Palavra do leitor
- 29 de abril de 2009
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A seiva da Reforma
Neste texto, convido-lhes a meditarmos sobre os rumos da nossa vida cristã, sem culpa e remorso.
O estopim causado pelo irradiar das ideias preconzidas pela Reforma Protestante, sem sombra de dúvida, merece um melhor e maior enfoque.
Por mais pontos de relutância possa surgir, os desfechos e impactos desse movimento propiciou o ponto de partida a efeito de ser removido um estado de obscurantismo.
Arrisco lançar uma pertinente e instigante afirmativa sobre a contribuição trazida pelos expoentes e partícipes desse movimento não restrito a dimensão espiritual, mas também social e humana.
Vale dizer, um movimento responsável por ser o gérmen na busca da liberdade (a partir da liberdade de confissão religiosa, houve um desdobrar de outras, tais como de expressão, manifestação de pensamentos e por ai vai), na autonomia, de parâmetros necessáris e vitais entre a esfera pública e privada.
É bem verdade, no desdobrar da propalação da reforma, em muitos nações, acabou por fenecer numa mera experiência eclesiástica institucionalizada e atrelada a ser uma mera caricatura, voltada a agradar uns e outros.
Agora, novamente enfatizo o quão fundamental e salutar constituiu o resgate da liberdade espiritual e por que não atestar moral instaurada pela reforma. Devemos realçar a busca pela liberdade, igualdade, justiça e dignidade de ordem procedimental e de atitudes, a partir desse movimento.
Nisto, adentro numa incursão rápida e não compacta, nos expoentes desse movimento, caso de Lutero e Calvino entre outros. Ambos não estiveram alienados e a léguas de distância da situação de aflição e opressão, ao qual as pessoas eram submetidas.
Evidentemente, não podemos imputá-los a autoria por certos desvarios e mazelas que mancharam muitos episódios da reforma, com casos de intolerância e até cerceamento da liberdade.
Simplesmente, ressalto, conforme já dito em linhas acima, a suma importância da reforma em desencadear o florescer da liberdade e isto acabou por ser espargir no âmbito da política, da economia, da feitura legislativa e jurisdicional pautadas em romper com todo um estado de assolar o ser humano etceres.
A grosso modo, a reforma deve ser interpretada como um despertar em direção a mudanças e transformações, cujos efeitos representaram um marco na história da humanidade. Neste ínterim, com a ressonância de romper com o poder monolítico, paradigmatizado pela Igreja Católica, trouxe à baila uma seiva no que toca à valorizar as potencialidade humanas.
Eis aqui, neste ponto supracitado, um dos embriões da ética protestante, composta na singular habilidade de Max Weber.
Partindo dessas colocações discorridas sobre a reforma e sua contribuição, no palco do Séc. XXI, interpreto uma postura evangélica mais afeiçoada a cumprir ritualismos, ou atos litúrgicos, ou a permanecer prostrado na nostalgia de fatos passados. Afinal de contas, pra que mexer e remexer em casa de maribondos?
Entrementes, somos privados de um acabouço teológico, ética, cultural e espiritual que nos levaria a estar no fronte, estimulando-no a assumir a incumbência de chacoalhar as instituições vigentes com um benéfico discurso de esperança. Diga-se de passagem, uma esperança genuína, um amor apto a criar oportunidades, uma justiça criativa e uma mensagem de boas-novas inclinadas refinar a nossa humanidade.
Diametralmente em oposição a um pseudo-evangelho de prateleiras, de permutas espirtuais, impregnado pelo relativismo e individualismo, deveríamos entoar a seiva da reforma:
- ''Espera aí! Há alternativas! Há uma via interdialogal com as demais correntes cristãs (seja protestante, pentecostais, ortodoxas e por qual moltivo não católicas)!''...
Isto implica decidirmos por um evangelho de respeito e dignidade a vida, ao próximo e a nós. Dizer um não cabal e peremptório diante das agruras ou dissabores, das arbitrariedades e frustrações que mancham este mundo.
Enfim, experimentarmos os lampejos da eternidade, aqui neste mundo, numa postural inegociável em prol da justiça, da paz, da alegria, da docilidade, do afago e do sorriso do mestre.
Em outras palavras, cultivar e acolher utopias possíveis. Sem maquiagens teológicas, sem interpretar o papel de guetos espirituais, sem ser lembrado como membro da igreja do bairro e mais nada, sem tornar o evangelho uma rotinização tenebrosa e inumanizada.
Ao invés disso, arreguassar as mangas e banhados pela palavra-mestra e ao lado do Espírito Santo, sem abrir de uma vida cristã comunitária e de interdependência, sejamos embevecidos pela seiva de um evangelho de viço e frescor pela vida.
