Palavra do leitor
- 29 de setembro de 2014
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A síndrome de Babel
Leiamos Salmos 137:1-4:
1 Às margens dos rios de Babilônia, nos assentávamos chorando, lembrando-nos de Sião. 2 Nos salgueiros daquela terra, pendurávamos, então, as nossas harpas, 3 porque aqueles que nos tinham deportado pediam-nos um cântico. Nossos opressores exigiam de nós um hino de alegria: Cantai-nos um dos cânticos de Sião. 4 Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor em terra estranha?
Síndrome. sf (gr syndromé) 1 Conjunto de sintomas que se apresentam numa doença e que a caracterizam. 2 Grupo de coisas concorrentes. 3 Concorrência de condições e resultados; conjuntura: síndrome social, econômica, política.
Uma síndrome é alguma disfunção social manifestada de modo generalizado. A síndrome de Babel é uma disfunção na área do louvor e apresenta entre outras características:
1) Antropocentrismo
Baseado no homem, para a glória dele, para massagear seu ego. Hinos os mais diversos com a letra que prioriza a benção, a vitória, o esmagamento do inimigo, em detrimento da glória de Deus e da gratidão cristã. O que dizer, por exemplo, de trechos como:
Você é um escolhido
E a tua história não acaba aqui
Você pode estar chorando agora
Mas amanhã você irá sorrir.
Quem te viu passar na prova
E não te ajudou
Quando ver você na benção
Vão se arrepender
Vai estar entre a platéia
E você no palco
Vai olhar e ver
Jesus brilhando em você
O problema do antropocentrismo não é apenas porque massageia o ego do ouvinte é porque coloca Deus em segundo plano (Salmos 29:9), nos tornando egoístas e auto-suficientes.
Quantos hinos não há que passam a impressão de que Deus teria obrigação de nos abençoar? Vejamos o seguinte trecho:
Lembra Senhor,
Juraste o Teu amor
E nada pode mudar o que sentes por mim
Nem os meus pecados
Façamos uma ressalva aqui para determinados irmãos que acham que sacros mesmo são os hinos da Harpa. Da mesma maneira que Deus inspirou Frida Vingren e seu maravilhoso "Se Cristo comigo vai eu irei e não temerei", inspirou Marco Aurélio em "Para te adorar, para te exaltar".
2) Desconexão da Igreja
Não importa o tipo de culto, seu objetivo, sua liturgia. É o cantar por cantar, aproveitar a oportunidade. Lutero dizia que o hino é um sermão cantado, enquanto temos certo critério com as pregações (se bem que estão seguindo a mesma tendência), nada filtramos dos hinos.
Parte do problema é que os músicos e grupos por vezes não percebem que são indutores da adoração. São eles que levam a Igreja aos braços de Deus, para glorificar e exaltar o seu nome.
Quando apenas cumprimos nosso compromisso com o grupo não temos tal preocupação. Queremos apenas cumprir tabela, aparecer e como cometas cair num limbo distante do Universo do culto. Acabamos famosos como músicos e anulados como crentes.
Quem nunca viu músicos que se retiram após a execução do seu hino? Note o hino é dele ou do grupo dele! Quantas vezes os componentes de determinado grupo só vão aos trabalhos da Igreja quando o grupo forma? Ele não é parte da Igreja, mas sua Igreja é o grupo.
3) Ritualismo
Não transforma, não salga, não se diferencia. Existe a música como impressão e como expressão, como diz o prezado Pr. Marcelo Oliveira. A primeira impressiona os homens pela qualidade dos músicos, pela voz. É pura, desejável e idealisticamente técnica. Ela visa despertar apenas um sentimento e não comunicar uma mensagem. A segunda é aquela que expressa a glória de Deus, é aquela que dá toda honra, glória, poder, sabedoria, domínio a ELE - Rei dos Reis!
4) Profissionalismo e mercantilismo
Infelizmente, este é um debate maior que nossos templos. Quando havia humildade em nossas igrejas tudo era feito de maneira gratuita, pois o alvo maior era comunitário. Hoje temos pregadores analisando os argumentos de grandes mestres do marketing e cantores analisando os trejeitos dos grandes astros da música. O resultado é uma música plastificada e embalada para consumo, não tem sabor, não tem espiritualidade, só consome o escasso tempo do culto, quando não os suados dízimos e ofertas dos irmãos, em cachês absurdos. - See more at: http://daladier.blogspot.com.br/#sthash.K1JepaeG.dpuf
1 Às margens dos rios de Babilônia, nos assentávamos chorando, lembrando-nos de Sião. 2 Nos salgueiros daquela terra, pendurávamos, então, as nossas harpas, 3 porque aqueles que nos tinham deportado pediam-nos um cântico. Nossos opressores exigiam de nós um hino de alegria: Cantai-nos um dos cânticos de Sião. 4 Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor em terra estranha?
