Palavra do leitor
- 20 de novembro de 2008
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A Reforma é anti-bíblica (parte 5)
Admiro-me com nosso amigo leitor, pastor, da cidade de Natércia, que também envia seus textos regularmente para esse espaço que a Ultimato nos proporciona. (aliás, parabéns para Ultimato e pelo incentivo à liberdade de expressão).
Obviamente, a centena que medita nos textos que vem deste irmão do Sul de Minas é bem diferente das poucas dezenas que meditam nos textos que são enviados aqui do sul da Bavária, pois corremos em direções completamente opostas.
Mas as ideologias que vem lá das proximidades de Poços de Caldas são, para mim, um ótimo exemplo (negativamente falando, claro) daquilo que gostaria de transmitir nessa série “A Reforma é anti-bíblica”. Não tenho nada pessoal contra ninguém relacionado a Natércia. Talvez a Comunidade lá ature bem essas “teologias” e viva até em harmonia e a coisa até funcione lá...
Mas o cerne da questão, das idéias que são expressas por meio daquele colega, é altamente pernicioso, e é o que vemos espalhado no meio Evangélico pelo Brasil afora. Poderia extrair várias passagens daqueles escritos para exemplificar o que estou dizendo e tornar a coisa mais objetiva, talvez faça isso em um próximo texto. Deixarei aqui apenas uma, a qual me incomodou profundamente: “Os discípulos conviveram com doenças sociais (...) não há nenhum caso dos discípulos substituindo a responsabilidade de pregar e ministrar a Palavra de Deus para resolver tais fatos sociais.”
Infelizmente essa é a mentalidade largamente divulgada por aí que mostra um total desconhecimento do que sejam fatos sociais, responsabilidades ministeriais, Reino de Deus, pregação da Palavra e discipulado. Enfim total desconhecimento Bíblico e da história da igreja de Deus.
E para discernir nosso tempo, verdadeiramente, temos que conhecer a história também. O que fatalmente nos mostrará que cristianismo é bem mais que Reforma protestante. E essa por sua vez pode até chegar a ser bem contrária à noção bíblica de Reino de Deus, e esse é o meu ponto.
E chegamos assim ao último tópico da série e dos "Solas".
4) Menos Glória a Deus – indo diretamente ao assunto: Jesus odiou a hipocrisia. (Lembra-se da figueira que secou até às raízes?) Ele combateu e fugiu desse fermento, tão presente tanto na política como na religião.
E a ênfase da Reforma, tão importante naquela época, desembocou hoje num rio comercial de vaidades, fanatismo e ufanismo. Por quê? Pois há ignorância em relação ao verdadeiro significado do que seja “glória”, em especial relacionada à divindade.
Se a igreja evangélica no Brasil, hoje, desmontasse toda a estrutura que construiu em função de uma suposta “para a Glória de Deus” (templos, gráficas e mídias, seminários, ONGs, gravadoras e etc.) e então começasse algo novo em função somente do Reino de Deus e de sua justiça, experimentaríamos assim um novo tempo como nação e povo de Deus. Não seria um desmonte necessariamente físico, mas inicialmente na mente, na alma e obviaente com conseqüências materiais.
Temos que entender que nosso grande marco não se localiza há 500 anos, na Reforma, mas bem antes, na chegada do Reino de Deus. Alí estão nossos fundamentos.
Se você ainda não se convenceu daquilo que estou tentando comunicar nessa série só me resta um último argumento. Em breve estaremos comemorando o Natal. Entre em uma igreja em que houver um presépio (de preferência uma católica). Observe a cena ali representada. Tente observar friamente aquela família judia, ainda que já nos acostumamos tanto com o romantismo e calor daquela situação. Atente para a simplicidade, dores e fatalidades daquele acontecimento. Veja que na aparência exterior há menos fé, menos escrituras, menos graça, menos Cristo e menos Glória divina. E é justamente por causa destes “menos”, que ali, naqueles personagens (especialmente no bebê) estão presentes de forma transbordante, se não plenas: a Fé, as Escrituras, a Graça, o Salvador, e a Glória de Deus.
