A salvação é um capacete e muito mais

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"Vocês são salvos pela graça" afirma São Paulo. Onde está a ênfase? Gostamos de colocá-la na graça. Mas eu afirmo, ela se assenta no "vocês são salvos"! Paulo afirmou vocês "são" salvos. Não é, vocês "serão" ou "eram" salvos. São salvos. Presente. Realidade consumada e imutável.

Somos salvos, essa é a grande verdade, pela qual vocês podem se alegrar infinita e eternamente.

Salvo? Para sempre? Tudo parece muito bom e muito fácil para ser verdade. Por que? O que fizemos? E se vacilarmos... será que serei ainda assim salvo?

Bem, precisamos examinar o que é ser salvo e onde se assenta essa salvação. A salvação tem muitas facetas e muitas implicações.

Paulo começa explicando que Deus nos vivificou, estando nós mortos. Não somente mortos, mas mortos em ofensas e pecados. A salvação é uma vivificação. É passar da morte para a vida. É vida eterna!

O que se faz para alcançar essa graça? Nada. Pois um morto não pode fazer nada. Muito menos algo bom, sendo um morto que ainda por cima está "afogado em pecados e ofensas". Temos realmente que parar de pensar que somos de alguma forma especiais e por isso alcançamos a salvação. Não há nada em nós que nos faz alcançá-la, não há nada que poderíamos realizar para recebê-la.

Paulo também diz que fomos vivificados com Cristo. Salvação é comunhão com Jesus Cristo. Perdição e morte é estar separado de Cristo. Salvação é estar unido a Ele! Por isso, nossa salvação se assenta no fato de que Jesus ressuscitou e está vivo. Ele é o Salvador. Enquanto andou nesse mundo pelas estradas da Judeia cuidou para que houvesse cura, perdão, libertação, fartura, ressurreição e vida em abundância. Assim, é a mais pura verdade, que enquanto Jesus Cristo estiver vivo (o que bem sabemos, se perpetuará eternamente) temos a certeza de que Ele cuidará de nós, pois é bondoso e poderoso suficientemente para isso. Ele é nossa salvação.

Salvação é também paz, perdão, vida de santidade em boas obras. A salvação é uma mudança radical interior que se manifesta exteriormente e culmina com uma mudança do ambiente: saímos do andar "segundo o curso deste mundo" e somos transportados para o "assentar nos lugares celestiais".

Como costuma-se dizer, podemos perder a alegria da salvação, mas nunca jamais a salvação em si. Davi orou "torna a dar-me a alegria da tua salvação", e não, torna a dar-me a tua salvação.

Ser salvo não é motivo de orgulho, mas de muita alegria e satisfação. Jesus também enfatizou a alegria advinda da salvação de várias maneiras. No sermão do monte, onde repete nove vezes "bem aventurados" ou "felizes aos olhos de Deus" são vocês. Por quê? Por que vosso é o Reino dos Céus, porque vocês serão saciados, alcançarão misericórdia, e assim por diante.

Jesus também disse, alegrai-vos antes por terem os vossos nomes escritos nos céus. O que é ter o nome escrito nos céus, a não ser, ser salvo? Quero ilustrar assim para enfatizar um pouco mais essa verdade: muita gente procura e sonha em trabalhar para uma multinacional de sua cidade ou região. Geralmente são grandes firmas que oferecem estabilidade, benefícios e um bom salário e perspectiva de carreira. Alegrem-se que seus nomes estão na "folha de pagamento" dos céus!

Por que não perdemos a salvação? Porque nosso Salvador vive. Porque salvação é vida eterna - e aquilo que é eterno não acaba nunca! Não precisamos baixar a guarda, mas não precisamos viver estressados, pois de fato a salvação é pela graça e não um mérito nosso. Podemos descansar nisto.

Finalizando Paulo irá lembrar-nos no fim de sua carta que a salvação é um capacete. Ela protege nossa cabeça, nossa mente, nossos pensamentos. Você é salvo. Pense nisto!

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Opinião do leitor