Síndrome. sf (gr syndromé) 1 Conjunto de sintomas que se apresentam numa doença e que a caracterizam. 2 Grupo de coisas concorrentes. 3 Concorrência de condições e resultados; conjuntura: síndrome social, econômica, política.
Uma síndrome é alguma disfunção social manifestada de modo generalizado. A síndrome de Babel é uma disfunção na área do louvor e apresenta entre outras características:
1) Antropocentrismo
Baseado no homem, para a glória dele, para massagear seu ego. Hinos os mais diversos com a letra que prioriza a benção, a vitória, o esmagamento do inimigo, em detrimento da glória de Deus e da gratidão cristã. O que dizer, por exemplo, de trechos como:
Você é um escolhido
E a tua história não acaba aqui
Você pode estar chorando agora
Mas amanhã você irá sorrir.
Quem te viu passar na prova
E não te ajudou
Quando ver você na benção
Vão se arrepender
Vai estar entre a platéia
E você no palco
Vai olhar e ver
Jesus brilhando em você
O problema do antropocentrismo não é apenas porque massageia o ego do ouvinte é porque coloca Deus em segundo plano (Salmos 29:9), nos tornando egoístas e auto-suficientes.
Quantos hinos não há que passam a impressão de que Deus teria obrigação de nos abençoar? Vejamos o seguinte trecho:
Lembra Senhor,
Juraste o Teu amor
E nada pode mudar o que sentes por mim
Nem os meus pecados
Façamos uma ressalva aqui para determinados irmãos que acham que sacros mesmo são os hinos da Harpa. Da mesma maneira que Deus inspirou Frida Vingren e seu maravilhoso "Se Cristo comigo vai eu irei e não temerei", inspirou Marco Aurélio em "Para te adorar, para te exaltar".
2) Desconexão da Igreja
Não importa o tipo de culto, seu objetivo, sua liturgia. É o cantar por cantar, aproveitar a oportunidade. Lutero dizia que o hino é um sermão cantado, enquanto temos certo critério com as pregações (se bem que estão seguindo a mesma tendência), nada filtramos dos hinos.
Parte do problema é que os músicos e grupos por vezes não percebem que são indutores da adoração. São eles que levam a Igreja aos braços de Deus, para glorificar e exaltar o seu nome.
Quando apenas cumprimos nosso compromisso com o grupo não temos tal preocupação. Queremos apenas cumprir tabela, aparecer e como cometas cair num limbo distante do Universo do culto. Acabamos famosos como músicos e anulados como crentes.
Quem nunca viu músicos que se retiram após a execução do seu hino? Note o hino é dele ou do grupo dele! Quantas vezes os componentes de determinado grupo só vão aos trabalhos da Igreja quando o grupo forma? Ele não é parte da Igreja, mas sua Igreja é o grupo.
3) Ritualismo
Não transforma, não salga, não se diferencia. Existe a música como impressão e como expressão, como diz o prezado Pr. Marcelo Oliveira. A primeira impressiona os homens pela qualidade dos músicos, pela voz. É pura, desejável e idealisticamente técnica. Ela visa despertar apenas um sentimento e não comunicar uma mensagem. A segunda é aquela que expressa a glória de Deus, é aquela que dá toda honra, glória, poder, sabedoria, domínio a ELE - Rei dos Reis!
4) Profissionalismo e mercantilismo
Infelizmente, este é um debate maior que nossos templos. Quando havia humildade em nossas igrejas tudo era feito de maneira gratuita, pois o alvo maior era comunitário. Hoje temos pregadores analisando os argumentos de grandes mestres do marketing e cantores analisando os trejeitos dos grandes astros da música. O resultado é uma música plastificada e embalada para consumo, não tem sabor, não tem espiritualidade, só consome o escasso tempo do culto, quando não os suados dízimos e ofertas dos irmãos, em cachês absurdos. - See more at: http://daladier.blogspot.com.br/#sthash.K1JepaeG.dpuf
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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