Palavra do leitor
- 30 de outubro de 2008
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A Reforma é anti-bíblica (parte 1)
Biblicamente falando, o objetivo de Deus, a grande ênfase de Gênesis a Apocalipse, sempre foi um novo começo e não reformar o velho. Por exemplo, Deus não reforma o coração humano, mas lhe dá um novo. Deus não reformou o judaísmo, mas deu início a uma nova forma de culto e adoração. Deus não reformou o tabernáculo, mas construiu um novo templo. Deus não esteve preocupado em reformar a igreja (instituição), mas ao longo da história promove novos movimentos autônomos. Por isso os chamados reformadores nunca existiram. Não existe igreja reformada. No máximo existem novas igrejas que preservam elementos antigos.
Os paradigmas da “Reforma”, o modelo que ela propunha, a ênfase que levantou no valor das escrituras, da fé e da graça (Cristo e Deus adicionalmente) não teriam mais sentido hoje, na medida em que estes pontos, até mesmo na igreja “católica” romana se tornaram enfáticos.
Por isso dói muito para nós que crescemos nos orgulhando desta grande descoberta de mais de 500 anos atrás, de repente, ver-nos forçados a abandoná-los. A ênfase nas Escrituras, na Salvação pela fé e pela graça somente vem se tornando tão exagerada que para nos aproximarmos da vontade divina e da verdade revelada precisamos apelar para o outro extremo: menos Bíblia, por favor! Menos fé! Menos graça! Menos “Jesus”! Menos Deus, pelo amor de Deus.
Vejamos separadamente cada ponto:
1) Menos Bíblia – Será que precisaria ser dito algo mais a esse respeito? Por um lado estamos todos nós fartos da hipocrisia dos doutores da lei evangélicos, do legalismo crente, do uso abusivo das escrituras que a melhor coisa a se fazer é dar férias aos livros sagrados e deixar que eles assumam novamente seu valor de sagrado. Por outro lado há tanta riqueza na cultura secular que foi desprezada, banida, excomungada e queimada em praça pública (ou púlpito) que já passou da hora de valorizarmos o santo naquilo que Deus deixou à humanidade não santa, por graça.
2) Menos fé – “a fé não costuma falhar” cantou Gilberto Gil, mas falha, principalmente se está baseada só na vontade humana, se está fora da palavra de Deus, ainda que para se justificar use de textos bíblicos. Milagres prometidos e não realizados têm frustrado pessoas e comunidades. Por questões de fé, ao longo da história, pessoas têm matado umas às outras. A “reforma” declarou que a salvação é só pela fé, ninguém precisa e nem pode comprar os céus, seja por meio de indulgências ou das obras. Mas há poucas décadas atrás Bonhoeffer nos advertia sobre uma fé sem obras, baseada numa graça barata. Advertência esta que se encontra de forma explícita em nosso livro sagrado. Mas deixemo-lo um pouco na prateleira e vamos agora praticar coerentemente aquilo que temos lido e aprendido lá, para que possamos de fato aprender.
(continua…)
teologia-livre.blogspot.com/
Os paradigmas da “Reforma”, o modelo que ela propunha, a ênfase que levantou no valor das escrituras, da fé e da graça (Cristo e Deus adicionalmente) não teriam mais sentido hoje, na medida em que estes pontos, até mesmo na igreja “católica” romana se tornaram enfáticos.
Por isso dói muito para nós que crescemos nos orgulhando desta grande descoberta de mais de 500 anos atrás, de repente, ver-nos forçados a abandoná-los. A ênfase nas Escrituras, na Salvação pela fé e pela graça somente vem se tornando tão exagerada que para nos aproximarmos da vontade divina e da verdade revelada precisamos apelar para o outro extremo: menos Bíblia, por favor! Menos fé! Menos graça! Menos “Jesus”! Menos Deus, pelo amor de Deus.
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1) Menos Bíblia – Será que precisaria ser dito algo mais a esse respeito? Por um lado estamos todos nós fartos da hipocrisia dos doutores da lei evangélicos, do legalismo crente, do uso abusivo das escrituras que a melhor coisa a se fazer é dar férias aos livros sagrados e deixar que eles assumam novamente seu valor de sagrado. Por outro lado há tanta riqueza na cultura secular que foi desprezada, banida, excomungada e queimada em praça pública (ou púlpito) que já passou da hora de valorizarmos o santo naquilo que Deus deixou à humanidade não santa, por graça.
2) Menos fé – “a fé não costuma falhar” cantou Gilberto Gil, mas falha, principalmente se está baseada só na vontade humana, se está fora da palavra de Deus, ainda que para se justificar use de textos bíblicos. Milagres prometidos e não realizados têm frustrado pessoas e comunidades. Por questões de fé, ao longo da história, pessoas têm matado umas às outras. A “reforma” declarou que a salvação é só pela fé, ninguém precisa e nem pode comprar os céus, seja por meio de indulgências ou das obras. Mas há poucas décadas atrás Bonhoeffer nos advertia sobre uma fé sem obras, baseada numa graça barata. Advertência esta que se encontra de forma explícita em nosso livro sagrado. Mas deixemo-lo um pouco na prateleira e vamos agora praticar coerentemente aquilo que temos lido e aprendido lá, para que possamos de fato aprender.
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