Palavra do leitor
- 29 de abril de 2009
- Visualizações: 3068
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
A seiva da Reforma
Neste texto, convido-lhes a meditarmos sobre os rumos da nossa vida cristã, sem culpa e remorso.
O estopim causado pelo irradiar das ideias preconzidas pela Reforma Protestante, sem sombra de dúvida, merece um melhor e maior enfoque.
Por mais pontos de relutância possa surgir, os desfechos e impactos desse movimento propiciou o ponto de partida a efeito de ser removido um estado de obscurantismo.
Arrisco lançar uma pertinente e instigante afirmativa sobre a contribuição trazida pelos expoentes e partícipes desse movimento não restrito a dimensão espiritual, mas também social e humana.
Vale dizer, um movimento responsável por ser o gérmen na busca da liberdade (a partir da liberdade de confissão religiosa, houve um desdobrar de outras, tais como de expressão, manifestação de pensamentos e por ai vai), na autonomia, de parâmetros necessáris e vitais entre a esfera pública e privada.
É bem verdade, no desdobrar da propalação da reforma, em muitos nações, acabou por fenecer numa mera experiência eclesiástica institucionalizada e atrelada a ser uma mera caricatura, voltada a agradar uns e outros.
Agora, novamente enfatizo o quão fundamental e salutar constituiu o resgate da liberdade espiritual e por que não atestar moral instaurada pela reforma. Devemos realçar a busca pela liberdade, igualdade, justiça e dignidade de ordem procedimental e de atitudes, a partir desse movimento.
Nisto, adentro numa incursão rápida e não compacta, nos expoentes desse movimento, caso de Lutero e Calvino entre outros. Ambos não estiveram alienados e a léguas de distância da situação de aflição e opressão, ao qual as pessoas eram submetidas.
Evidentemente, não podemos imputá-los a autoria por certos desvarios e mazelas que mancharam muitos episódios da reforma, com casos de intolerância e até cerceamento da liberdade.
Simplesmente, ressalto, conforme já dito em linhas acima, a suma importância da reforma em desencadear o florescer da liberdade e isto acabou por ser espargir no âmbito da política, da economia, da feitura legislativa e jurisdicional pautadas em romper com todo um estado de assolar o ser humano etceres.
A grosso modo, a reforma deve ser interpretada como um despertar em direção a mudanças e transformações, cujos efeitos representaram um marco na história da humanidade. Neste ínterim, com a ressonância de romper com o poder monolítico, paradigmatizado pela Igreja Católica, trouxe à baila uma seiva no que toca à valorizar as potencialidade humanas.
Eis aqui, neste ponto supracitado, um dos embriões da ética protestante, composta na singular habilidade de Max Weber.
Partindo dessas colocações discorridas sobre a reforma e sua contribuição, no palco do Séc. XXI, interpreto uma postura evangélica mais afeiçoada a cumprir ritualismos, ou atos litúrgicos, ou a permanecer prostrado na nostalgia de fatos passados. Afinal de contas, pra que mexer e remexer em casa de maribondos?
Entrementes, somos privados de um acabouço teológico, ética, cultural e espiritual que nos levaria a estar no fronte, estimulando-no a assumir a incumbência de chacoalhar as instituições vigentes com um benéfico discurso de esperança. Diga-se de passagem, uma esperança genuína, um amor apto a criar oportunidades, uma justiça criativa e uma mensagem de boas-novas inclinadas refinar a nossa humanidade.
Diametralmente em oposição a um pseudo-evangelho de prateleiras, de permutas espirtuais, impregnado pelo relativismo e individualismo, deveríamos entoar a seiva da reforma:
- ''Espera aí! Há alternativas! Há uma via interdialogal com as demais correntes cristãs (seja protestante, pentecostais, ortodoxas e por qual moltivo não católicas)!''...
Isto implica decidirmos por um evangelho de respeito e dignidade a vida, ao próximo e a nós. Dizer um não cabal e peremptório diante das agruras ou dissabores, das arbitrariedades e frustrações que mancham este mundo.
Enfim, experimentarmos os lampejos da eternidade, aqui neste mundo, numa postural inegociável em prol da justiça, da paz, da alegria, da docilidade, do afago e do sorriso do mestre.
Em outras palavras, cultivar e acolher utopias possíveis. Sem maquiagens teológicas, sem interpretar o papel de guetos espirituais, sem ser lembrado como membro da igreja do bairro e mais nada, sem tornar o evangelho uma rotinização tenebrosa e inumanizada.
Ao invés disso, arreguassar as mangas e banhados pela palavra-mestra e ao lado do Espírito Santo, sem abrir de uma vida cristã comunitária e de interdependência, sejamos embevecidos pela seiva de um evangelho de viço e frescor pela vida.
Ademais, encerro com a seguinte frase: "Ser cristão envolve tornar Deus partícipe do nosso tempo!''.
O estopim causado pelo irradiar das ideias preconzidas pela Reforma Protestante, sem sombra de dúvida, merece um melhor e maior enfoque.
