A religião confortável

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John MacArthur Jr., pastor na Califórnia e a autor do livro "Como Obter o Máximo da Palavra de Deus", reuniu alguns anúncios de jornais de algumas igrejas. Eis alguns deles: "...os cultos são informais. Os ouvintes não são considerados pecadores. Queremos que se sintam bem-vindos"; "...aqui, os sermões são relevantes, otimistas e, o melhor de tudo, curtos. A pregação aqui nem se parece com pregação. É um bate-papo sofisticado, educado e amigável."; "Aqui não pressionamos as pessoas. As mensagens são práticas, rápidas e extremamente divertidas.".

Para atrair e segurar o seu "público", as igrejas estão usando todo tipo de estratégia. E a principal delas é o "sinta-se bem". Esta é a lei que rege o mundo. Se alguém vai a uma loja e não é bem tratado, esse alguém nunca mais volta lá. Se liga a televisão, é ele quem escolhe o vai assistir. Se algo o desagrada, simplesmente muda de canal. Mas quando vai à igreja e ouve o pregador lhe dizendo que é pecador e que deve, sempre, buscar a Deus e reformar-se em sua conduta, ah... tenha santa paciência! Isso é coisa do passado! Estamos no século XXI! Não posso continuar em uma comunidade assim! Preciso procurar uma igreja onde o culto é mais "gostoso" e "confortável". E assim, para atender a demanda lúdica, muitas igrejas transformam os seus cultos em grandes espetáculos onde os shows, a diversão e a fantasia predominam. E aí, ao final de tudo, o cristão-cliente diz a célebre frase: "o culto foi uma bênção!"

Cremos que não há nada de errado em se sentir bem e confortado em um culto onde a Palavra de Deus foi pregada de forma legítima. Mas também cremos que, não há nada de errado em sermos admoestados pelo Senhor através do mesmo culto e da mesma Palavra. o culto (a adoração, a contrição, o ofertório, a proclamação da Palavra e a despedida) sempre deve ser algo impactante na vida do crente e sempre deve desafiá-lo a viver, da melhor forma, a caminhada cristã.

A Bíblia nos diz que "sem profecia, o povo se corrompe..." (Pv 29. 18 a). e que na maioria das vezes necessitamos ser afligidos para, aí sim, experimentarmos um real conforto em nossas vidas, perante Deus e perante a nós mesmos (Sl 119. 11, 65, 67, 71, 72).

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Opinião do leitor