Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Palavra do leitor

A paz de um maluco beleza

"Sem paz, interpretaremos a vida sempre quebrada, sempre vazia e fora do lugar, agora, com a paz, interpreto a vida sempre com a possibilidade de não desistir, de seguir adiante e de amadurecer, sem vitimismo e sem ser uma peça do destino."

Texto de Filipenses 4:1-9

O Apóstolo Paulo seria uma caricatura de muitas controvérsias e contradições para muitos. Diga-se de passagem, como encaixá-lo no rol de uma cultura dos bem-sucedidos? Afinal, seu projeto de ir a Espanha, encontrar-se com os cristãos situados em Roma, participar da disseminação e do arraigar do evangelho, ali, não aconteceu, como o esperado e teve sua estadia como prisioneiro, com a percepção da vida atrás das grades e vigiado como um ser tóxico e perigoso. A sua viagem para a Bitínia teve de sofrer uma alteração e se dirigiu para Troâde. Sempre esteve sujeito, e assim foi, aos eventos nada seguros, por causa das viagens, da sua exposição aos salteadores, da perseguição que sofria dos seus, dos desastres da natureza, das represálias que recebeu (por cidades pelas quais esteve), das traições cometidas por irmãos hipócritas e desonestos. Sem sombra de dúvida, a resposta de Paulo, particularmente me inquieta, quando disse que seja qual for o meu estado, a estar contente com isso. Negaria seria uma tolice, às vezes, cotejo ou comparo o Apóstolo Paulo com uma espécie de maluco beleza e com uma disposição por não arredar o propósito de levar as boas notícias do Evangelho da Cruz do Ressurrecto, a não se filiar a nenhuma complacência e conformismo. Anota-se, o Apóstolo, segundo o autor da obra Em seu Declínio e queda do Império Romano, Edward Gibbson registrou: ‘’Paulo realizou mais para promover a ideia de liberdade e direito do que qualquer homem que tenha posto os pés no solo ocidental’’. Presumidamente, Paulo não ficou na arquibancada, não decidiu ser um curioso, não permaneceu indiferente e arrojadamente assumiu os riscos, porque havia nele essa coragem, essa integridade, essa resiliência e essa esperança de ser. De observar, o Apóstolo Paulo reconhecia que não tinha controle sobre tudo, que nem tudo o que acontecia era por sua causa e, as vezes, faltava algo do outro lado, como também, não era Deus, nem o destino e muito menos estava imune ao determinismo inexorável ou implacável da natureza. Vou adiante, esse equilíbrio espiritual não o tornou num bobo da corte, num indivíduo sem lágrimas e sem agressividade. Simplesmente, aprendeu a não perder sua identidade, em Cristo, mesmo diante das tormentas da vida. O quanto de nós não precisamos ser alcançados por essa Maravilhosa Graça e Paz? Não faço alusão da paz das conveniências, quando não somos confrontados, quando não somos desafiados, quando não somos inquietados, quando tudo segue a rotina e, embora seja aprazível, não passa de um amontado de ilusões. Somos chamados, a partir da história de Paulo, a sermos inundados por essa paz que nos ajuda a olhar para as oposições, a nos conceder o equilíbrio interior em meio aos trovões e a cólera dos ataques de fora, a ler o momento com as lentes do silêncio e da esperança em meio as chuvas cortantes e perturbadoras das adversidades. Sempre se torna de bom alvitre, falar dessa paz, quando tudo está correto, quando estou por cima da carne seca, quando há os aplausos, quando somos procurados e elogiados se mostra e demonstra um esplendor, não é mesmo. Agora, quando somos esquecidos, quando não nos telefonam, quando a solidão parece ser a única companhia, quando sentimos aquela sensação de que éramos úteis e não importantes, quando ninguém quer nos escutar, quando a dor não é uma ideia, quando a traição não é uma ideia, quando a perda não é uma ideia, quando o abandono não é uma ideia, quando sua alma se converteu numa caçamba de coisas mortas, quando a incredulidade é incontestavelmente real, em nós, como podemos obter essa paz? Grosso modo, o por qual motivo, sem nenhum culto ao sofrimento e muito menos ao apatismo, há a oportunidade de sermos gestados por essa paz ora chamada Jesus Cristo, porque nos ajuda, nos apoia e nos anima a ir além da compreensão humana. Sim e sim, para lidar com esses arames farpados, podemos nos valer dessa fé Jesus Cristo, de sermos amparados pelo Espírito Santo e irmos adiante em meio a um tempo de tensões, de perceber que, ao espertar dessa vida, há a Vida Plena. A morte teve o seu aguilhão dilacerado, outorgando-nos a liberdade do outrora estado de condenação. Ademais, decerto, a nossa caminhada, por esse Oikos, exemplifica-se como um pré-lúdico para o que viveremos no porvir.
São Paulo - SP
Textos publicados: 405 [ver]

Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Opinião do leitor