Palavra do leitor
- 24 de abril de 2017
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A quem Deus pertence?
O Deus transpassador
‘’Sejamos autênticos, com nosso ser, sem ir a direção da perfeição, porque nos leva a contínuas comprovações de frustrações e constatações de que, tão somente, os abertos as mudanças marcam a história humana e isso se constitui no chamado da Graça, para cada um de nós. ’’
A quem Deus pertence? As vezes, sempre me encontro nessa pergunta. Afinal de contas, ao observar para específicas personalidades carismáticas, com suas pregações retumbantes, com suas revelações e profecias, como se fossem os únicos e indiscutíveis veículos de comunicação e manifestação do Todo Poderoso, em favor dos homens, parece ser propriedade deles. Sem hesitar, espelham uma relação espiritual, por onde as pessoas são totalmente dependentes e desprovidas de qualquer condição de assumirem seu papel e sua história. São tratadas de uma forma imatura, até insana, submetida aos atos megalomaníacos de infindáveis e tresloucadas campanhas. Em tudo isso, abordam Deus como pertencente a um território, a um povo, a um livro ou, melhor dito, a um dos imensuráveis nichos ou guetos evangelicais espalhados por ai e quem, ali, não estiver, estará fora da benção e sujeito a todas as mazelas, as desgraças, as injustiças, as impiedades, as contradições e contrariedades dessa vida. Isto me levou ao texto de Gênesis 21. 08 – 21, pelo qual nos deparamos com o cenário de dois pesos e duas medidas, de eleitos e rejeitados, de certos e errados, de bons e maus, de justos e fraudadores, de puros e pecadores, de herdeiros e bastardos, de santos e profanos, de abençoados e malditos. Eis os acontecimentos ora vivenciados e foram experimentados, dura e cruelmente, por Hagar e Ismael, por onde tinham sido banidos da convivência de Abraão e, agora, vagavam pelo deserto, sem nenhuma chance de sobrevivência e de um novo momento, em suas vidas. De certo, a palavras de Sara vieram contagiadas de cólera e de uma oportunidade de se livrar daquela pedra no calcanhar, daquela sombra na espreita. E assim o fez, valendo – se de uma suposta tese de ser e fazer parte de uma promessa, com suas profecias e revelações, como se Deus estivesse, por tal modo, limitado e sem nenhuma condição de abrir disso, como se fosse parte inerente de uma história, de um fragmento da humanidade, enquanto os outros estariam entregue a própria sorte. Atentemos para a situação de Hagar, uma outrora princesa egípcia, concedida pelo Monarca do Egito a Abraão, em decorrência da narrativa falaciosa construída por este, quando fez aquele creditar que Sara era sua irmã. De repente, uma princesa vira uma escrava, um objeto, um meio de compensação e como se estivesse, por assim dizer, por aplacar a ira do Deus de Abraão. Vamos adiante, após conceber um filho, devido ao ventre infecundo de Sara, Hagar tem uma esperança de, enfim, recomeçar uma história de não ser, meramente, a outra, a concubina, a opção, mas uma pessoa, com uma narrativa a ser escrita, com direitos e deveres, com compromisso e liberdade, com compaixão e respeito. Tudo parecia caminhar para isso, até o nascimento de Isaque, filho de Sara e, a partir de então, o filho da promessa, a confirmação das profecias e das revelações (de que Abraão seria o pai de uma grande nação) adquire uma feitura suprema, contornos sem qualquer possibilidade de flexibilidade, de ponderação, de tolerância, de compreensão, de companheirismo, de que pertencemos uns aos outros. Nada disso, numa espécie de aguardar o momento, Sara age inexoravelmente, sem dó nem piedade, evoca o Deus de trincheiras, de arames farpados, de muros elevados, de oposições, de distanciamentos e põe Abraão na parede ou, quem sabe, preferiu esse resultado. Independentemente das especulações e divagações, Hagar e Ismael, agora, enfrentavam o deserto, o nada, o vazio, a falta de significado, a revolta, a indignação, a sensação de serem amaldiçoados, de carregarem uma penitência, um carma, uma necessária evolução. Todavia, ambos tem uma fonte, conforme o texto demonstra, para suas vidas serem revigoradas e renovadas. Por fim, seguem viagem e Isaque alcança a dimensão de uma ampla e alargada nação. Deveras, extraio, daqui, a presença de um Deus transpassador, que transpõe, que transcende, que transpassa, que rompe e irrompe, que rebenta e arrebenta, que diz não as melindrosidades e posturas estúpidas de que pertence a ele e nada mais. Observa – se, por meio dessa reflexão minuciosa, o Deus da Graça não fez nenhuma acepção, não compactua com segregações, não se filia a este ou aquele. Enfim, as profecias, as promessas, as revelações não se sobrepõe a vida, ao ser humano e vai a direção de todos. O Deus transpassador remove todas essas barreiras e nos chama para sentarmos alderedor da mesa e partir e partilhar o pão e o vinho, a esperança e a alegria por sermos capazes de concebermos vida. Ademais, talvez não tenha sido essa uma das ações de Cristo e que espera isso da igreja?
