava a sua cristandade, quão esdrúxulas eram suas decisões e sua fé, e como o evangelho dentro da sua vida vertia um gosto de azedume e esperança mórbida.
Por ora, deveríamos também repensar nos itinerários adotados do nosso estilo de cristandade, no limiar do século XXI, perante uma geração escasseada de vida e sonhos.
Ademais, neste texto, somos convidados a redefinimos a Graça, a ugência de sermos mais imaturos e desencanados diante de Deus, a priorizamos copiosamente as benesses de que o evangelho nos lança aos subterrâneos do cotidiano de gente, alma e histórias.
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