Palavra do leitor
- 24 de abril de 2015
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A Professora que Roubava Livros
Conta mamãe que minha paixão por livros vem da infância. Quando ela ou meu pai chegava com um livro em casa, minha atenção se voltava logo para o tal "brinquedo" de papel. Meu primeiro presente literário, depois de alfabetizado, foi a Bíblia Sagrada. Até hoje lamento por tê-la perdido em algum lugar; apesar de ter anotado meu nome e endereço na página em branco, antes de Gênesis, nunca a devolveram ao seu dono. Adquiri vários outros exemplares do Livro, mas não há nada como a primeira Bíblia...
Mas um caso interessante, envolvendo meu amor infantil pelos livros, remonta ao dia da minha formatura de alfabetização. Quando a professora cerimonialista chamou o meu nome para ir a frente receber o diploma, entregou-me também um livro (não me lembro do seu título, mas me lembro, sim, que era um livro de histórias infantis). Essa entrega do livro era um ato simbólico, demonstrando a passagem do aluno alfabetizado para o maravilhoso mundo da leitura e da escrita. Tirei fotografias e voltei ao meu lugar com ar de triunfo. Bem, até que uma atitude estragasse a noite de uma criança.
Uma outra professora, responsável também pela cerimônia, veio a mim, ao final, e pediu-me que devolvesse o livro, pois não era presente, mas um rápido empréstimo só para realizar o "ritual de passagem". Não queria devolvê-lo. Só o larguei com a fiel promessa materna de brevemente comprar-me outro no lugar. Mas todos viram as minhas lágrimas, lágrimas que foram molhando o nosso caminho de volta para casa.
Dizem que para fazer uma criança feliz, basta dar-lhe um pirulito. Para mim, bastava dar-me um livro. Até hoje as estantes cheias de livros me fascinam. E uma biblioteca? Ah, verdadeiros santuários, solos sagrados, terra que mana o leito e o mel dos saberes sem fim. E o cheirinho de livro novo? Ah, só não me traz mais felicidade que o perfume da minha esposa!
Experimente a doce sensação de dar (e não roubar) um livro a uma criança. Caso o seu coração transborde em generosidade, dá-me um livro também, preferencialmente no meu aniversário (30 de Julho), e você, sem preocupação alguma, acertará no presente e fará um adulto feliz.
Mas um caso interessante, envolvendo meu amor infantil pelos livros, remonta ao dia da minha formatura de alfabetização. Quando a professora cerimonialista chamou o meu nome para ir a frente receber o diploma, entregou-me também um livro (não me lembro do seu título, mas me lembro, sim, que era um livro de histórias infantis). Essa entrega do livro era um ato simbólico, demonstrando a passagem do aluno alfabetizado para o maravilhoso mundo da leitura e da escrita. Tirei fotografias e voltei ao meu lugar com ar de triunfo. Bem, até que uma atitude estragasse a noite de uma criança.
Uma outra professora, responsável também pela cerimônia, veio a mim, ao final, e pediu-me que devolvesse o livro, pois não era presente, mas um rápido empréstimo só para realizar o "ritual de passagem". Não queria devolvê-lo. Só o larguei com a fiel promessa materna de brevemente comprar-me outro no lugar. Mas todos viram as minhas lágrimas, lágrimas que foram molhando o nosso caminho de volta para casa.
Dizem que para fazer uma criança feliz, basta dar-lhe um pirulito. Para mim, bastava dar-me um livro. Até hoje as estantes cheias de livros me fascinam. E uma biblioteca? Ah, verdadeiros santuários, solos sagrados, terra que mana o leito e o mel dos saberes sem fim. E o cheirinho de livro novo? Ah, só não me traz mais felicidade que o perfume da minha esposa!
Experimente a doce sensação de dar (e não roubar) um livro a uma criança. Caso o seu coração transborde em generosidade, dá-me um livro também, preferencialmente no meu aniversário (30 de Julho), e você, sem preocupação alguma, acertará no presente e fará um adulto feliz.
São Bernardo Do Campo - SP
Textos publicados: 43 [ver]
Site: http://www.crencaevivencia.blogspot.com.br
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