‘’Sejamos autênticos, com nosso ser, sem ir a direção da perfeição, porque nos leva a contínuas comprovações de frustrações e constatações de que, tão somente, os abertos as mudanças marcam a história humana e isso se constitui no chamado da Graça, para cada um de nós. ’’
A quem Deus pertence? As vezes, sempre me encontro nessa pergunta. Afinal de contas, ao observar para específicas personalidades carismáticas, com suas pregações retumbantes, com suas revelações e profecias, como se fossem os únicos e indiscutíveis veículos de comunicação e manifestação do Todo Poderoso, em favor dos homens, parece ser propriedade deles. Sem hesitar, espelham uma relação espiritual, por onde as pessoas são totalmente dependentes e desprovidas de qualquer condição de assumirem seu papel e sua história. São tratadas de uma forma imatura, até insana, submetida aos atos megalomaníacos de infindáveis e tresloucadas campanhas. Em tudo isso, abordam Deus como pertencente a um território, a um povo, a um livro ou, melhor dito, a um dos imensuráveis nichos ou guetos evangelicais espalhados por ai e quem, ali, não estiver, estará fora da benção e sujeito a todas as mazelas, as desgraças, as injustiças, as impiedades, as contradições e contrariedades dessa vida. Isto me levou ao texto de Gênesis 21. 08 – 21, pelo qual nos deparamos com o cenário de dois pesos e duas medidas, de eleitos e rejeitados, de certos e errados, de bons e maus, de justos e fraudadores, de puros e pecadores, de herdeiros e bastardos, de santos e profanos, de abençoados e malditos. Eis os acontecimentos ora vivenciados e foram experimentados, dura e cruelmente, por Hagar e Ismael, por onde tinham sido banidos da convivência de Abraão e, agora, vagavam pelo deserto, sem nenhuma chance de sobrevivência e de um novo momento, em suas vidas. De certo, a palavras de Sara vieram contagiadas de cólera e de uma oportunidade de se livrar daquela pedra no calcanhar, daquela sombra na espreita. E assim o fez, valendo – se de uma suposta tese de ser e fazer parte de uma promessa, com suas profecias e revelações, como se Deus estivesse, por tal modo, limitado e sem nenhuma condição de abrir disso, como se fosse parte inerente de uma história, de um fragmento da humanidade, enquanto os outros estariam entregue a própria sorte. Atentemos para a situação de Hagar, uma outrora princesa egípcia, concedida pelo Monarca do Egito a Abraão, em decorrência da narrativa falaciosa construída por este, quando fez aquele creditar que Sara era sua irmã. De repente, uma princesa vira uma escrava, um objeto, um meio de compensação e como se estivesse, por assim dizer, por aplacar a ira do Deus de Abraão. Vamos adiante, após conceber um filho, devido ao ventre infecundo de Sara, Hagar tem uma esperança de, enfim, recomeçar uma história de não ser, meramente, a outra, a concubina, a opção, mas uma pessoa, com uma narrativa a ser escrita, com direitos e deveres, com compromisso e liberdade, com compaixão e respeito. Tudo parecia caminhar para isso, até o nascimento de Isaque, filho de Sara e, a partir de então, o filho da promessa, a confirmação das profecias e das revelações (de que Abraão seria o pai de uma grande nação) adquire uma feitura suprema, contornos sem qualquer possibilidade de flexibilidade, de ponderação, de tolerância, de compreensão, de companheirismo, de que pertencemos uns aos outros. Nada disso, numa espécie de aguardar o momento, Sara age inexoravelmente, sem dó nem piedade, evoca o Deus de trincheiras, de arames farpados, de muros elevados, de oposições, de distanciamentos e põe Abraão na parede ou, quem sabe, preferiu esse resultado. Independentemente das especulações e divagações, Hagar e Ismael, agora, enfrentavam o deserto, o nada, o vazio, a falta de significado, a revolta, a indignação, a sensação de serem amaldiçoados, de carregarem uma penitência, um carma, uma necessária evolução. Todavia, ambos tem uma fonte, conforme o texto demonstra, para suas vidas serem revigoradas e renovadas. Por fim, seguem viagem e Isaque alcança a dimensão de uma ampla e alargada nação. Deveras, extraio, daqui, a presença de um Deus transpassador, que transpõe, que transcende, que transpassa, que rompe e irrompe, que rebenta e arrebenta, que diz não as melindrosidades e posturas estúpidas de que pertence a ele e nada mais. Observa – se, por meio dessa reflexão minuciosa, o Deus da Graça não fez nenhuma acepção, não compactua com segregações, não se filia a este ou aquele. Enfim, as profecias, as promessas, as revelações não se sobrepõe a vida, ao ser humano e vai a direção de todos. O Deus transpassador remove todas essas barreiras e nos chama para sentarmos alderedor da mesa e partir e partilhar o pão e o vinho, a esperança e a alegria por sermos capazes de concebermos vida. Ademais, talvez não tenha sido essa uma das ações de Cristo e que espera isso da igreja?
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