Palavra do leitor
- 30 de junho de 2021
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À revelia
"Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei e, segundo a [nossa lei], deve morrer, porque se fez Filho de Deus" Jo 19;7.
O termo "Judeu" segundo a Bíblia define um membro da tribo de Judá [termo que significa abençoado ou louvado], e também denominado "Povo de Deus". Segundo a história, surgiu aproximadamente dois mil anos antes de Cristo com Abraão, o qual, a Bíblia chama de "Hebreu" Gn 14;13. O pai dos Judeus.
Não obstante este aparato histórico, o contexto abarca também a conotação grega do nome "Judá" que significa Judas; o ladrão, que o vendeu e traiu. Apesar de terem sido escolhidos para ser bênção, conforme escrito: "Farei de ti uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei teu nome; e tu serás uma bênção" Gn 12;2, tornaram-se desventurados, ímpios e apóstatas.
A prevaricação da Nação Eleita é tal, que é difícil mensurar, pois chega à raia da subversão. O absurdo se revela em parte na expressão supra: "segundo nossa lei". Começa que a dita "lei" não era judaica mas divina. Ademais, não se aplica a Deus, mas ao ser humano. Por outro lado, a lei preceitua: "não matarás" Ex 20;13. Que contravenção!
O agravante é que em oposição à lei, o veredito foi "deve morrer!" A acusação? Ter-se "feito" filho de Deus. O sofisma a que recorrem é algo inconcebível, afinal, não se trata de um homem "fazendo-se" filho de Deus, mas do próprio Deus feito "filho" do homem. "Ele esvaziou-se, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhante aos seres humanos. E, [reconhecido] em figura humana" Fp 2;7. Que tenebrosa interpretação!
O termo "reconhecido" implica identificar o que de antemão já se conhece. Portanto, neste drama é perceptível a dinâmica da psicologia inversa, da alma avessa sob influência maligna. O "re" conhecimento, é feito tanto pela alma distanciada de Deus, a qual o reconhece, visto que d’Ele procede, quanto por seu manipulador oculto, que fora expulso do Céu.
O contexto revela o estado abissal e deplorável da alma tenebrosa pois, a sentença aplicada a Cristo é uma prevaricação, uma antítese, uma injustiça, uma inversão, um sacrilégio; o cúmulo do absurdo, uma blasfêmia, o maior anátema, enfim faltam palavras para definir, afinal, era interpretada em sentido distorcido, e contra o próprio Legislador.
O disparate incide sobre o fato que conheciam as profecias acerca Daquele que nasceria da "semente da mulher", Gn 3;15. O Espírito Santo revela quem é o menino nascido da virgem: "Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" Is 9;6. Entretanto ali estava a "semente" da serpente; uma raça de víboras! Mt 23;33. Estes, erram, porque não conhecem as escrituras nem o poder [Espírito] de Deus. Mt 22;29.
"Segundo a nossa lei deve morrer!" Porém, Jesus lança em rosto a excentricidade do legalismo cego: "Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses?" Jo 10;34. Que dilema segundo a lei da carne, Deus deve morrer! Entretanto, Ele não morre em si mas, é morto no coração do ímpio. Talvez por esta razão Nietzsche afirmou: "Deus está morto!", pois também ele o tinha matado, no abismo do ceticismo.
Jesus os confrontou com a lei, que alegavam cumprir: "Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida, e a Escritura não pode ser anulada, Aquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?" Jo 10;35,36.
Está escrito: "Os deuses que não fizeram os céus e a terra desaparecerão da terra, e debaixo deste céu" Jr 10;11. Parece que aqueles deuses aplicaram ao Deus imortal invisível, a pena que lhes era cabível pois, se fizeram como Deus. Isso foi dito pelo próprio Senhor: "Eis que o homem é [como] um de nós, sabendo o bem e o mal". Gn 3;19.
Inegavelmente a "lei" estava sendo cumprida, entretanto se tratava da lei do pecado e da morte, que resiste à lei do espírito de vida, conforme Rm 8;2. A lei da carne que inclina-se para a morte, a lei da religião que consiste em preceitos humanos, a lei dos instintos que rege o "império" dos sentidos. Porém, a lei de Deus estava sendo profanada.
Portanto nesta situação revel aqueles que foram chamados para "ser uma bênção" se tornaram execráveis, e os que para louvor blasfemavam, os que diziam-se filhos de Abraão obedeciam o pai da mentira, e os que afirmavam-se servos de Deus, serviam ao deus deste século. 2 Co 4;4.
Segundo a "nossa lei" também deve ser entendido no contexto da alma, a qual está predestinada, para morte ou para vida, tudo depende de escolha. O texto sagrado diz: "Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis" Rm 8;13. Ambos contextos podem afirmar com propriedade que: segundo a "sua" lei deve morrer. Condena-se Cristo no coração, ou o coração em Cristo!
Como disse Shakespeare "Ser ou não ser, eis a questão!" Cristo escolheu "não ser", despindo-se da glória de Deus fazendo-se semelhante aos homens; de igual forma o ser humano precisa despir-se do pecado para ser feito imagem de Deus.