Enfim, pare de tentar reformar o velho, absorva e seja absorvido sem reservas pelo novo! Deixe de ser um crente reformado e volte a ser simplesmente um cristão.
Obviamente, a centena que medita nos textos que vem deste irmão do Sul de Minas é bem diferente das poucas dezenas que meditam nos textos que são enviados aqui do sul da Bavária, pois corremos em direções completamente opostas.
Mas as ideologias que vem lá das proximidades de Poços de Caldas são, para mim, um ótimo exemplo (negativamente falando, claro) daquilo que gostaria de transmitir nessa série “A Reforma é anti-bíblica”. Não tenho nada pessoal contra ninguém relacionado a Natércia. Talvez a Comunidade lá ature bem essas “teologias” e viva até em harmonia e a coisa até funcione lá...
Mas o cerne da questão, das idéias que são expressas por meio daquele colega, é altamente pernicioso, e é o que vemos espalhado no meio Evangélico pelo Brasil afora. Poderia extrair várias passagens daqueles escritos para exemplificar o que estou dizendo e tornar a coisa mais objetiva, talvez faça isso em um próximo texto. Deixarei aqui apenas uma, a qual me incomodou profundamente: “Os discípulos conviveram com doenças sociais (...) não há nenhum caso dos discípulos substituindo a responsabilidade de pregar e ministrar a Palavra de Deus para resolver tais fatos sociais.”
Infelizmente essa é a mentalidade largamente divulgada por aí que mostra um total desconhecimento do que sejam fatos sociais, responsabilidades ministeriais, Reino de Deus, pregação da Palavra e discipulado. Enfim total desconhecimento Bíblico e da história da igreja de Deus.
E para discernir nosso tempo, verdadeiramente, temos que conhecer a história também. O que fatalmente nos mostrará que cristianismo é bem mais que Reforma protestante. E essa por sua vez pode até chegar a ser bem contrária à noção bíblica de Reino de Deus, e esse é o meu ponto.
E chegamos assim ao último tópico da série e dos "Solas".
4) Menos Glória a Deus – indo diretamente ao assunto: Jesus odiou a hipocrisia. (Lembra-se da figueira que secou até às raízes?) Ele combateu e fugiu desse fermento, tão presente tanto na política como na religião.
E a ênfase da Reforma, tão importante naquela época, desembocou hoje num rio comercial de vaidades, fanatismo e ufanismo. Por quê? Pois há ignorância em relação ao verdadeiro significado do que seja “glória”, em especial relacionada à divindade.
Se a igreja evangélica no Brasil, hoje, desmontasse toda a estrutura que construiu em função de uma suposta “para a Glória de Deus” (templos, gráficas e mídias, seminários, ONGs, gravadoras e etc.) e então começasse algo novo em função somente do Reino de Deus e de sua justiça, experimentaríamos assim um novo tempo como nação e povo de Deus. Não seria um desmonte necessariamente físico, mas inicialmente na mente, na alma e obviaente com conseqüências materiais.
Temos que entender que nosso grande marco não se localiza há 500 anos, na Reforma, mas bem antes, na chegada do Reino de Deus. Alí estão nossos fundamentos.
Se você ainda não se convenceu daquilo que estou tentando comunicar nessa série só me resta um último argumento. Em breve estaremos comemorando o Natal. Entre em uma igreja em que houver um presépio (de preferência uma católica). Observe a cena ali representada. Tente observar friamente aquela família judia, ainda que já nos acostumamos tanto com o romantismo e calor daquela situação. Atente para a simplicidade, dores e fatalidades daquele acontecimento. Veja que na aparência exterior há menos fé, menos escrituras, menos graça, menos Cristo e menos Glória divina. E é justamente por causa destes “menos”, que ali, naqueles personagens (especialmente no bebê) estão presentes de forma transbordante, se não plenas: a Fé, as Escrituras, a Graça, o Salvador, e a Glória de Deus.
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