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Palavra do leitor

A simplicidade do Evangelho (Parte 2)

Realmente existem coisas no Evangelho que atualmente nos chocam, pois ficamos perplexos ao nos deparamos com situações dessas “boas novas” que demonstram profundidade, maturidade, liberdade etc., mas com tamanha simplicidade ao ponto de deixar-nos intrigados. Na semana passada abordei de forma bem sintética a simplicidade do pão da ceia cristã, algo tão rude e simples que se traduz num dos maiores símbolos da fé cristã.

A simplicidade do Evangelho é inquietante porque contrasta nitidamente com as nossas práticas religiosas. Muito se tem falado, praticado e exigido como um verdadeiro sinal de vida cristã, no entanto, ficam completamente distanciadas do verdadeiro Evangelho.

Outro fato, dentre muitos, que é testemunha dessa simplicidade, é a própria linguagem do Evangelho. Nas páginas da Bíblia a linguagem é muito simples, os diálogos usam de um tom até certo ponto monótono, mas retratam a linguagem simples do povo. As parábolas de Cristo eram tomadas das situações comuns do povo, e com isso explicando as verdades do Reino de Deus comparadas às coisas simples do povo, como um agricultor que sai a semear, onde parte das sementes cai à beira do caminho, entre as pedras, no meio dos espinhos, e por fim, numa terra boa. O lírio do campo, as aves do céu, a figueira e até mesmo os conflitos sociais entre judeus e samaritanos são utilizados pela ilustrarem e demonstrarem que as profundezas do Evangelho são de tamanha singularidade em simplicidade.

A linguagem de Jesus era simples, não era clássica como o grego, ou universal como o latim do Império Romano, nem tampouco religiosa como o hebraico do povo judeu do primeiro século. Seu idioma era o aramaico, o idioma de gente simples, gente que trabalhava apenas pelo pão de cada dia, gente que era desprezada pela elite religiosa da época.

A simplicidade da linguagem de Jesus e depois dos seus apóstolos, trazia um pleno entendimento por parte daqueles que os ouviam. Além de falarem do que viviam se identificavam com os seus ouvintes. Este fato se apresenta muitas vezes como o principal elemento de distanciamento entre o povo e a igreja, ou seja, a falta de fazer-se entender do religioso para com o seu povo.

Jesus Cristo comunicava céu, inferno, morte, vida, vida eterna, fé, oração, jejum, ressurreição, Deus como Pai, a vinda do Espírito Santo, etc., tudo isso mergulhado numa incrível simplicidade ao ponto do povo olhar para Ele e comparar com os fariseus, pois reconheciam nele, uma comunicação como alguém que tem autoridade.

A linguagem do cristianismo necessita, e de forma urgente, ser embebida em simplicidade. É necessário que o cristão e aqueles que pastoreiam venham a se desprender das cascas religiosas, das máscaras litúrgicas, das interpretações tendenciosas das Escrituras Sagradas e se detenham em entender que o mistério da fé é simples. O Evangelho é de fácil assimilação para qualquer homem, independente de sua posição social e intelectual, o homem tem dentro de si, já inserida pelo próprio Deus, a capacidade espiritual e racional de entender e viver a fé.

Cristianismo e complexidade não conseguem caminhar muito tempo junto, um tem que dar lugar ao outro, bem como cristianismo e falta de liberdade, cristianismo e violência, e por fim, cristianismo e engano não posam juntos na mesma foto.
Araranguá - SC
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