O termo "Judeu" segundo a Bíblia define um membro da tribo de Judá [termo que significa abençoado ou louvado], e também denominado "Povo de Deus". Segundo a história, surgiu aproximadamente dois mil anos antes de Cristo com Abraão, o qual, a Bíblia chama de "Hebreu" Gn 14;13. O pai dos Judeus.
Não obstante este aparato histórico, o contexto abarca também a conotação grega do nome "Judá" que significa Judas; o ladrão, que o vendeu e traiu. Apesar de terem sido escolhidos para ser bênção, conforme escrito: "Farei de ti uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei teu nome; e tu serás uma bênção" Gn 12;2, tornaram-se desventurados, ímpios e apóstatas.
A prevaricação da Nação Eleita é tal, que é difícil mensurar, pois chega à raia da subversão. O absurdo se revela em parte na expressão supra: "segundo nossa lei". Começa que a dita "lei" não era judaica mas divina. Ademais, não se aplica a Deus, mas ao ser humano. Por outro lado, a lei preceitua: "não matarás" Ex 20;13. Que contravenção!
O agravante é que em oposição à lei, o veredito foi "deve morrer!" A acusação? Ter-se "feito" filho de Deus. O sofisma a que recorrem é algo inconcebível, afinal, não se trata de um homem "fazendo-se" filho de Deus, mas do próprio Deus feito "filho" do homem. "Ele esvaziou-se, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhante aos seres humanos. E, [reconhecido] em figura humana" Fp 2;7. Que tenebrosa interpretação!
O termo "reconhecido" implica identificar o que de antemão já se conhece. Portanto, neste drama é perceptível a dinâmica da psicologia inversa, da alma avessa sob influência maligna. O "re" conhecimento, é feito tanto pela alma distanciada de Deus, a qual o reconhece, visto que d’Ele procede, quanto por seu manipulador oculto, que fora expulso do Céu.
O contexto revela o estado abissal e deplorável da alma tenebrosa pois, a sentença aplicada a Cristo é uma prevaricação, uma antítese, uma injustiça, uma inversão, um sacrilégio; o cúmulo do absurdo, uma blasfêmia, o maior anátema, enfim faltam palavras para definir, afinal, era interpretada em sentido distorcido, e contra o próprio Legislador.
O disparate incide sobre o fato que conheciam as profecias acerca Daquele que nasceria da "semente da mulher", Gn 3;15. O Espírito Santo revela quem é o menino nascido da virgem: "Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" Is 9;6. Entretanto ali estava a "semente" da serpente; uma raça de víboras! Mt 23;33. Estes, erram, porque não conhecem as escrituras nem o poder [Espírito] de Deus. Mt 22;29.
"Segundo a nossa lei deve morrer!" Porém, Jesus lança em rosto a excentricidade do legalismo cego: "Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses?" Jo 10;34. Que dilema segundo a lei da carne, Deus deve morrer! Entretanto, Ele não morre em si mas, é morto no coração do ímpio. Talvez por esta razão Nietzsche afirmou: "Deus está morto!", pois também ele o tinha matado, no abismo do ceticismo.
Jesus os confrontou com a lei, que alegavam cumprir: "Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida, e a Escritura não pode ser anulada, Aquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?" Jo 10;35,36.
Está escrito: "Os deuses que não fizeram os céus e a terra desaparecerão da terra, e debaixo deste céu" Jr 10;11. Parece que aqueles deuses aplicaram ao Deus imortal invisível, a pena que lhes era cabível pois, se fizeram como Deus. Isso foi dito pelo próprio Senhor: "Eis que o homem é [como] um de nós, sabendo o bem e o mal". Gn 3;19.
Inegavelmente a "lei" estava sendo cumprida, entretanto se tratava da lei do pecado e da morte, que resiste à lei do espírito de vida, conforme Rm 8;2. A lei da carne que inclina-se para a morte, a lei da religião que consiste em preceitos humanos, a lei dos instintos que rege o "império" dos sentidos. Porém, a lei de Deus estava sendo profanada.
Portanto nesta situação revel aqueles que foram chamados para "ser uma bênção" se tornaram execráveis, e os que para louvor blasfemavam, os que diziam-se filhos de Abraão obedeciam o pai da mentira, e os que afirmavam-se servos de Deus, serviam ao deus deste século. 2 Co 4;4.
Segundo a "nossa lei" também deve ser entendido no contexto da alma, a qual está predestinada, para morte ou para vida, tudo depende de escolha. O texto sagrado diz: "Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis" Rm 8;13. Ambos contextos podem afirmar com propriedade que: segundo a "sua" lei deve morrer. Condena-se Cristo no coração, ou o coração em Cristo!
Como disse Shakespeare "Ser ou não ser, eis a questão!" Cristo escolheu "não ser", despindo-se da glória de Deus fazendo-se semelhante aos homens; de igual forma o ser humano precisa despir-se do pecado para ser feito imagem de Deus.
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