Ademais, encerro com a seguinte frase: "Ser cristão envolve tornar Deus partícipe do nosso tempo!''.
O estopim causado pelo irradiar das ideias preconzidas pela Reforma Protestante, sem sombra de dúvida, merece um melhor e maior enfoque.
Por mais pontos de relutância possa surgir, os desfechos e impactos desse movimento propiciou o ponto de partida a efeito de ser removido um estado de obscurantismo.
Arrisco lançar uma pertinente e instigante afirmativa sobre a contribuição trazida pelos expoentes e partícipes desse movimento não restrito a dimensão espiritual, mas também social e humana.
Vale dizer, um movimento responsável por ser o gérmen na busca da liberdade (a partir da liberdade de confissão religiosa, houve um desdobrar de outras, tais como de expressão, manifestação de pensamentos e por ai vai), na autonomia, de parâmetros necessáris e vitais entre a esfera pública e privada.
É bem verdade, no desdobrar da propalação da reforma, em muitos nações, acabou por fenecer numa mera experiência eclesiástica institucionalizada e atrelada a ser uma mera caricatura, voltada a agradar uns e outros.
Agora, novamente enfatizo o quão fundamental e salutar constituiu o resgate da liberdade espiritual e por que não atestar moral instaurada pela reforma. Devemos realçar a busca pela liberdade, igualdade, justiça e dignidade de ordem procedimental e de atitudes, a partir desse movimento.
Nisto, adentro numa incursão rápida e não compacta, nos expoentes desse movimento, caso de Lutero e Calvino entre outros. Ambos não estiveram alienados e a léguas de distância da situação de aflição e opressão, ao qual as pessoas eram submetidas.
Evidentemente, não podemos imputá-los a autoria por certos desvarios e mazelas que mancharam muitos episódios da reforma, com casos de intolerância e até cerceamento da liberdade.
Simplesmente, ressalto, conforme já dito em linhas acima, a suma importância da reforma em desencadear o florescer da liberdade e isto acabou por ser espargir no âmbito da política, da economia, da feitura legislativa e jurisdicional pautadas em romper com todo um estado de assolar o ser humano etceres.
A grosso modo, a reforma deve ser interpretada como um despertar em direção a mudanças e transformações, cujos efeitos representaram um marco na história da humanidade. Neste ínterim, com a ressonância de romper com o poder monolítico, paradigmatizado pela Igreja Católica, trouxe à baila uma seiva no que toca à valorizar as potencialidade humanas.
Eis aqui, neste ponto supracitado, um dos embriões da ética protestante, composta na singular habilidade de Max Weber.
Partindo dessas colocações discorridas sobre a reforma e sua contribuição, no palco do Séc. XXI, interpreto uma postura evangélica mais afeiçoada a cumprir ritualismos, ou atos litúrgicos, ou a permanecer prostrado na nostalgia de fatos passados. Afinal de contas, pra que mexer e remexer em casa de maribondos?
Entrementes, somos privados de um acabouço teológico, ética, cultural e espiritual que nos levaria a estar no fronte, estimulando-no a assumir a incumbência de chacoalhar as instituições vigentes com um benéfico discurso de esperança. Diga-se de passagem, uma esperança genuína, um amor apto a criar oportunidades, uma justiça criativa e uma mensagem de boas-novas inclinadas refinar a nossa humanidade.
Diametralmente em oposição a um pseudo-evangelho de prateleiras, de permutas espirtuais, impregnado pelo relativismo e individualismo, deveríamos entoar a seiva da reforma:
- ''Espera aí! Há alternativas! Há uma via interdialogal com as demais correntes cristãs (seja protestante, pentecostais, ortodoxas e por qual moltivo não católicas)!''...
Isto implica decidirmos por um evangelho de respeito e dignidade a vida, ao próximo e a nós. Dizer um não cabal e peremptório diante das agruras ou dissabores, das arbitrariedades e frustrações que mancham este mundo.
Enfim, experimentarmos os lampejos da eternidade, aqui neste mundo, numa postural inegociável em prol da justiça, da paz, da alegria, da docilidade, do afago e do sorriso do mestre.
Em outras palavras, cultivar e acolher utopias possíveis. Sem maquiagens teológicas, sem interpretar o papel de guetos espirituais, sem ser lembrado como membro da igreja do bairro e mais nada, sem tornar o evangelho uma rotinização tenebrosa e inumanizada.
Ao invés disso, arreguassar as mangas e banhados pela palavra-mestra e ao lado do Espírito Santo, sem abrir de uma vida cristã comunitária e de interdependência, sejamos embevecidos pela seiva de um evangelho de viço e frescor pela vida.
Ademais, encerro com a seguinte frase: "Ser cristão envolve tornar Deus partícipe do nosso tempo!''.
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