Por mais pontos de relutância possa surgir, os desfechos e impactos desse movimento propiciou o ponto de partida a efeito de ser removido um estado de obscurantismo.
Arrisco lançar uma pertinente e instigante afirmativa sobre a contribuição trazida pelos expoentes e partícipes desse movimento não restrito a dimensão espiritual, mas também social e humana.
Vale dizer, um movimento responsável por ser o gérmen na busca da liberdade (a partir da liberdade de confissão religiosa, houve um desdobrar de outras, tais como de expressão, manifestação de pensamentos e por ai vai), na autonomia, de parâmetros necessáris e vitais entre a esfera pública e privada.
É bem verdade, no desdobrar da propalação da reforma, em muitos nações, acabou por fenecer numa mera experiência eclesiástica institucionalizada e atrelada a ser uma mera caricatura, voltada a agradar uns e outros.
Agora, novamente enfatizo o quão fundamental e salutar constituiu o resgate da liberdade espiritual e por que não atestar moral instaurada pela reforma. Devemos realçar a busca pela liberdade, igualdade, justiça e dignidade de ordem procedimental e de atitudes, a partir desse movimento.
Nisto, adentro numa incursão rápida e não compacta, nos expoentes desse movimento, caso de Lutero e Calvino entre outros. Ambos não estiveram alienados e a léguas de distância da situação de aflição e opressão, ao qual as pessoas eram submetidas.
Evidentemente, não podemos imputá-los a autoria por certos desvarios e mazelas que mancharam muitos episódios da reforma, com casos de intolerância e até cerceamento da liberdade.
Simplesmente, ressalto, conforme já dito em linhas acima, a suma importância da reforma em desencadear o florescer da liberdade e isto acabou por ser espargir no âmbito da política, da economia, da feitura legislativa e jurisdicional pautadas em romper com todo um estado de assolar o ser humano etceres.
A grosso modo, a reforma deve ser interpretada como um despertar em direção a mudanças e transformações, cujos efeitos representaram um marco na história da humanidade. Neste ínterim, com a ressonância de romper com o poder monolítico, paradigmatizado pela Igreja Católica, trouxe à baila uma seiva no que toca à valorizar as potencialidade humanas.
Eis aqui, neste ponto supracitado, um dos embriões da ética protestante, composta na singular habilidade de Max Weber.
Partindo dessas colocações discorridas sobre a reforma e sua contribuição, no palco do Séc. XXI, interpreto uma postura evangélica mais afeiçoada a cumprir ritualismos, ou atos litúrgicos, ou a permanecer prostrado na nostalgia de fatos passados. Afinal de contas, pra que mexer e remexer em casa de maribondos?
Entrementes, somos privados de um acabouço teológico, ética, cultural e espiritual que nos levaria a estar no fronte, estimulando-no a assumir a incumbência de chacoalhar as instituições vigentes com um benéfico discurso de esperança. Diga-se de passagem, uma esperança genuína, um amor apto a criar oportunidades, uma justiça criativa e uma mensagem de boas-novas inclinadas refinar a nossa humanidade.
Diametralmente em oposição a um pseudo-evangelho de prateleiras, de permutas espirtuais, impregnado pelo relativismo e individualismo, deveríamos entoar a seiva da reforma:
- ''Espera aí! Há alternativas! Há uma via interdialogal com as demais correntes cristãs (seja protestante, pentecostais, ortodoxas e por qual moltivo não católicas)!''...
Isto implica decidirmos por um evangelho de respeito e dignidade a vida, ao próximo e a nós. Dizer um não cabal e peremptório diante das agruras ou dissabores, das arbitrariedades e frustrações que mancham este mundo.
Enfim, experimentarmos os lampejos da eternidade, aqui neste mundo, numa postural inegociável em prol da justiça, da paz, da alegria, da docilidade, do afago e do sorriso do mestre.
Em outras palavras, cultivar e acolher utopias possíveis. Sem maquiagens teológicas, sem interpretar o papel de guetos espirituais, sem ser lembrado como membro da igreja do bairro e mais nada, sem tornar o evangelho uma rotinização tenebrosa e inumanizada.
Ao invés disso, arreguassar as mangas e banhados pela palavra-mestra e ao lado do Espírito Santo, sem abrir de uma vida cristã comunitária e de interdependência, sejamos embevecidos pela seiva de um evangelho de viço e frescor pela vida.
Ademais, encerro com a seguinte frase: "Ser cristão envolve tornar Deus partícipe do nosso tempo!''.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 29 de abril de 2009
- Visualizações: 3068
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados
- O papel da Igreja frente à sociedade
- O apelido da mentira!
- Não me imiscuo em política!
- Por que as pessoas não acreditam?
- Os Irmãos Karamázov
- Entre a morte do cachorrinho e o nascimento do bebezinho
- Não havera terceiro templo
- Cuidar até o fim
- Ninguém explica Deus, será mesmo?
- Cristo Rei: tradição e missão no reinado